Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Patriotismo – Prestígio ao país


Critica-se muito os estadunidenses pelo seu exacerbado amor à pátria (deles, lógico, né?). Mas, se eles são os manés por amar sua pátria... o que somos nós com nosso pouco apoio aos esportes “não-futebol”, nossa pouca freqüência às salas de projeção (cinema, pô!!!) para assistir filmes brazucas e tals? Parece aquele caso dos “Alfa” que sempre trataram os “Nerds” como lixo, mas no final... Quem é que se dava bem mesmo?

A idéia pra este post me veio quando vi uma notícia na internet (vide o desenho acima)sobre o famoso artista (pra quem curte quadrinhos, seu nerd!)Alex Ross - que possui uma técnica de pintar seus desenhos com aquarela dando um ar realista às histórias em quadrinhos ou posters que faz. A notícia mostrava uma arte do mancebo retratando Barack Obama – candidato à presidência dos Euases – numa posição (UIA!) estilo Clark Kent abrindo o paletó para se mostrar como Superman. Na mesma página, estão diversos comentários sobre isso. E não faltaram críticas ao extremo patriotismo estadunidense. Mas, as pessoas abusam do sofisma para falar certas coisas e não avaliam seu próprio rabo sentado no formigueiro enquanto condenam pessoas que deixaram um doce cair no chão.

Pra começar, é um desperdício de cérebro só olhar para a sua cultura e ignorar ou falar mal da dos outros (o contrário também acontece e é, igualmente, uma lástima). Já que alguém tem amor obcessivo por uma certa quantidade delimitada de terra, há que se perguntar, pelo menos, duas coisas: “Por que é assim?” E “Por que eu não sou assim?” . Explico. Eles são preconceituosos quanto ao que vem de fora? Sim, mas nem todos. Pra se manter no topo eles derrubam quem estiver no caminho ou tentando alcançar? Sim, mas, você faria diferente? Não estou afim de defender ninguém, mas, aqui, faz-se piada com verdadeiras desgraças (pobreza, corrupção, violência e até com o presidente) e ainda se tem orgulho de chafurdar na lama durante o carnaval. Segundo os sofistas isso mostra como o povo brasileiro é valente. Pff... Faláceas!

Enfim, se repararmos bem, uma das coisas que mais nos incomodam neles é seu patriotismo cego, ao passo que, aqui, no nosso quintal, caem corpos de cidadãos, bandidos e policiais (cidadãos ou bandidos) – por fome, tiro ou doença. Como eu citei antes, estamos sentados no pudim caçoando de quem derrubou um cajuzinho. Não vejo nada de mais em um artista mostrar seu apoio a seu candidato preferido e não sei por que um país tão evoluído em diversos segmentos em que não somos merece ser tão criticado por nós. Deveríamos criticar os que nos assolam e não quem mal sabe em que parte do planeta vivemos.


FGarcia® é um índio-pivete-jogador de futebol que vive numa palafita-barraco na floresta, à beira da praia de Copacabana (saca, Buenos Aires!), fala Espanhol e curte samba (aquele ritmo que parece uma mistura de lambada com salsa, entende?).

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Pesquisas de opinião


Alguém se habilita a me dizer pra que servem as malditas pesquisas de opinião quando eleições se aproximam? Teeempoooo... tic-tac-tic-tac... Ninguém? Não?

Pois bem, conjecturei algumas causas e conseqüências das pesquisas encomendadas aos institutos de pesquisas da praça para utilidade funcional nenhuma – pelo menos não de uma forma limpa e ética, mas estou me adiantando. Confiram:

O eleitor médio (e alguns não tão “Homer/Lineu Silva” assim) vê as pesquisas e seus resultados. Rapidamente, vem a reação a quem está em primeiro, segundo e, se seu candidato não estiver nessas posições (UIA!), as posições finais (se contabilizar pelo menos 1% dos entrevistados). Gostaria de dizer que seu candidato em primeiro lugar nas pesquisas não influencia a vida de ninguém já que você já estava convicto. Agora, se seu preferido não figurava no topo dos resultados, ou se você estava lá naquela galera dos “votos brancos, nulos e indecisos”, a coisa fica um pouco mais complexa. Próximo parágrafo destilando o soro da pretensa verdade paranóica é com você.

Seu candidato em segundo nas pesquisas (ou em terceiro se a disputa estiver acirrada) ainda te dá esperanças de votar por um mundo melhor. O problema é quando você vai votar em quem mal aparece pontuando na tabela. Aí, a maioria pensa logo “Cara, porque eu vou votar nesse cara, ele não vai ganhar mesmo, é tudo igual, ninguém presta, a Globo manipula as mentes, povo sem memória, salvem as criancinhas...”. Sabe, isso faz brotar (ou melhor, ativar) a mania de futebol inerente ao ser: Só o primeiro lugar vale, vice e último são a mesma droga. Pensando assim, cansei de encontrar gente querendo votar nulo, em branco ou em quem estava em primeiro nessas máquinas de persuasão.

