Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

sábado, 24 de novembro de 2007

Cotas racist...raciais.


O problema não é a cor, é a renda. O Pelé é negro, mas tem grana, logo, ele tem livre acesso ao seleto grupo de negros que se destacam (Assim como: Hélio de La Peña, Lázaro Ramos, Taís Araújo e outros).

Você pode até ser a favor fazendo aquele “crááássico” questionamento: A quantos dentistas(por exemplo) negros você já foi? Ou coisa do tipo, mas perceba, o que adianta facilitar a entrada de “gente da cor” (expressão pavorosa) se não significa que a pessoa vá, de fato, sair bem, mesmo assim, e quando sair? O camarada pode cursar odontologia (segundo alguns, o curso mais caro) com o benefício proporcionado pela cor... cota e ficar feliz e sorridente (ops, referência involuntária ao curso do exemplo) até se formando e tals... Mas quando se formar ele vai fazer o quê com o diploma (não necessariamente o que Cap.Nascimento perguntou ao 23 sobre o fuzil sem bandoleira)?

Entrar dando “carteirada” pela cor da pele é besteira, todo mundo sabe que apesar de termos um senso comum provinciano (nunca, o senso comum, é elevado intelectualmente) e racista o que atrasa mesmo aqui é a terrível distribuição(?!) de renda (na remota hipótese de chamar assim).

Negro é sinônimo de pobre? Pode até ter sua lógica (e, de fato, o faz), mas pobreza não escolhe cor, malandragem.

Acho que é como se maçãs recebessem alguma compensação por terem sido discriminadas como frutas do pecado enquanto laranjas, que não têm nada com isso, tivessem que se fazer mais competentes para disputar uma vaga na feira entre si e com as maçãs, beneficiadas. Ora, vejam, não é tudo fruta? (No caso, não é tudo gente?) Melhor seria se a compensação fosse para frutas que nunca tiveram acesso a grandes pomares.

Acho eu que esse sistema só acentua as diferenças raciais (mesmo que todos tenhamos a mesma estrutura genética e que essa seja idêntica à de duas moscas ou quatro espigas de milho).
Acho que universidades públicas poderiam beneficiar vítimas...er... estudantes de escolas públicas. Isso, sim, seria corrigir um desequilíbrio social tremendo sem parecer demagogo e desconfortável (pra não dizer polêmico e populista).

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