Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

MENTIRA: Vidente previu morte de Cristiano Araújo

Clique e amplie a tal carta que ninguém
recebeu na família do cantor
Se tem uma coisa que mobiliza mais gente distraída na internet do que crianças e bichos engraçados e pornografia, certamente, essa coisa é mentira viral. Nada como a sensação de ser o primeiro a contar uma novidade bombástica, igual à criança que espalha pra todo mundo uma merda que a mamãe falou ou estraga a surpresa do irmão menor, saca? Pois bem, agora, um papo bem sério e que muita gente tripudiou como se fosse gostar se fosse com os seus: Cristiano Araújo. Muito se falou sobre os fãs de ocasião, com se pessoas não pudessem se compadecer com a tragédia numa família só porque não foi de alguém próximo, ou como há tantas mortes todo dia e ninguém chora – a explicação óbvia é que não se noticia assim como não se procura – enfim, até Zeca Camargo entrou nessa de criticar a carpideira no velório e teve que se retratar. Mas vou falar agora de uma mentira braba, e que sempre aparecem similares nessas ocasiões: Videntes tentando seus 15 minutos de fama em cima da desgraça alheia.

 
Tipo (já falecida) Mãe Dinah, que fez sua fama falando que Mamonas Assassinas teriam problemas num vôo (os caras passavam mais tempo voando de show em show do que propriamente tocando, se bem me lembro, uma média de, pelo menos um show por dia por todo o Brasil). Muita gente gosta desse sensacionalismo, de gritar ‘eu avisei, eu sabia’ e pouco se importam com a dor da família, amigos e fãs. Pois bem, vamos explanar a previsão. Mas, com o advento das redes sociais, um fato interessante passou a ser recorrente: Previsões registradas em cartório e previsões por redes sociais. A princípio, é sensacional o cara te mostrar que possui um documento registrado em cartório ou em postagem digital que já tinha previsto algo importante (tipo disco rolando ao contrário e foto de fantasma fazendo selfie, né?).

 Mas é um truque muito fácil de fazer, como vamos ver no vídeo lá no final do texto. É assim, primeiro, o charlatão cria um documento e o registra, mas, se você não notou, repare na próxima, o cartório não registra necessariamente o conteúdo do documento (já viu tabelião lendo documento?), apenas a assinatura e a data. Ou seja, é só você registrar uma carta com informações genéricas e espaços em branco, pra, depois, completar com o que for conveniente, seja a mesma caneta, máquina de escrever, impressora, etc. É, basicamente, o mesmo que fazer um exercício escolar a lápis. Você mostra pra professora que tem o dever todo preenchido, mas entre a entrega e a vista do exercício, você corrige o que estiver errado e entrega tudo de boas, pra ganhar 10. 


E, no caso da internet, a coisa é ainda mais simples. Quando a gente tem uma conta pra postagens (tipo youtube, twitter ou até aqui no blogger mesmo), a gente tem uma conta e uma seção ‘administrativa’ onde podemos armazenar vídeos, fotos e textos tanto como rascunho quanto numa espécie de ‘espera’. A coisa fica prontinha pra publicação, mas não aparece em público ainda. É só você gravar seu palpite, postar sem publicar e, depois que acontecer algo, você publica o que acertou e deleta os que errou. É como prometer um cheque em branco.

Observe, no prometido texto lá do final, que o tal Jucelino, que agora tripudia da morte de Cristiano Araújo e sua namorada, Alana de Morais, vive fazendo previsões, mas não acerta uma antes da coisa acontecer. Se você não sabe ou não leu, ele previu a morte de Eduardo Campos, a lesão de Neymar na Copa2014. Ambos os casos ele afirmou depois de acontecidos. Quando se meteu a falar antes de acontecer, ele previu que a Argentina faturaria a Copa e que cairia um avião em plena Avenida Paulista (São Paulo, dah!). Agora ele fez isso com uma carta ‘prevendo’ a morte do cantor, o que faria algum besta ainda culpar o rapaz por não dar ouvidos à voz do além. A saber, ele – Jucelino - é investigado e já tinha “previsto” que Alckmin ganharia as eleições de 2006 sobre Lula.