E é sobre persuasão que eu falo agora. As mídias não te orientam a se concentrar nas campanhas, no caráter ou no histórico do pretendente a um cargo público (sim, são funcionários públicos, não donos do continente). As pesquisas só mostram quem está liderando, mas, adivinha só: Não entrevistaram todos os eleitores. E o que essa observação óbvia traz? Ora, gafanhoto, eles entrevistam 800 pessoas (talvez 500 no centro da cidade e pequenas frações ao longo das periferias, subúrbios e tals) e saem com resultados do tipo “Se as eleições fossem hoje, blá, blá, blá, pereré pão duro”. Ma, Cuma?!? E se o total de eleitores na ativa fosse 2000? Haveria a possibilidade de os outros 200 mudarem os resultados.

Concluo dizendo que se, numa pesquisa hipotética (Rá, e qual delas não é?!), 60 pessoas forem entrevistadas determinando alguém como líder, podemos pensar que se a população for de 100 eleitores, 40 pessoas foram ignoradas – o que poderia fazer uma diferença relevante. Aí você pode retrucar: “Ma, FGarcia®, é praticamente impossível entrevistar tooodos os eleitores, principalmente nos grandes centros urbanos ou confins rurais”. E eu digo, olha, iluminado, se vai passar dados incompletos ou hipotéticos, por que não te calas? Como todo jornalista (mesmo em formação), aprendi que não se passa ‘mais ou menos’ uma notícia. Dados incompletos e especulações manobram a opinião de quem só acha o voto válido se for pra quem ganhar (sempre penso em quantas pessoas vibraram com o Botafogo líder do Brasileirão 2007 – Há-há!!!) e tem o nome técnico de (valei-me todos os santos: Nelson Rubens, Leão Lobo, Jussara Carioca, etc) FOFOCA.

Quero encomendar uma pesquisa pra saber a porcentagem da utilidade das pesquisas de intenções de votos.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Providências?!


Deixa eu contar uma historinha aqui, só por alto. Não cansa, nem vai doer (muito).

Primeiramente, seu senador, (Bispo) Marcelo Crivella – aquele mesmo, insistente candidato a prefeito do Rio de Janeiro – chega com aquela carinha de garoto propaganda e instala obras eleitoreiras/populistas. Bem no ano de eleições municipais. O camarada também disponibiliza o exército na favela onde suas obras andam. Fora o fato de o cidadão - que mistura religião com política e televisão num mix do barulho pra começar bem todos os seus dias com aquela energia – ser suspeito de envolvimento em obras do PAC, ele andava bem sobre as pernas, afinal, ninguém de fora reclamava e ninguém de dentro reclamaria mesmo com suas casinhas sendo ajeitadas com tanto afeto – Além dos peões que sopravam pra um pouco longe o desemprego – sacou a rede de relacionamentos mais poderosa que o orkut, né?

Acontece que aconteceu o menos esperado, militares do exército, na favela, entram em atrito com alguns moradores e, dali, sai o caso mais chocante das últimas semanas (menina Isabella, até que enfim te deram um descanso!): Três jovens (que eu gosto de chamar de “Três Mártires”) são entregues a traficantes de uma favela próxima “administrada” por uma facção rival da que eles convivem e amanhecem mortos. Não vou discorrer sobre o sensacionalismo do caso por parte da grande mídia e não vou questionar se os mártires tiveram passagem pela polícia (e dois tiveram + a mãe do terceiro), o foco aqui é ver como o próximo parágrafo parece confuso, mas se torna totalmente excelente quando se coloca o nome de Crivella nos espaços tal qual cimento entre tijolos.

Marcelo Crivella, bispo da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) havia se candidatado há 4 anos para prefeito do Rio. Teve que acatar a decisão do TRE (eu acho) para se desvincular da Rede Record de TV pra não se valer de seu apelo “artístico” fazendo campanha em tempo integral. E, vamos aos dias de hoje, o bacana se defende das acusações de obras eleitoreiras acusando a Rede Globo de TV de persegui-lo por ser da IURD e ligado à concorrência. Ah, e sempre, sempre se cita a tal audiência que a Record estaria faturando sobre a galera do plin-plin deixando o pessoal inseguro.

