Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Lá se vai mais um BBB


É, pessoal, mais um BBB acaba, não sem polêmicas, controvérsias e toda aquela fofocada inerente ao tipo de programa – e tipo de público. Eu costumava pensar em todos aqueles clichês que cercam o show da realidade (!?), tais como: A Globo manipula resultados pra favorecer seus favoritos, todo mundo que participa é “peixe”, a edição mostra mais uns que outros, etc. Realmente, a edição não dá a ampla visão que o pessoal do pay per view tem e, realmente, os participantes-pseudo-pretensos-artistas-em-potencial são escolhidos sob critérios que eliminam a maioria da população que se inscreve (a massa não é contemplada, caso não tenha percebido). Você colocaria uma dona-de-casa ou uma modelo pra explorar a imagem na TV por uns três meses e além (às vezes)?

Outra coisa que mudou em mim (que coisa, não?) foi a visão a respeito do reality show (que, mais uma vez, digo: NÃO é, nem de longe, tão reality quanto é – feito - show). Ainda acho que pessoas torcerem pra um bando de ‘famosos quem’ ganharem ou perderem numa disputa que não te acrescenta em nada é o cúmulo da carência afetiva. Projetar suas expectativas em pessoas que não fazem nada de útil numa casa filmada (portanto, adeus, espontaneidade) é o FIM. Tá, considerações pessoais feitas, admitamos o mais óbvio: É um programa de entretenimento. Nunca se ouviu a Globo prometer revolucionar a educação ou a cultura nacional com o BBB. Portanto, desligue o cérebro (caso o seu tenha atividade) e divirta-se.

Ano que vem eu vou falar mais coisas sobre isso (vai até o 10). Por enquanto, fico dizendo que a Globo não é tão manipuladora quanto se fala. Se você consegue convencer alguém a ‘comprar’ seu produto sem obrigar, é porque, pelo menos há qualidade e credibilidade pra isso. E, falemos a verdade, o povão precisa ser manipulado pra tomar atitudes duvidosas? O BBB8 mobilizou mais o país em três meses do que o Lula em uns seis anos de presidência da república e o esporte te faz esquecer qualquer escândalo político. Ah, se a população congestionasse as linhas telefônicas governamentais como faz com os paredões ‘BBBezísticos’ para manifestar suas queixas e cobranças... (Eu te amo, meu Brasil, eu te amooooo, meu coração é verde, amarelo, azul-anil...).

Uma coisa que eu acho “daqui, ó” (faça um gesto de puxar a pontiiinha da orelha) é essa coisa de não poder agradar gregos e troianos. É exatamente isso que o povo é: grego E troiano. Rafinha é apontado como favorito ao prêmio? Complô contra a Gy(selle)!!! Gyselle mais perto da grana? Armação da Globo!!! É como as torcidas de futebol reclamarem que seu time está sendo preterido pelo favorecimento da emissora ao time rival (outra atividade da maior relevância). Além do quê, os dois finalistas já têm, em seus currículos (UIA!) a carreira artística.

Pra finalizar, não fique chateado, meu caro leitor, se você mandou sua fitinha com uma bela apresentação e não ganhou nem dois cones de sinalização de trânsito pra fazer ‘golzinho’ na calçada da rua. Não acuse a Rede Globo de manipuladora ou por escolher cartas marcadas para os BBB’s. Quem manda as fitas e é escolhido, demonstrou algo de interessante, algo de potencial para seus propósitos (que, neste caso, não são filantrópicos). No mais, quem ganhou mereceu (Ma, Cuma, Garcia?). Oras, se esteve lá e sobreviveu à edição e aos comentários tendenciosos de Mr. Pedro “já fui muito bom nisso” Bial, é porque mereceu.

FGarcia® não conhecia Rafinha há três meses e possivelmente não lembrará dele daqui a três meses.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Blog-se!


Tenha um filho, escreva um livro, plante uma árvore e... Crie um blog!!!

É garciamaníaco (Cara, que bizarro!), andamos íntimos (Nham!) com o eterno e complexo processo de globalização, a fantástica e frenética era da informação e tudo de negativo e positivo que isso acata. Já é de anos pra cá que não precisamos nos movimentar muito pra ir ao banco, manter relações (UIA!) de qualquer natureza (profissionais, artísticas, inter-pessoais e muitas outras – além ‘daquelas’ - seu pervertido!).