Não tenho certeza se ele é o mesmo que tinha previsto “em cartório” que Denise Frossard ganharia o governo estadual sobre Sérgio Cabral aqui no RJ, e que haveria um tsunami na costa brasileira apenas poupando o interior e as regiões de montanhas, mas um dia eu recupero (imprimi há uns 8 anos e vou conferindo ano a ano cada uma, pois vai até 2020, só porque eu não presto e pago pra ver. Rá!). Enfim, registrar conteúdos de cartas pra alterá-los depois não é crime, mas alterar esses conteúdos pra abusar da fé alheia, isso é crime de charlatanismo. Até porque, ninguém – eu disse NINGUÉM- confirma o recebimento dessas cartas. Ele manda, mas ninguém garante que eram as cartas que ele afirma. Pode ter mandado até um envelope vazio ou algo genérico.


Na boa, previsão e a cobrança por isso, como vemos no vídeo da reportagem do Fantástico, é crime, é palhaçada e a hora que der certo, numa coincidência bizarra dessas, vai ser muito bem feito eu o cara vire suspeito. Afinal, quem cairia nesse álibi de ‘eu sou o único eu sabia que isso ia acontecer porque sou vidente’. Aham, tá, valeu, menino que só pode ficar invisível quando não tem ninguém olhando. 




MENTIRA: Marido de Maju envolvido na Operação Lava Jato

Maju e o marido! Racismo contra a apresentadora seria apenas para desviar a atenção sobre a Operação Lava jato! Será verdade? (foto: Reprodução/Facebook)
Maju e seu marido, Agostinho Moura.
Maju sobressaiu lindamente como garota do tempo do JN. Ou seja, uma pessoa negra ganhou status instantâneo de celebridade na internet, deu o que falar, críticas positivas, carisma e... RACISMO. Pois é, aquilo que muitas pessoas tratam como fadas, achando que só existe pra quem acreditar, se manifestou direta e abertamente no Facebook do jornal contra a jornalista em questão. É só notar como o ódio e desocupação das pessoas não precisa de critérios, só ofenderam a moça em sua etnia. Ninguém conseguiu, nem mentindo, falar de seu talento, carisma e desenvoltura. VICTORY!

Mas o que eu vou falar aqui é sobre um desdobramento dessa maldade que estão fazendo com Maju - e por tabela, com todos os negros que não aceitam esse lugar de subserviência e invisibilidade social que eles tanto se acostumaram a acreditar desde a escravidão. Agora, inventaram que o marido de Maju estaria envolvido com a investigação federal conhecida com Operação Lava Jato. Bem, vou te contar o que houve e o que REALMENTE é. Fique por aí.

Bem, o que houve foi uma mentira oportunista e o que é, é uma mentira oportunista suja. Veja bem, segundo o boato, a ideia da mentira foi unir o racismo sofrido por Maju a uma suposta tentativa de usar isso para abafar o fato de que seu marido estaria sob investigação, por trabalhar numa das empresas sob suspeita. Sim, amigos, no mundo encantado de quem inventou essa besteira, a Globo, que não tem nem 10% de seu efetivo negro em frente às câmeras (e não se acha racista nem assim) estaria usando o racismo para criar uma campanha de apoio à moça e desviar atenções do marido dela. Tá, o canal não perde a oportunidade de ligar até Darth Vader à tal investigação pra dizer que é culpa do PT... Vou te explicar o que acontece.

A operação Acrônimo investiga a empresa Peppr Interativa, é uma empresa de marketing digital de Brasília, responsável pela campanha da presidenta Dilma Roussef em 2010. Já a empresa Pepper Comunicação Integrada é uma empresa de marketing digital, situada em São Paulo, que representa empresas como Tim e Santander, mas nenhum cliente governamental. Maju saiu em defesa do marido:

maju_twitter

O site e-farsas publicou uma mensagem dando conta de onde saiu um absurdo desses. De um grupo chamado Warning, desses que adora criar essas mentiras paranoicas só pelo prazer de ver até onde chegam sua babaquice. E infelizmente, chega longe, porque a internet dá um alcance enorme e muita gente não se preocupa em se informar, apenas quer ser o primeiro a contar a novidade bombástica de forma irresponsável.

maju_grupo

Veja quem se alimenta disso e tire suas próprias conclusões quanto a intenções de criação dessas mentiras...
Reprodução/Twitter
Felipe Moura é colunista da Veja. Não se surpreenda.