Vou te dizer um troço, lá está o senador-bispo-eleitoreiro se ligando à religião naquele papel de “oh, coitado de mim, é porque eu sou religioso” só pra turma do ‘fala que eu te escuto’ se voltar contra a rival. É sabido que a Record mantinha uma espécie de agente duplo na Globo (um espião que passava mais do que deveria pra quem não deveria), aí, eu te pergunto: Quem não presta nessa história? Você encheria a boca (UIA!) pra se dizer perseguido quando a emissora a qual você é vinculado se vale de espionagem corporativa pra criar factóides ?

Embora tenha uma carinha que dá vontade de reverenciar e pedir a benção de tão manso que o mancebo parece ser, há que se pensar em como essa conversa toda começou. Militares agiram em estilo tribunal de exceção, rapazes foram mortos, o tráfico rola mais armado que o Rambo, a Globo é a emissora de maior alcance do Brasil, mas, no frigir dos ovos, temos um franco candidato a prefeito do Rio cometendo mancadas que deveriam ficar nos tempos de Dondon. QualÉ, só falta tirar foto em feira beijando criancinha enquanto assessores distribuem brindes, CATZO!!!

Observemos de perto o desenrolar do ano eleitoral e suas emoções. Vote em FGarcia®, prometo sempre prometer o que ainda não se cumpriu, mas que estaria em vias de ser se percalços não impingissem tamanhos desafios na nossa vida. (A arte da prolixidade, retórica e do sofisma – compre comigo o kit “Fale como um político, não diga nada e saia aplaudido).

quarta-feira, 18 de junho de 2008

C.R.É.U (Criticar os Recalcados É Urgente)


Fico doente cada vez que vejo alguém criticado por qualquer coisa se fazer de vítima e responsabilizar algum tipo de preconceito como motor da crítica. Exemplifico: É como se o Pelé reclamasse que as críticas direcionadas a ele fossem por ele ser negro.

O mesmo acontece com a galera do funk. Não vejo ninguém reclamar da grana que recebe – ou da exposição que tem – mas, sempre que são criticados pelas letras ou pelas “coreografias” (ah, aspas...sempre aspas!) aparecem posando de “Oh, coitado de mim, eu faço parte de um estilo musical das classes menos favorecidas e ninguém gosta de me ver por cima da carne seca só porque eu vim de baixo”. Mais emo impossível.

É batata (Cruzes, alguém fala assim ainda?), a mídia em geral dá moral pra qualquer um que atraia atenção da massa de manobra... er... povão, vêm as críticas e lá está o puro recalque. A última que vi foi daquela moça que atende pela alcunha de melancia. Já vi críticas sobre a mesma acerca de seu físico ‘gordinha que malha’ ou sobre qualquer outra coisa (ah, não é difícil, com essa super exposição e a absurda falta de conteúdo...). A resposta? Coisas no melhor estilo/clichê “Ah, o povo gosta” ou ainda, “Me criticam por eu ter vindo de baixo”. Aff...

Não quero ser moralista, nem julgo o funk (muitas vezes denominado como ‘carioca’, mas, a bem da verdade, só existe mesmo aqui no Rio – pelo menos, desse jeito que é feito aqui e não se comparando à galera dos EUAses como: George Clinton, Funkadelic, Parliament, etc). Ademir Lemos, Gerson King Combo, e outros, também não estão inclusos quando eu cito a palavra funk aqui (do contrário, seria como falar de pagode mela-cueca e incluir Bezerra da Silva). Voltando à vaca fria (e eu ainda vou descobrir o porquê dessa expressão), entendo o funk como um estilo sensual (pra lá de erótico mesmo) e sua proposta é dançar, se mexer e se divertir (alguns usam pra engravidar, mas isso é outro papo). Uma pessoa que faz seus 15 minutos de fama chacoalhando a enooorme bunda quer mostrar conteúdo como? A vulgaridade realmente não é relevante nessas críticas?

Sempre que se faz uma crítica a alguém pobre, é porque a pessoa é pobre; negro, por ser negro; gordo, por ser gordo e por aí vai. Fala-se da melancia (melão, morango, samambaia, fruta-do-conde, acerola e outras denominações que substituem objetos associáveis à mulheres que não se incomodam em ser coisas pra se promover na cultura pop de hoje em dia). Tá, considero o funk um estilo bacaninha pra se divertir numa festa. E por que o FGarcia®, que curte o fino do samba de raiz e o mais genuíno heavy metal, dançaria (alcoolizado, é verdade) um funk de vez em quando? Ora, meu bom aprendiz (Tá demitido!), dá pra aproveitar alguma coisa do funk depois que os caras abrem a boca? Fico no batidão mesmo (maldita cachaça!).