Mas, o que me traz aqui é (além do oportunismo!) a avassaladora e maciça onda de blogs que acontece todos os dias. É claro e evidente que blogs são páginas de internet pra quem não sabe mexer em páginas de internet. Isso gera uma enorme gama de adeptos, pois, é muito simples passar suas idéias para a grande rede. Eu mesmo não pretendia aprender sobre html e tals pra reproduzir minhas opiniões, logo, ‘bloguei-me’!

Como tudo na internet, o conceito de blog tornou-se um não-verbo muito utilizado. Você bloga com tanta facilidade que acaba sendo, potencialmente, um contribuinte de ‘nada’ (ou ‘qualquer coisa’) para a famigerada www. Como assim? Fique por aí até o próximo parágrafo que titio FGarcia® explica (...SAGATIBA!).

Saiba que uns 95% do conteúdo geral da internet é apenas lixo. Lixo, não do tipo que você joga fora, mas, informações nada relevantes (até mesmo para viciados em informação como este que vos escreve). Sendo assim, imagina o que esses trocentos blogs representam na net! Vejo blogs nascerem e serem abandonados com a velocidade de fama de qualquer participante desses reality shows (que só são ‘reality’ por que são ‘shows’!).


Publicar idéias é legal, mas requer fôlego. Não adianta se empolgar com a graça de ter um espaço seu na net e, depois de um tempo, abandonar... cancelar e tals. Perda de tempo, mas... fazer o quê, né? A cabeça é sua. Estou dizendo que um blog é como os “fascinantes” (e aí temos aspas) tamagochis*** (lembra daqueles “supimpinhas” bichinhos virtuais? – aspas denovo!). Você pode se alegrar (Ai, santa!) em ter um, mas, só vai vingar se for bem cuidado.

FGarcia® reservou um espaço para pedir desculpas por:

*** Comparações safadas e lembranças grotescas.

sábado, 1 de março de 2008

Homossexualidade!


Vamos falar do homossexualismo? (Foi uma pergunta, mas mesmo que você diga NÃO, eu continuarei assim mesmo – Ah, a magia da retórica!).

Classifico, basicamente, a homossexualidade em dois tópicos (e, é claro, vou postar aqui, coió!).

1º caso (não sexual – não que haja algo de errado com isso!)

- Fator biológico: O fator biológico é o único (acho eu) que pode ser utilizado com alguma propriedade (!) para os recalcados que são contra (humpf! Como se dependesse de permissão alheia!). Eu não, afinal, não acho que haja alço de errado com isso!

- Porquê: Se você levar à risca o propósito do sexo e das relações humanas, o objetivo (e instinto!!!) é pura e simplesmente a procriação, a perpetuação da espécie. Nesse contexto, é totalmente contra a evolução humana na Terra, um casal do mesmo sexo. Isso não gera descendentes. Logo, não faz sentido.

2º caso (a dois, a três, escancarando de vez, mas com muito respeito!)

- Fator social/afetivo: É o fator que estamos acostumados a ver por aí (uns bem mais coerentes que outros). É aquele fator que nos remete (UIA!) ao sentimentalismo humano, a necessidade, carência e direção sexual. Tem gente que se atrai por pessoas feias, fortes, magras, negras, com cara de torta de maçã, entre muitos tipos, inclusive... gays! Sim, GAYS! Sob esse aspecto, fica fácil entender a homossexualidade (falando sério, essa palavra dá trabalho pra digitar!).

- Porquê: Se a procriação for suprimida pela adoção (que enfrenta muitos tabus, preconceitos e obstáculos bur(R)ocráticos), qual o problema em duas pessoas do mesmo sexo se entregarem a uma relação afetiva? Se o que importa é o amor, o que é errado em gostar de alguém seja lá quem for? Relações interpessoais são estabelecidas o tempo todo entre pessoas da mesma etnia, da mesma religião e outras semelhanças diversas. Sendo assim, não há porque um casal homossexual não se unir e levar sua vida com o direito de não ser perturbado por recalcados (e) fofoqueiros.

O que eu acho? Não acho... (Ué?!). Quer dizer, não acho que seja o caso de ser a favor ou contra (não me diz respeito), mas, acho que pessoas nascem irritadiças, taradas, excêntricas, cabeludas, preguiçosas, inteligentes e... gays! Desse jeito, eu sei o que é ser discriminado por nascer de um jeito que não se escolhe e que não deveria fazer diferença (não, não sou gay – não que haja algo de errado com isso! – mas, sou miscigenado (vira-latas), como a maioria dos brasileiros, com o tom de pele bem mulato – negão, pra quem usa o termo – nada contra isso também!).