Monica Iozzi e o preconceito musical


Ontem, 7 de julho de 2015, Cazuza completou 25 anos de falecido. Para lembrar o fato - durante o morto-vivo Vídeo Show - a apresentadora e atriz Monica Iozzi resolveu se expressar:


"Quem não conhece o Cazuza, o pessoal mais novinho, vai lá ouvir Cazuza, gente. Vamos deixar um pouquinho o sertanejo universitário de lado, vamos ouvir um pouquinho mais de Cazuza para a gente ter um mundo melhor".

Aí, Fernanda Lima - a que não tem culpa por ser branquinha - ainda botou uma pilha dizendo que Mônica iria "apanhar na rua", devido à provocação, ao que acrescentou Iozzi:

"Eu gosto de sertanejo, mas não pode ser só isso. Vamos parar de ouvir um pouco de funk, vamos parar de ouvir um pouco de sertanejo. Vamos ouvir Cazuza, vamos ouvir Legião Urbana, vamos ouvir Ellis Regina". E explicou 

Daí, veio a cantora Mônica Guedes e retrucou assim:

Minha filha curto rock anos 80, aliás, iniciei minha carreira no rock! Curto algumas músicas do Cazuza, do Legião, mas tenho orgulho de hoje ser bem sucedida cantando música sertaneja.
Seus heróis morreram de overdose há milhões de anos atrás. Os meus (sertanejos) morreram na estrada trabalhando.
Não me venha falar de 'bons exemplos', pois ninguém é santo. Desculpa escrachar, mas detesto preconceito musical. Oh mania de criticar o gosto dos outros. Cada um ouve o que quiser!
Ridícula".

Mônica Guedes
O que eu acho?

Tô com Mônica e não abro. Er... digo, a Guedes, não a Iozzi. A questão aqui é pura e simplesmente preconceito. Tipo, que coincidência maravilhosa que justamente o que gosta é o que salva o mundo. Mas se você não gosta, então isso é um lixo e as pessoas todas estão erradas ao discordarem de ti? Olha, não é por nada, mas vai ficar difícil criticar alguma torcida organizada ou segmento religioso com essa demonstração de 'o meu é o certo'. Feião isso. O nome disso é etnocentrismo, pelo menos uma forma adaptada dele. É a mania de achar que o que você aprendeu como certo é o certo pro universo (acredite, Jah não se importa) e o resto é resto.

Vamos analisar as palavras de La Iozzi: Ela começa falando pro pessoal mais novinho procurar conhecer Cazuza. Bem, o pessoal mais novinho tem youtube, então não é uma mina de ouro escondida esse gosto musical supremo que ela defende. Vê quem quer. E temos um filme de uns 10 anos onde o poeta é retratado como o poeta espontâneo e carismático que foi, mas também um ser humano como outro qualquer, além de impulsivo rebelde "sem causa" às custas do dinheiro parental até estourar como ídolo da juventude, curtir uns anos de reconhecimento e morrer de AIDS (sério, muita gente que eu conheço resume assim). Mas deixar de lado seu gosto musical? Já parou pra pensar que muita gente que já era adulta nos anos '80 (ao contr´rio de nós, Iozzi) NÃO idolatram a superestimada geração Rock Ploc sei lá? Veja quantos mantiveram o pique quando saíram da mídia.

Depois que Fernanda Hilbert (rá!) provoca, ela explica que é só pra deixar o sertanejo e o funk de lado, pra se ter um mundo melhor, ouvindo Legião, Elis e o já citado Agenor. Se uma coisa anula a outra, ferrou pra mim, porque já defendi o funk como linguagem popular e mantenho 'sambista' no meu avatar aqui do blog. Ela é bem intencionada ao dar suas dicas superiores a quem não sabe de nada ou não tanto quanto ela de música. Parece Rachel fascistinha quando criticou uma tese de doutorado sobre Valesca Popozuda, ou pelo menos tendo a cantora como fio condutor do tema.