Bem, amigos... hmm, já falam assim... Bom, gostaria de deixar minha crítica também. Como diria Raul Seixas, eu também vou reclamar. Já se foi o tempo em que lamentávamos o fato de mulheres serem vistas como ‘pedaços de carne expostos no açougue’. Toda uma revolução nos anos 60/70 para que mulheres se liberassem do papel de coadjuvantes da história pra, hoje em dia – sem ditadura – as mulheres serem expostas como frutas?!? O.o

Gatas, panteras, cachorras, melancias, samambaias... O importante mesmo é não fazer as mulheres de objeto.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Cigarro mata...


... e só? Você diz que cigarro mata – com a naturalidade com que diz ‘violência só gera violência’ – e não reclama de refrigerante, bebida alcoólica ou dos programas humorísticos da TV aberta?

Pois, eu te digo: Isso e muito mais ferra a vida de modo impressionante. Cigarro detona seu corpo inteiro por dentro sim. Bebida alcoólica também. Mas, e o refri? E o petisco industrializado? Não existe área proibida pra isso? Pode consumir à vontade sem bronca?

Bem, vamos adentrar (UIA!) de vez no assunto. O maldito tabagismo rende uma grana violenta (e, de vez em quando, admito, contribuo), mas o álcool etílico mata por atacado. Não entendeu? Titio Garcia expRica: Você fuma e afeta, é verdade, quem estiver no mesmo ambiente – principalmente, se for fechado. Acontece que ninguém fuma dois maços de cigarros e afunda os cornos em alguma superfície concreta. Em suma, não há registro de quem provocou ou sofreu alguma batida de carro por fumar (bem, sei lá, só se o camarada resolveu acender um e se atrapalhou com a fumaça, mas, aí, é problema de imbecilidade prejudicando o trânsito).

Você não detona um carro a zil (é, com Z meRmo) por hora matando a si mesmo e seus caronas (exceto, é claro, no já citado exemplo de trapalhadas fumacentas) com um cigarro e um isqueiro na mão. Agora, vemos frequentemente pessoas que bebericaram uns negócios aí e chaparam muito mais do que deveriam (se entende a sutileza). Ao passo que – sabiamente – o fumo não recebe mais incentivo de propagandas (ainda mais absurdas como a associação a esportes), a cervejinha sempre dá o que falar com lindas modelos e atrizes carismáticas exaltando o maravilhoso mundo da alcoollética.

No geral, no geral, a dobradinha tremendona de baladas, nights, boas, saídas, farras e gandaias por aí, é tanto veneno quanto cura (depende do seu estado emocional, quantidade da dose e intenção). Só que tanta campanha contra o tabaco e tão pouca contra o álcool é algo em intenso desequilíbrio. Não conheço quem tenha partido pra porrada com alguém depois de fumar até os dentes caírem, mas conheço vários casos de espancamento de familiares e tals após porres infelizes. Acho que isso merecia uma campanha, tipo, “a bebida em excesso causa a destruição de seu lar”. Imagina isso na parte de trás da garrafa/latinha/latão de cerveja! Bem como já fazem nos maços de cigarros.

Sempre que alguém, principalmente jovens, porram seus carros vindos de festas arregadas levantam-se inúmeros questionamentos, lamentos e protestos quanto à idade pra se beber, fumar, dirigir e ser preso. Devemos lembrar que os “Euases” sempre são a referência nessas comparações, mas lá, a maioridade penal é de 16 – bem como pra dirigir – e pra beber precisa ter 21... não deve estar na idade o problema, e sim, na cultura. Pense com o Garcia: Você estende um letreiro proibindo venda de bebidas e cigarros a menores de idade e outro pra beber com moderação e não dirigir, mas, só lembra dos malefícios em campanhas especiais. Enquanto isso, a indústria do tabaco e do álcool massificam sua ideologia durante o ano todo. Final de semana tem o ano todo, mas não são todos que nos chocam com mortes estarrecedoras.

E ainda não entrei no mérito (!) das drogas não lícitas.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Valor da cultura


Okay, okay... (Hmm... não, isso me lembra muito Nelson Rubens...)
Bem, discorramos (UIA, que coisa!) sobre a relação dos brasileiros com elementos da cultura vinda da gringolândia. Para isso, vou abordar a problemática do que é agregado, adaptado, chupinhado, copiado escarradamente e (por que não?) absorvido da cultura gringa em geral.

Primeiramente, venho falar (falar não, digitar, pô!) do que é trazido ou adquirido aqui em terras tupiniquins. Como, por exemplo, nomes. Os ‘Máicons’, ‘Deises’ e ‘Uóstons’ estão aí pra provar que dá pra aportuguesar sem ser ofensivo ao nosso idioma, nem ao deles. Sutiã e abajur vêm lá da terra do caramujo no prato e ganham versões nominais de si mesmos na terra da mulher-melancia. Tá, é bem engraçado ver certas adaptações (tipo ‘frizer’, ‘chicken de frango’ ou ‘rosa pink’), mas, porque seria feio? Viva a diversidade da linguagem! Não pense no que determinaram pra você (Aliás, clique aqui e leia minha colaboração para o DELFOS sobre liberdade de pensamento).