No geral, um homem gay não me oferece concorrência, se me cantar, vai ser lisonjeiro (parabéns pelo bom gosto! – Aff, que escroto, Bátima!!!). Se uma mulher é gay, beleza, vamos ter mais um assunto em comum (MUIÉÉÉ!!!) e não me ofende nem agride à sociedade. Citando (não acredito que vou dizer isso) a banda Nirvana: Come as you are (Venha como você é!).

FGarcia® discrimina pessoas de alma pequena, falsas, covardes, invejosas e outras redundâncias.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Polêmica Universal


Estou aqui pra comentar sobre um assunto que se dizia polêmico. Bem, polêmico sou eu, este assunto é escalafobético mesmo. Mas, o estardalhaço todo começou por causa de uma matéria onde a jornalista Elvira Lobato, do jornal Folha de São Paulo reportava notícias dos negócios da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) em pendências com a justiça e, depois, sobre a ação de intimidar a imprensa com processos judiciais.

A jornalista e o jornal foram alvos de processos (dos quais, já saíram com ganho de causa em pelo menos três) pela matéria. Pois bem, o respingo (ou o esporro) caiu em alguns outros jornais (A tarde/Salvador, Extra e O Globo/Rio de Janeiro) o que gerou uma discussão sobre uma possível indústria de processos. Isso se deu por que o mesmo argumento é utilizado em todas as ações nos locais mais distantes do Brasil.

Eu mesmo vi, na TV Record (Domingo Espetacular), uma matéria sobre a tal “polêmica” (percebe as aspas? Já te conto sobre isso). Polêmica é uma pinóia (UIA! Quem fala assim hoje em dia?), já que, na emissora do Bispo, só evangélicos foram ouvidos e se mostrando indignados (todos com o mesmo argumento e todos ligando pra emissora pra saber como fazer pra processar - elelê!). E é sobre esse argumento que eu ponho (UIA!) o foco da matéria.

Seria uma polêmica se o assunto gerasse discussão ou dividisse opiniões. Mas, o que foi visto até aqui, foi um movimento ‘silencioso’ de intimidação e uma certa “instigação” à revolta religiosa como se as matérias ferissem a liberdade de religião. Mas, não, o lugar comum que os fiéis caíram (e deu pra reparar mais que casca de feijão no dente do chefe), foi a reclamação acerca do termo ‘seita’. Até um historiador foi entrevistado dizendo que o termo é pejorativo, meio que, uma alusão a rituais sinistros, facção ou bando.

Faz – me rir. O dicionário-fonte de onde tiraram a significação da palavra, Houaiss, tem uns oito (8) significados para a palavra seita e não dá pra dizer que são ofensivos – a menos que se induza a isso (tudo é relativo, né?). Por isso, eu mesmo recorri ao pai-dos-burr... er... à minha fonte particular, o dicionário Aurélio, onde encontramos a seguinte explanação:

Sei.ta – sf. 1. Grupo religioso, de forte convicção, que surge em oposição às idéias e às práticas religiosas dominantes. 2. Grupo coeso que participa de uma doutrina comum (filosófica, religiosa, etc.).

(O que tem de pejorativo ali?)

FGarcia® não vê como, pra ter liberdade religiosa (e nem é o caso!), se precisa combater a liberdade de imprensa e expressão.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Hedonismo (o que vale é a pegação?)


Que coisa chata é ver uma pessoa solteira se achar incompleta por não estar de namoro. Tem gente que fica se questionando porque não arruma um relacionamento e acha que tem algum problema.

Geralmente, mulheres costumam ter esse pensamento mais frequentemente. O “problema” delas, supostamente (na idéia delas), é o fato de serem fiéis, comportadas e tals. Aí, encontram algum mané que não valoriza uma mulher decente, se decepcionam e partem pra “vingança”. Sabe aquele funk que diz: “Tentei andar na linha, você não me deu valor, agora @$$#%@#” ? Por aí.

Essa vingança é como um descarrego (hein?!). A idéia é não se valorizar e não levar ninguém a sério. Mas, aí, eu te pergunto: Justamente quem não te valorizou é que você tira por referência de avaliação? Digo, uma desilusão amorosa é motivo pra galinhar? Não, não sou moralista e não tenho nada contra uma boa curtição (e como achar sem procurar, né?), mas acho que essa cultura de “pegação” e “beijo na boca” é pra quem sofre de carência afetiva profunda. Porque mais você pautaria sua vida na quantidade de pessoas com quem você trocou fluídos corporais (UIA!)?