Usar música pra se sentir superior e querer um mundo só com isso dominando... Ditadura de música agora? Ah, vá, né... E não satisfeita, como sempre depois de alguma besteira falada, a pessoa tem que se explicar pra remendar a situação. Srta Iozzi disse assim, em seu Twitter: "Amo música caipira, sertaneja de raíz. Amo! Não gosto é do sertanejo unversitário. Sei lá... Só pra deixar claro. ".

Típico 'não sou preconceituosa, até tenho amigos...'. Primeiro, já deveria ser consenso que sertanejo universitário nada tem a ver com sertanejo 'raiz', assim como Zezé di Camargo já não tinha muito a ver com a sua raiz há mais de 20 anos. O que acontece realmente de prejudicial no mundo não é ouvir um gênero musical comercial e superficial, o que prejudica mesmo é essa mania de algumas pessoas se sentirem melhores e as mais espertas do recinto sendo 'do contra'. Sertanejo universitário tá na moda, então surgem os fãs e os odiadores. Pra quê odiadores? Não te obrigam a ouvir nem frequentar. Quantas coisas já ouvimos e que nossos pais achavam lixo e nem nós mesmos ouvimos depois? E eu queria ter certeza de que essa preocupação com o gosto dos outros é legítima, mas nunca se citam outros gêneros que não o da moda. Queria ver sugerir que os mais novinhos ouvissem  Vivaldi, Paulo Flores, Ademir Lemos, Helena Michaelsen e tantos outros pra ter uma noção mais ampla de mundo e música diversificada. Só de sacanagem, citei diferentes representantes de músicas que não estão na mídia e que duvido que La Iozzi tenha procurado pra dar exemplo de que também diversifica para coisas que não conhece e que são boas.

 Ah, e o Bátema tem um recado pra esses prodígios da cultura superior do mundo perfeito dos últimos dias:



Tomou?


Tomou.

Agora vou ouvir Cazuza:


Vamos pedir piedade

Pareidolia: Você vê desenhos em nuvens?


Pareidolia é um fenômeno ligado às percepções de imagens e sons. É o que faz com que vejamos desenhos onde não há ou ouçamos palavras e frases onde não tem. Isso acontece devido aos padrões criados de modo a se tornarem o mundo natural para determinada pessoa, grupo, etc. Por exemplo, duvido que uma pessoa que passou a vida apenas em contato com músicas folclóricas na Irlanda vá “ver” o rosto de Raul Seixas num desenho psicotécnico, sacou? Depende do referencial que a gente tem, cria ou recebe como influência. O cérebro passa a buscar identificação para poder reconhecer. 

É aí que vemos figuras em nuvens, ladrilhos, manchas, rabiscos, óleo derramado, farelo espalhado, etc. Repare como o processo é simples, se aprendemos que um rosto é feito - via de regra - por dois olhos, nariz e boca, por exemplo, onde houver essa disposição, vamos entender como um rosto. E é assim também que “percebemos” letras em discos rodados ao contrário, frases em português, no nosso caso no Brasil, em músicas de outros idiomas e por aí vai. Vamos a alguns exemplos? Vamos. Já aviso logo, caso você não tenha percebido dessa forma, você vai ser influenciadx e pode acabar enxergando isso nas próximas vezes.

Visuais (repare como nosso cérebro sempre busca associar às imagens ao que já nos foi apresentado como normal):

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Auditivos (esses aqui são deboches e eu evitei discos ao contrário pra quem tem medo - haha):





quinta-feira, 2 de julho de 2015

Aquaman lidera pesquisas maliciosas na internet em 2015 (CUMA?!)



Pois é, minha gente, além de ser alvo de piadinhas quanto algumas de suas habilidades (tipo, falar com peixes), Arthur Cury Jr., vulgo Bob Esponja Aquaman, acaba por se tornar um herói tóxico. E não tóxico do tipo, ganhou novos poderes com risco de poluir os oceanos. Falo tóxico do tipo que pode te levar a infectar seu instrumento (UIA!) de acesso à internet (PC, tablet e afins).