Outra coisa que merece um destaque é o tal do movimento pela cultura nacional. Valorizar a cultura nacional e tals é muito bom, muito válido, mas, o radicalismo só pode dar em ridicularização. “Ma, ridicularização, Garcia?” Sim, meu pequeno gafanhoto, e vem de diversas fontes além de, senão, de onde mais? De mim mesmo! Qualé (junto mesmo), cara? Tratar a cultura estadunidense como se fosse o mal do mundo é podre. Dizer que Halloween é satanismo como argumento pra defender o cristianismo como sendo a religião soberana do Brasil é de uma imbecilidade ímpar (além de não ter nada a ver com o assunto).

O negócio é: Fora a cultura dos primeiros nativos das terras que hoje se chamam Brasil, tudo mais veio de fora. Se não fossem influências externas a serem agregadas (de qualquer forma), não teríamos nem o samba. Nada de computadores, internet, telefone, Cicciolina, Darth Vader, Seinfeld, After Forever e Chaves (Pô, o CHAVES, cara !!!), entre outros. Halloween, então, é – com perdão pelo trocadilho – uma blasfêmia! Primeiro, halloween vem da cultura européia, de eras distantes como maneirismos de um determinado lugar, um determinado povo. Apontar e disparar contra a cultura estadunidesnse, desse jeito, é uma imbecilidade comparável ao nazismo.

Satanismo é uma coisa (e nem é aquele filme de terror que se pinta – antes de criticar, faça como o FGarcia® e leia pra conhecer) e halloween é outra. O Dia das bruxas se originou do ‘all hallows eve’ (véspera do dia de todos os santos) e... Ah, não vou me aprofundar nisso, meu conselho tá de pé – UIA!). E uma menção honrosa para a Hello Kitty. Já viu aquele e-mail que circula por aí com a lenda da mãe que fez um trato com o diabo pra curar a filha com câncer na boca? Pois é, a dona teria prometido, em troca da cura da filha, criar uma marca que alcançaria todo o mundo – dá pra adivinhar que é a gatinha sem boca? Só pra fechar essa divagação dentro da divagação, Hello é OI/ALÔ, sim, maaaas, Kitty é GATINHA/FILHOTE DE GATO!!! Pelamordedeus! Tem gente que acha mesmo que kitty é demônio em chinês... aff, me angustia! (E, como a gatinha ia dizer oi, pro catiço, sem a boca?)

Pra terminar (aaaaaah!!!), quero perguntar aos cristãos anti-EUAs e fundamentalistas do movimento pela valorização da cultura nacional se eles curtem suas reuniões só na base do som CCE, bebendo guaraná Dolly e comendo Zôo Cartoon (Sabe que Coca-cola, Toshiba e essas coisas são gringas, né?).

FGarcia® é nerd porque acha cool vários elementos da cultura pop. Capisce, mon’ami? Viva la raza!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

1º de Maio


Primeiro de maio é comemoração do Dia do trabalho... do trabalhador... Bah, o mais importante é saber que, na verdade, é a comemoração de 1 mês do Primeiro de abril. Ó.Ò (Mas, hein?!)

E porquê causa, motivo, razão ou circunstância eu falo isso? Bem, veja a babação com o futebol que eu te explico. Não é difícil entender que o futebol (como outros “placebos” por aí) serve pra você, torcedor, dizer coisas como: “Ah, a gente já passa tanta coisa na vida, pelo menos tem um futebol pra aplaudir”, num claro processo de distração do que realmente importa (ouça as músicas ‘Pedro Pedreiro’ e ‘Deus lhe pague’ do Chico Buarque e você entenderá – Claro, se seu Q.I estiver, minimamente, acima do daquele reitor na Bahia que alega que o baixo rendimento dos baianos, no ENEM, é devido a seu baixo Q.I). Digo isso porque o dia do trabalho foi criado em homenagem a trabalhadores que se tornaram mártires ao lutar pelos direitos da classe. E como você celebra isso? Assistindo show na Quinta da Boa Vista? Comentando o jogo do dia anterior? Humpf...

