Amores e amoras, vamos evitar a divulgação dessa lenda de
que o Black Friday vem da venda de negros escravizados nos EUAses e tals... não
há QUALQUER referência histórica de que o evento descende diretamente da venda
de pessoas como propriedade. Isso só enfraquece nossa luta, pois estaremos
fazendo como aquela galera que repassa mentiras por face ou zap achando que tá
recebendo atenção e likes por prestar um grande serviço. Não passa de fofoca,
essa que é a verdade.
Antes de repassar, por mais impactante que seja uma
informação, precisamos pesquisar de onde saiu, quem disse e se tiver nomes –
que geralmente esses boatos não informam, vamos ao Google, pelo menos, pra
localizar esse nome, ver se existe mesmo, se é algo atual, se não foi
distorcido. Tá chei ode gente desocupada e maldosa por aí que só quer ver o
mundo pegar fogo enquanto compartilha suas mentiras. É uma trollagem, no mínimo
e quem cai, cai ingênuo, mas não isento de responsabilidade.
No máximo, segundo li, o termo pode passar por racista por usar aquele senso comum de associar a palavra preto/negro a algo ruim, como é o caso da cotação do preço do ouro nos EUAses de mil oitocentos e tal, mas não referente diretamente à escravidão. Aliás, foi criado depois da abolição de lá.
O Black Friday já foi motivo de informação até de que teria
sido criado bem após a escravidão nos EUAses, durante a década de 1960 e teria
relação com o feriado de Ação de Graças de lá. Enfim, até voltarei a pesquisar
melhor isso, mas por hora, como não tenho certeza, não vou repassar. Viu coo
funciona? Não tenho certeza, não digo por aí que é verdade.
E ainda tem o pior: A gente pode passar o vexame de ser
questionado por alguém realmente curioso e não ter de onde confirmar. Canso de
ver isso e dá uma vergonha alheia danada. A pessoa treme, gagueja, tenta
desconversar, dá palpitação e, por fim, admite que não sabe. Mas ainda tenta
sair com alguma desculpa tão vergonhosa quanto a postura inicial de mentir
achando que tá sendo o porta-voz da novidade no mundo da internet.
Apenas não. Black Friday não tem comprovação histórica. Não
passemos por mentirosos e neuróticos só porque a palavra negro/preto está
estampando algo. Não nos arrisquemos a dar razão aqueles que falam que
inventamos o racismo ou que ‘vemos o racismo em tudo’.
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