É que saiu uma pesquisa que a McAfee faz anualmente sobre os super-heróis mais usados por pessoas de índole duvidosa a direcionar internautas a conteúdos perigosos ao computador. Resumidamente, os personagens que as buscas mais levam a sites com vírus, trojans e essas coisas. Pesquisaram os termos de busca mais utilizados no Google, Bing e Yahoo e chegaram à conclusão da lista abaixo:

MTS_Infographic_2015_FINAL

Olha, eu posso entender alguns desses aí, tipo Iron Fist/Punho de Ferro, por motivos meio pornograficamente óbvios, pode gerar uma busca insinuante, assim como Catwoman/Mulher-Gato, que pode ser um fetiche e tanto, naquele couro todo e tals... Até o Bátema, eu poderia entender, assim como a Wonder Woman/Mulher Maravilha, pode rolar uns cosplays bem safadinhos... mas Aquaman? AQUAMAN?! E nem foi a primeira vez, hein, ano retrasado ele ganhou também.

Pô, o personagem, apesar de ter sua própria legião de fãs (vou virar fã mesmo só quando derem um título a la mitologia pra ele, pois super-herói é um desperdício) nem é dos mais, digamos, provocantes da cultura pop. Mas, tem maluco pra tudo e sempre é legal pro moleque tarado dizer, depois que for pego com vírus de pornografia no pc: Mas eu só tava buscando pelo Aquaman. Pô, mã e pai, nessa o moleque sai de boas e vocês achando que foi aquele pagamento online. Rááá!

Por falar em Aquaman, lembra que eu falei que ele falava que o Quico disse, que a mãe dele disse, que dissesse pro senhor... com peixes? Pois ele tem um recado pra gente:

"Eu não falo com peixes". Recado dado, ele só os controla mentalmente, né?

No geral, fique com uma visão 'aquaman' que vale a pena:




Fonte: McAfee

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Super Mario toma chá de cogumelo



O mundo da ficção, do entretenimento e cultura pop em geral tem muita graça pr um nerd velhacão feito eu. E por quê? Porque nos traz referências e estimula a mente de uma forma quase infantil, no sentido de tornar o raciocínio uma atividade prazerosa e não o 'oh, droga, tenho que ficar pensando nisso'. Pois bem, ao longo do tempo, teorias vão surgindo a partir de características gerais ou específicas de filmes, games, músicas, etc. Quem nunca ouviu o papo de que Salsicha curtia uma erva, por ele andar falando com cachorro e com fome o tempo todo? Aliás, piada já feita até nos desenhos animados mesmo. Então, disso que eu tô falando.



Andei lendo que o cogumelo vermelho e branco que Super Mario come pra crescer existe. Chama-se Amanita Muscaria, um alucinógeno que causa a impressão de que as coisas em volta de seu usuário estão diminuindo.



Tirem suas próprias conclusões.


terça-feira, 30 de junho de 2015

The Running Man (O Sobrevivente) - 1987



The Running Man (O Sobrevivente), com Arnold Schwarzenegger, é um clássico do cinema de ação oitentista (1987). Ali, o filme retrata que no futuro (o já não tão distante ano de 2017) governo e mídia são a mesma coisa e ao mesmo tempo que toda forma de arte e livre expressão foram banidas, o único programa é um reality com o mesmo nome do filme, onde condenados pela justiça se tornam alvos de uma caçada humana acompanhada pela audiência.

O interessante é ver que os condenados são inimigos do governo, mas não da população, por exemplo. O próprio Scharzzas, é Ben Richards, um policial que se recusa a abrir fogo contra manifestantes desarmados. O governo terminou a ação e prendeu Ben como traidor, manipulando informações para que ele parecesse o verdadeiro algoz da população, o que atrairia a comoção popular para assistir ao programa e torcer para os contratados da casa.



Óbvio, que tudo é acertado no final e o programa do governo desmascarado, mas o interessante é ver como não estamos tão distantes assim do famigerado ano de 2017 e o que acontece é bem isso. Quanta notícia aí não aponta mentiras descaradas baseadas em informações pela metade e associações aleatórias, não é mesmo?