Ma, FGarcia®, não é pra comemorar? É, gafanhoto, comemore, você tem cerveja, futebol e novela. Mas, não deixe pra reclamar do governo só na hora que a fila pro seu filho ser tratado com dengue (por exemplo) estiver um caos e interminável. Só não entendo como tanta gente se mobiliza pra ver pessoas chutando bola suja e nem metade chega na varanda pra exigir melhores condições de saúde, educação e segurança. Nem lazer as pessoas questionam. Basta ser o que os meios de comunicação mais mostram e lá está a massa adorando. Por exemplo, voleibol, só quando passa na tv. Enfim, me angustia esse bando de trabalhadores (que enchem a boca pra dizer que o são na hora de auto-afirmar sua “garra” pra levar o dia-a-dia, mas vivem como se aquilo fosse o máximo... talvez o seja pra eles... sei lá.

Agora, voltando à vaca fria (vaca fria? Nham, sorvete!!!), comemoremos o “Um mês desde o primeiro de abril” já que o povo vive mesmo é de mentiras. Promessas que não se cumprem são mentiras; o povo do poder fica mais à vontade sem a cobrança dos pequenos, pois, os mesmo estão correndo pra casa ou pros estádios reclamar do perna de pau da rodada. Sabe o que as pessoas fazem quando querem reclamar? Recorrem às emissoras de tv! Rá! É muito boa essa, né? Você tem a defensoria pública pra exigir representação, por exemplo, mas chama uma equipe de reportagem... o que te fez pensar que, se algo vai mal, uma câmera vai resolver? Parou pra pensar que, assim que a câmera desligar, tudo vai desaparecer nas cinzas de um carnaval? Aff...

No mais, vamos celebrar o ano de 2008 como “Os 20 anos da constituição nacional” lembrando Chico Buarque e dizendo aos governos de nosso país: Deus lhe pague. Pois, vivemos esperando (como quem espera o trem – que já vem, que já vem) aumento de salário, melhora de saúde, diminuição da violência, boa educação... Bem, acho que (ainda) fazemos parte do tapete que cobre a lama pros endinheirados passarem sem sujar os pés.

FGarcia® não quer esperar, pra ter um filho que também vai esperar, até ter um filho que vai esperar também... FGarcia® quer botar (UIA! - pensou que ia faltar, né?) seu blo(g)co na rua!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Vinde a mim os recalcados!


Você se incomoda quando vê algum tipo de personagem agir em desacordo com o que você julga certo só porque o tal personagem tem algo em comum com você? Acautelai-vos! Elucidá-los-ei! Eis que surge um ‘recalcado DETECTADO’!!!

Romário parou de jogar, mas eu não parei de futucar (eitcha, comentário oportunista seguido de expressão esdrúxula!). O que pega nesse post é a galera do recalque que, não à toa, se enche de complexo e dispara impropérios como se não houvesse amanhã.

Saiba mais agora: A novela Duas Caras parece um emaranhado de situações forçadas sem um roteiro aparente e isso todo mundo pode perceber (embora não faça – ou não queira). É uma favela lírica, personagens-arquétipos-non-sense de segmentos da nossa sociedade, etc. Claro que incomoda! Eu também fico irritado em ver determinada caracterização de personagem se tornar alvo/motivo de escândalo. O que não dá é pra ver os recalcados julgarem a obra por não mostrar seu lado como super-poderoso. Não que não caiba uma ressalva do tipo: Um personagem mais esclarecido chega e explica que nem todos são assim, por exemplo.

Digo isso por alguns (alguns, nada, muitos!) comentários a respeito de personagens evangélicos da referida novela global. Tá, evangélico algum tem obrigação de ver um personagem da sua religião agir de forma imprópria e ficar quieto, mas, calma lá, por que um evangélico não poderia cometer improbidades? Só porque é evangélico? Evangélico não carrega dinheiro em cueca ou transporta dinheiro não declarado? Eu curto heavy metal e, mesmo assim, não acho totalmente errado quando mostram os headbangers como acéfalos na tênue linha entre um homem das cavernas e um ogro. E por quê? Porque acontece. Existem tipos assim, sim.

Isto posto, não acho apropriado resmungar por algum evangélico ser exibido como violento (ou, redundantemente, idiota) numa novela. Ninguém está acima do bem e do mal. Acusar de preconceito a emissora por isso é, no mínimo, estúpido. Qualquer um sabe que a pregação enaltece seu próprio povo e se convence de que os de fora são os imperfeitos (obviamente, há uma grande deturpação da palavra ‘pecador’ aí).

Veja, abaixo, o que te faz um recalcado. Você é um alvo deste texto se toma (UIA!) como ofensas pessoais o comportamento de personagens da ficção sendo:

-- Evangélicos fundamentalistas: Daqueles que julgam e ofendem pessoas em nome de sua religião.

-- Negros do mal: Favelados, bandidos, escravos, empregados, etc.