Tem gente que valoriza a quantidade, outros, a qualidade. Mas, há muitos fatores influenciando. Não venha reclamar da solteirice se você só freqüenta locais onde “a azaração está bombando”. Não dá pra achar bicho de goiaba em maçã. Também não suporto o papo de “só conheço quem não presta”. Uma auto-avaliação seria legal. E ainda há aqueles casos em que a pessoa reclama de vários relacionamentos mal-sucedidos, mas são as mesmas pessoas que ficam com qualquer um(a) pra não passar pelo “pesadelo” de estar solteiro(a).

Particularmente, acho de uma frivolidade descomunal essa coisa de achar que é grande coisa a “cultura do sabonete”, ou a “cultura da maçaneta”, se preferir (Rá, acabei de nomear). Também acho superficial demais alguém achar que é feliz, APESAR, de solteiro(a). Não tem que se desculpar por não ter namorado(a).

FGarcia® acha anti-higiênico sair por aí a trocar saliva com muitas pessoas. Rá!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Grana curta = Corrupção? O.o


Já vou começar este post com o pé embaixo! Vamos parar com essa palhaçada de dizer que policiais se corrompem porque ganham pouco, p@#$%orra!

Agora, estresse e má remuneração é desculpa para virar bandido? E, o pior, para passar a mão na cabeça dos coitadinhos... Ma, Garcia, eles são as vítimas, então, né?
Digo-te solenemente, caro leitor: WROOONG!!!

É, realmente, lamentável que a desculpa para policiais (ou qualquer outra categoria profissional) fazerem bicos de vagabundos seja a pouca grana. Imagina quantos desempregados, domésticas, vendedores de papelão e pedreiros não cometeriam crimes deitados nesse argumento besta? O mundo pararia para o crime passar, já que a maioria é pobre. E a playboyzada não teria qualquer motivo pra roubar, traficar ou coisa do gênero. A politicada, então, vixe, nem era pra eles... ah, você sabe o que acontece.

FGarcia acredita na polícia. Grana curta não diminui caráter. Foi-se o tempo em que crime era roubar galinha pra alimentar a família.

Post curtinho pra destilar e externar minha indignação em relação a essa desculpa estapafúrdia.


Para melhorar o astral (e ocupar espaço desavergonhadamente), fique com um vídeo supimpinha de quem não ganhava nada pra salvar as pessoas, mesmo assim não desistia! Ca-la-ro que falo do abnegado Super-herói Americano:

(Veja aqui)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Holocausto na Sapucaí ?

Falemos sobre a polêmica do carro alegórico da Viradouro. O carnavalesco Paulo Barros traz o enredo que trata de arrepios. Um dos carros é caracterizado por esculturas de corpos esqueléticos amontoados. Isso, pra representar o holocausto, a matança... genocídio do povo judeu pelos nazistas.

A federação judaica fez um pedido formal para que a escola de samba não apresente o tal carro sob o argumento de que é uma cicatriz na história de seu povo, além de haver sobreviventes daquele horror ainda vivos e que trazem marcas profundas físicas e psicológicas. Não seria o caso de mostrar um fato tão sério e triste durante a maior festa popular do mundo.

O carnavalesco (Paulo Barros, catzo! Já disse isso!) alega que a alegoria fala sobre o arrepio pela barbárie a que o povo judeu foi submetido. Além do quê, o carro passará somente com a escultura, não haverá destaques nem bailarinos sambando sobre a mesma (o que, segundo Barros, aí sim, caracterizaria desrespeito). Para Paulo, é importante que se mostre um fato como esse para lembrarmos da importância e o cuidado com pensamentos tão primários (pra não dizer selvagens, estúpidos e ‘morde-fronha’...).

Na minha opinião, a imagem do carro-alegórico é forte e, sim, é uma cicatriz com cara de ferida aberta. Entretanto, todos os anos, diversas escolas de samba abordam temas como escravidão e religião. Não acho que um carro com negros amarrados a troncos ou exibição de imagens de santos, por exemplo, seja um tabu impossível de se mostrar na Marquês de Sapucaí.

Temos que lembrar que aquilo é um desfile de sambas de enredo. Tá valendo nota, tá valendo um título que vem com uma grana violenta pra quem se sagrar campeão. Imagina só: Você fica incumbido de elaborar uma monografia (palestra, discurso, o que for) e não pode falar de um assunto que seria sério demais pra se tratar em troca de reconhecimento profissional. Aplaudir, então, é inaceitável!