Veja a grande mídia do momento que tenta associar até administrações municipais ao governo federal, incitam ódio contra a religião islâmica, uma irracional mobilização por redução de maioridade penal e até impeachment de presidente da república sem qualquer motivo real. Imagina esse povo conseguindo retomar o governo federal com seus privilégios de antes? Sim, The Running Man acontece, só que não veremos tudo filmado e registrado, já que os bastidores são só pra quem tá lá.

No mais, o filme é um clássico de ação futurista distópica, onde o alvo da mídia ganha o público no carisma e se torna seu herói. Tem Titio Scharzzas falando, mais uma vez 'i'll be back', tem Maria Conchita Alonso (aquela teteia) e tem frases de efeito. Viva a geração '80 de filmes brucutus!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

BOATO: Congresso aprova projeto de lei que acaba com 30 dias de férias dos trabalhadores



Gente, mais uma vez, o pessoal dos boatos ataca. Vamos ter atenção pra não sair repassando mentiras, pois a coisa não tá fácil. Já inventaram fim de décimo terceiro, bolsa prostituição, busto pra condenados à morte e a lista só cresce. Bem, a da vez é o fim de 30 dias de férias para trabalhadores.

Segundo o boato, o Congresso teria aprovado um projeto de lei 12 mil não sei das quantas que acabava com os 30 dias de férias, reduzindo para 14, e ainda o fim do adicional de 1/3. Esse alerta teria sido feito pelo Deputado Federal José Bonifácio, dando conta de que tudo ocorreu em segredo para que a população não pudesse se manifestar.

Vamos esmiuçar a balela. Teriam sido aprovados no Congresso apenas 14 dias de férias e o fim do adicional de 1/3. A mentira morre logo que você acessa o site da Câmara dos deputados e descobre que não há deputado José Bonifácio. Aliás, esse é um mecanismo muito comum dos boatos, se garantir numa prévia impressão generalizada sobre algo e ganhar adesão nos compartilhamentos sem que seja contestado. Se fosse pra contestar, veríamos que a notícia "embasada" não diz de que partido ou mesmo estado o tal deputado é. Não diz. Já se garante na prévia impressão de que o que vem do Congresso só pode ser corrupção e ataque aos direitos da classe trabalhadora. E uma pergunta pessoal ao deputado fantasma: Você tava lá dentro e só depois de "aprovado" que vem avisar ao povo? Pô, "Bonifácio", que trollada!!

Ainda no site da Câmara, não há projeto de lei com esse número na casa dos doze mil. Na verdade, não houve nem tempo de ser criado um número tão avançado, conforme o tal deputado inexistente tenta alertar. Aliás (de novo) outro singelo mecanismo dos boatos é criar o clima de alarmismo e conspiração. Clima esse que desaba assim que você procura rapidamente na internet. Eu, por exemplo, diante desse tipo de notícia absurda, dou logo um google e a fonte pra desmascarar esse boato, eu achei na primeira página sem muito esforço. Só jogando o título. Voltando ao clima de alarmismo, veja que a data da mentira sempre é atualizada, neste caso, seria de 5 de junho (o que já GRITA que é mentira, pois se as leis são enumeradas de aconrdo com a ordem e o ano, logo, ainda estamos em junho e já contam mais de 12 mil projetos pra 2015? Impossível um bocado, né?) e já mandam logo um papo furado de que foi tudo votado em segredo sem chances de manifestação.

Novamente eu falo, como eles já sabem que certos assuntos são senso comum e nunca contestados pela maioria, essas lorotas ganham facebooks, sites e blogs revolTODDY online e Whatsapp com velocidade e certa facilidae. Quem resiste ao impulso de repassar uma notícia bombástica e ser o primeiro a contar a novidade, não é mesmo? É, mas é preciso refrear esse impulso, porque esses textos não se criam no ar, alguém cria com alguma intenção, nem que seja a simples intenção babaca de ver até onde faz os outros de bobo. NÃO CAIAM! Sempre tem as mesmas características:

1) Clima de conspiração: Foi votado em segredo, sem possibilidade de manifestação (ma, oras, bátema, se foi votado, deveria aparecer no site, né? portal oficial? alô?).