-- Mulheres superficiais: Interesseiras, trambiqueiras, vadias, loiras burras e tals.

Enfim, citei só os mais manjados, mas há os casos de espíritas caricatos, homossexuais afetados e mais. Se pararmos para reclamar disso, a teledramaturgia, e ficção em geral, pára. PURRA!!! Vai dizer que não existem tipos exatamente como os citados acima? Claro que sim, mas, os recalcadinhos adoram se doer (UIA²!!!) como se aquilo fosse uma propaganda publicitária de lavagem cerebral contra sua tchurminha. Se você não se adequa ao clichê, ao arquétipo, ao paradigma (hmm!), legal, mas não pense que todo mundo é assim. Temos, muito, a tendência de julgar o (mundo) externo a partir do (nosso) interno, mas deixa de ser ego(etno)cêntrico, ô, poia!

Curiosidades:

- Há quem arme banzé (sério, quem fala assim, hoje?) por utilizarem a palavra ‘denegrir’ (que significa enegrecer, manchar, infamar). Segundo recalques inflamados, a palavra seria uma ofensa aos negros, como dizer que uma situação está “negra” (e evangélicos dizem que a Globo está denegrindo a imagem dos religiosos - coisa que, segundo eles, não acontece com os 'macumbeiros').

- Na mesma frase que um evangélico acusa a Rede Globo de preconceituosa em relação aos evangélicos, vem um comentário do tipo: “...enquanto mostra homossexuais em horário nobre como se fosse uma coisa normal...”. Sei não, parece preconceito também.

domingo, 6 de abril de 2008

Beleza-Padrão


Bem, vamos logo ao propósito da pauta (ih, tem mesmo isso?!?)

O que é a beleza? É o que VOCÊ acha agradável de se ver (ouvir, falar, fazer, etc)? Ou seria o que alguém determinou?

Se você vai pelo senso comum e acha bonito o que uma multidão também acha (e se acha no direito de pensar que é formadora de opinião), digo-te: BUCHA! Mas, calma, nada de pensar: “Ma, Garcia, e se eu achar bonito mesmo, independente da maioria, mesmo que a maioria também ache?”. Eu mesmo (com toda a tendência controversa e polêmica inerente ao ser) concordo com o senso comum em vários aspectos, mas, nem a pau que eu vou classificar como feio algo ou alguém que foge do padrão pretensamente determinado pela maioria (ou por quem a influencia).

Isso me traz ao ponto que originou a idéia deste post: Preta Gil. Sim, a filha do ministro (que ela não me veja falando assim, hehe) gerou assunto ao se mostrar descontente com piadas, comentários e afins sobre sua forma física. Tá, concordo com ela no que tange ao fato desagradável de ser alvo de mediocridades e impropérios sobre o que não diz respeito a alheios. Só que, vamos, venhamos e convenhamos, a moçoila é uma personalidade pública. Mesmo que seja atriz, cantora e tals, mexeriqueiros de plantão vão falar de sua vida pessoal (fazer o quê? Eu também acho fútil e superficial²).

O que me impele a divagar aqui é algo que eu li sobre Preta, quando ela falou que só não é uma saradona porque não quer. Concordo também nisso, simplesmente, porque as saradonas do pedaço malham forte, e isso não é dádiva de Deus, qualquer um que pague a mensalidade da academia consegue. O que me incomodou foi ver que Preta, mesmo dizendo estar bem resolvida consigo mesma, dá assunto pra mídia de fofoca com sua insatisfação. Afinal, todo mundo sabe que isso é igual a apelido na época de escola. Quando você menos gosta é, justamente, quando a coisa pega.

Com isso, quero dizer (quero, nada, DIGO!), que existem belezas diferentes. PURRA, com tantos biótipos diferentes, como uma mente pode se considerar normal determinando só UMA referência para algo?! Não, não espere que eu caia naquela baboseira de “o que importa é a beleza interior!”, isso é pra filmes da Xuxa e do Didi (onde o elenco é lindo de morrer... RÁ!!!) ou pra cirurgiões... Ah, vai, os caras devem saber quando um coração é bonito ou um rim é feio – nesse momento, gargalho como se não houvesse amanhã!

Uma mulher nunca, repito, NUNCA vai ser interessante só com beleza física. Pode ser atraente (a menos que adote a forma do He-man, aí fica bizarro!), mas, se for burra feito uma porta... aff, é tão útil quanto conhaque pra abastecer carro de fórmula 1. Nesses casos, só serve como status, tipo: Olha a gostosona ali, tô pegando! E depois? Vira pro lado ou arrisca um “Será que chove?” pra puxar assunto? Cuidado, o resultado pode ser desastroso e traumático – Rá!