Uma imagem forte vale mais que mil polêmicas.
Aliás, só porque uma imagem é forte, não quer dizer, necessariamente, que é ofensiva.

FGarcia® é polêmico, mas não é ofensivo.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Injúria racial


O dia era 24 de Janeiro de 2008. Vejo nos noticiários de todos os canais (todos, nada, mas, a maioria) um caso de injúria racial.

O caso: Funcionária (que preferiu não se identificar) da lanchonete de um shopping (que também não quis se identificar – hehehe – brincadeira) é agredida verbalmente por uma cliente (a distinta senhora produtora Ana Cristina Paiva, 40 anos). Ana, segundo testemunhas, agrediu a funcionária (de ‘neguinha da rocinha’) depois que seu cartão não funcionou na compra de pipoca e refrigerante (eu mesmo já vi civilizações desaparecerem e guerras começarem por causa de um picolé e três anéis de latinha de 7UP). Não sei se é mesmo o caso da jovem morar na Rocinha ou se foi só uma tentativa (baixa) de diminuir a pessoa.

Acho tudo isso uma baixaria... não, o racismo é burrice (hmm, já ouvi isso em algum lugar), baixaria é a necessidade de diferenciar discriminação de injúria. No final, é tudo racismo. Eu, por exemplo, me sinto ofendido pelo que a piranh... nobre madame fez à moça da lanchonete. Aliás, me ofende que pessoas assim caminhem entre seres humanos como se fossem normais (se cair de quatro, nem levanta mais. Vai parar no primeiro pasto!).

Mas, existe uma necessidade e uma diferença (dah! Óbvio!) injúria e discriminação. É que o primeiro é dirigido apenas a uma pessoa. No caso, a ofensa foi à pessoa da funcionária e não, à toda raça negra.

Se discriminação é ofender a um grupo, chamar cinco negros de ‘neguinhos da rocinha’ é o quê? Você poderia dizer que ofendeu pessoalmente os cinco? Haha...divaguei involuntariamente.

O que eu acho: NHÁ, é mole, né? Você ofende uma pessoa pela cor de pele (pelamordedeus, chamar de negro nem deveria ser considerado ofensa! - Pensa bem.) e diz que só ofendeu UMA pessoa? Sério mesmo que se fosse outra pessoa, da mesma cor, a vagab...distinta senhora não teria ofendido?

A verdade é que foi por isso, meu caro garciaramaníaco (Eitcha, prêmio por originalidade aqui!) que a diferenciação nasceu. Porque, justamente (seu Juvenal Anthena), pessoas que praticavam crime de racismo alegavam que tinham cometido injúria...

FGarcia® fica injuriado com racismo.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Violência blockbuster


Venho divagar sobre a temática do filme ‘Tropa de Elite’ (Sério que você não sabe? Então clique aqui) e compará-lo a outros sucessos recentes da cultura pop e, logicamente, minha opinião (Afinal, o blog É MEU e o texto É MEU – Rarááááá!!!).

Pois, bem, Há quem não tenha entendido a simples idéia de mostrar um filme urbano sobre violência pela visão de um policial (honesto, mas anti-herói – graças a Deus!). Para essas pessoas eu digo o seguinte: Cidade de Deus e 24 horas.
Porque eu citei especificamente essas obras? Em primeiro lugar, por que eu quis, e porque é uma obra nacional (se você está no Brasil) e uma da gringolândia. As produções mostram ficção num pano de fundo bem real (violência).

Eu só vejo meus compatriotas (se você é brasileiro) criticando as produções nacionais (se você é... ah, já disse isso!). Porque mostrar a ficção baseada na realidade do Rio de Janeiro é ofensivo? Quem faz esse tipo de crítica contesta a paranóia adrenalínica, e exacerbada, anti-terrorismo de 24 horas ? (faria sentido, afinal, também envolve ficção e uma instituição contra o crime).

O negócio é que a estrangeirolândia (falo mais dos EUAs) falou em lançar ‘Tropa de Elite’ em seu território como a história do policial que entra para o B.O.P.E para se tornar capitão (O Matias, oras, e isso NÃO É SPOILER!). Ignoraram o fato de que o fio condutor da trama é o Capitão Nascimento. E porque? Porque o capitas é um pouco não-ortodoxo em seus métodos e isso poderia gerar uma má publicidade, dar mau exemplo (pra quem tem miolo mole), sei lá. (Aff... Eles produzem esse tipo de filmes todos os dias no café da manhã e NINGUÉM tira as calças pelo pescoço por expor a ferida aberta da violência).