O negócio é o seguinte, acho que uma pessoa pode ser bem resolvida consigo mesma e tirar críticas de letra (Duvido que o Faustão se incomode com isso – Ô loco, meu, tanto no pessoal quanto no profissional, bichooo!). Pensa bem... A Luciana Gimenez é lindíssima e não conhecida pelo intelecto, por exemplo. Marília Gabriela não é, nem de longe, um símbolo sexual, mas é uma das personalidades públicas mais conceituadas em sua área (o adorável jornalismo) e ainda ataca de atriz. Qual dos dois tipos você acha que dura mais? Alguém conhece uma inteligência que tenha desenvolvido barriga? E celulite? E... que mulher não tem celulite? As saradonas, saca, aquelas pessoas que fazem curso pra gordinhos do amanhã.

FGarcia® malha... malha os outros, mas, se ofender algum recalcado (ops!), pede desculpas.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Lá se vai mais um BBB


É, pessoal, mais um BBB acaba, não sem polêmicas, controvérsias e toda aquela fofocada inerente ao tipo de programa – e tipo de público. Eu costumava pensar em todos aqueles clichês que cercam o show da realidade (!?), tais como: A Globo manipula resultados pra favorecer seus favoritos, todo mundo que participa é “peixe”, a edição mostra mais uns que outros, etc. Realmente, a edição não dá a ampla visão que o pessoal do pay per view tem e, realmente, os participantes-pseudo-pretensos-artistas-em-potencial são escolhidos sob critérios que eliminam a maioria da população que se inscreve (a massa não é contemplada, caso não tenha percebido). Você colocaria uma dona-de-casa ou uma modelo pra explorar a imagem na TV por uns três meses e além (às vezes)?

Outra coisa que mudou em mim (que coisa, não?) foi a visão a respeito do reality show (que, mais uma vez, digo: NÃO é, nem de longe, tão reality quanto é – feito - show). Ainda acho que pessoas torcerem pra um bando de ‘famosos quem’ ganharem ou perderem numa disputa que não te acrescenta em nada é o cúmulo da carência afetiva. Projetar suas expectativas em pessoas que não fazem nada de útil numa casa filmada (portanto, adeus, espontaneidade) é o FIM. Tá, considerações pessoais feitas, admitamos o mais óbvio: É um programa de entretenimento. Nunca se ouviu a Globo prometer revolucionar a educação ou a cultura nacional com o BBB. Portanto, desligue o cérebro (caso o seu tenha atividade) e divirta-se.

Ano que vem eu vou falar mais coisas sobre isso (vai até o 10). Por enquanto, fico dizendo que a Globo não é tão manipuladora quanto se fala. Se você consegue convencer alguém a ‘comprar’ seu produto sem obrigar, é porque, pelo menos há qualidade e credibilidade pra isso. E, falemos a verdade, o povão precisa ser manipulado pra tomar atitudes duvidosas? O BBB8 mobilizou mais o país em três meses do que o Lula em uns seis anos de presidência da república e o esporte te faz esquecer qualquer escândalo político. Ah, se a população congestionasse as linhas telefônicas governamentais como faz com os paredões ‘BBBezísticos’ para manifestar suas queixas e cobranças... (Eu te amo, meu Brasil, eu te amooooo, meu coração é verde, amarelo, azul-anil...).

Uma coisa que eu acho “daqui, ó” (faça um gesto de puxar a pontiiinha da orelha) é essa coisa de não poder agradar gregos e troianos. É exatamente isso que o povo é: grego E troiano. Rafinha é apontado como favorito ao prêmio? Complô contra a Gy(selle)!!! Gyselle mais perto da grana? Armação da Globo!!! É como as torcidas de futebol reclamarem que seu time está sendo preterido pelo favorecimento da emissora ao time rival (outra atividade da maior relevância). Além do quê, os dois finalistas já têm, em seus currículos (UIA!) a carreira artística.

Pra finalizar, não fique chateado, meu caro leitor, se você mandou sua fitinha com uma bela apresentação e não ganhou nem dois cones de sinalização de trânsito pra fazer ‘golzinho’ na calçada da rua. Não acuse a Rede Globo de manipuladora ou por escolher cartas marcadas para os BBB’s. Quem manda as fitas e é escolhido, demonstrou algo de interessante, algo de potencial para seus propósitos (que, neste caso, não são filantrópicos). No mais, quem ganhou mereceu (Ma, Cuma, Garcia?). Oras, se esteve lá e sobreviveu à edição e aos comentários tendenciosos de Mr. Pedro “já fui muito bom nisso” Bial, é porque mereceu.

FGarcia® não conhecia Rafinha há três meses e possivelmente não lembrará dele daqui a três meses.
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