Veja quantos filmes envolvendo instituições civis e militares nacionais (do país que for) são feitos. Mas, só no Brasil parece haver esse recalque quanto a histórias cruas, embora ficcionais, que se mostrem incômodamente familiares. Talvez, o caminho para a não reclamação seja mostrar tanques de guerra, armas nucleraes e carros explodindo a cada batida. Pra mim, não passa de histeria coletiva.

FGarcia filmaria Nascimento, Zé Pequeno e Jack Bauer, num explosivo blockbuster, 'aprontando as mais loucas confusões', mas, um abandonou a guerra, outro foi dançar no colo do capiroto e o terceiro não tem UMA hora disponível. (A filmagem ficaria por conta do Papa).

Quem poderei chamar? Chuck “levo MacGyver no bolso” Norris, oras!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Novelas em 7,5 passos


Bem, amigolhes, venho falar sobre novelas, saca? Aqueles seriados compridérrimos que se revezam com as mesmas situações e personagens? (Em alguns casos, até repetem nomes de personagens – Susana Vieira e Regina Duarte que o digam). Vou enumerar algumas situações-clichês que não podem faltar para essas produções:

1 - Comece a novela com fatos anteriores ao tempo normal da trama. Passagens de tempo são legais pra variar o elenco e movimentar a história como se fosse uma nova. (E você sente que conhece o pessoal há tempos)
2 - Mostre um casal bem água-com-açúcar se apaixonando à primeira vista. E alguém (maléfico, claro) que se apaixona por uma das partes do casal e trama ‘as mais loucas confusões’ para vê-los separados.

3 - Golpes... golpes são o ‘must’ (!!!). E todos eles podem figurar lá à vontade. O golpe da barriga (o exame falso de gravidez é sensacional – todo mundo faz facilmente), o golpe do baú (já repararam que os casamentos já valem apenas com um ‘Sim’?) e outros.

4 - Irmãos gêmeos... como diria Gilberto Braga (autor de Celebridade e Paraíso tropical, entre várias), tem que ter um bom e um mau! Sem comentários.

5 - Vilões precisam: Ficar cegos ou paralíticos, se curarem e fingir que não sararam; colocar drogas ou armas entre os pertences dos protagonistas e armarem alguma depois de um ‘boa noite, Cinderela’. Sem essa de não matar, enlouquecer ou prender o vilão no final da novela. Ou, você mostra a bandidagem se dando bem... é politicamente incorreto, mas, o público aplaude porque é bem real.

6 - Dobradinha ‘negros e pobres’. Com negros, você gera uma situação de discussão racial e com pobres, social. Obviamente, vamos ter acusações de crimes e golpe do baú, além das humilhações costumeiras. (Sem contar novelas de época). E não posso deixar de comentar como pobres e ricos são amigos na TV. (Como diria PapaiGarcia: “Ricos chamam pobres pras festas...pra trabalharem!”)

7 - E, por fim, se isso tudo ficar repetitivo, para dar uma oxigenada na rotina, reúna uma dúzia de pseudo-desconhecidos numa casa repleta de câmeras (sem um roteiro aparente, não esqueça, deve parecer natural – humpf, como se alguém agisse naturalmente sabendo que estão filmando). Não pode faltar o ‘mocinho’ (bleh!), o casal-água-com-açúcar, o vilão manipulador e um fofoqueiro que fique lá e cá pra gerar discórdia, algum drama de quem sofreu horrores na vida e a corrida por muito...muito dinheiro. Ah, deixe o público participar. Atrai audiência.

0,5 – Menção honrosa para os grandes e misteriosos assassinatos e/ou crimes. Pode ser o assassinato de alguém que sacaneou metade do elenco, pode ser a explosão de um grande estabelecimento, algum assassino serial... E não esqueça as doenças/deficiências em algum personagem de destaque. Faça o público chorar, ter pena... ganhe sua emoção! ha-ha .

Em tempo, nomes não precisam ser criativos, por exemplo, a Record tem uma novela no ar chamada "Amor e intrigas"... o que eu acho? Esse nome resume todas as novelas. ha-ha²!


FGarcia® Não vê, muito, novela porque uma história que leva mais de 10 horas (cof Senhor dos anéis cof) pra ser contada não pode ter coesão.
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