2) Assunto de interesse geral: A maioria da população é trabalhadora, então, levantar a mínima possibilidade de que algum direito da CLT vai ser afetado, logo causa comichão no pobre.

3) Falta de detalhes/Detalhes aleatórios: Nem o nome do deputado que "escreveu" o texto, nem o número da lei "aprovada" existem no portal oficial, o que já deslegitima a "notícia".

4) Carona no senso comum: O senso comum é a pessoa nem precisar olhar ou ouvir algo pra já ter certeza de que sua opinião sobre aquilo estará certa e um dos maiores expoentes disso é aquela velha impressão "apolítica/apartidária" de "todo político é corrupto", logo, pra tirar direitos do trabalhador e aumentar suas próprias regalias, pra galera do senso comum, é certo 100% do tempo. Verdade absoluta como o Sol.

Fica a dica, pra acabar com direitos como dispositivos da Constituição e da CLT é preciso muito mais do que uma suposta reunião secreta sem nota em site oficial do governo. Isso parece mais aquelas matérias sensacionalistas da Veja ou do JN, que começam criticando um carro estacionado e logo liga ao governo do PT, num obvio desespero de ver que pode sim um governo federal dar menos atenção aos ricos pra equilibrar minimamente a balança pros pobres. Tem dó, internet é como uma granada, se você não sabe manusear, vai causar estragos pra todo mundo ao redor.

Fonte: BOATOS.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Megaman e os jogos desafiadores que não se fazem mais



Eu, que sou nerd velhacão, até gostava de um cheat code nos games 'dazantiga', mas a graça era a conquista, era dar aquela superada no jogo e nos coleguinhas. A geração de hoje tem jogos muito mais longos, mas também muitas regalias, tipo, vidas infinitas, save points a toda hora, claro, é preciso, já que jogos são feitos pra você levar uma semana desperdiçando investindo esforço dignidade, virgindade e vida social pra zerar, sem contar com os extras pra liberar uma nova fase, um novo nível de dificuldade ou algum troféu pra se gabar na rede... ma pera lá, cadê o desafio de 'se der bobeira, começa tudo de novo'? Isso que era legal e acirrava as disputas entre a galera. Vou citar dois momentos que exemplificam como os games melhoraram 1000% em visual, acessórios e jogabilidade, mas perderam sua essência aventuresca pra dar lugar a uma segurança 'ovocomperaeovomaltinorizada' na garotada. Vamos falar, primeiro, de Megaman. O jogo do robozinho azul da Capcon foi um marco e foi muito a cara da Nintendo junto com aquele simpático bombeiro hidráulico ítalo-estadunidense. Assim como a maioria, se não todos, era uma série que você passava de fase meio que na porrada ou com alguém que apanhou antes de você pra ir dando dicas. Daí, vamos ver como adolescentes de hoje se portam diante de um joguinho - a princípio - bem simples e direto de plataforma? Confira:



Diante da reação dos adolescentes diante do jogo, podemos concluir alguns fatores bem básicos que, pra gente, são normais, mas que pra eles seria como se nós, velhões, nos deparássemos com uma justa medieval, sei lá, algo bem estranho para nossa realidade e que não faz parte de nossas lembranças. Fiz uma pequena resenha e elenquei algumas passagens do vídeo e vou comparar com um clássico aventuresco dos tempos de hoje: Kratos/God of War. Só pra dar uma noção de 'antes-e-depois', ou melhor, como eles esperavam e como era. Vamos lá: Enquanto no jogão do espartano você tem save points infinitos ao longo de vários cenários, barras de energia e magia que vão sendo incrementadas, armas variadas de alcances impossíveis, acessórios e quase imortalidade (basicamente, onde não for abismo, você pode cair até do Kilimanjaro em Madureira que não perde um milímetro da barra de energia, e ela ainda vai regenerando sozinha a cada continue/save point usado).



Também há um problemão pra nova geração (rima involuntária), que é o cenário e a disposição dos inimigos. Mais de um adolescente falaram coisas como 'caraca, tudo aqui me ataca por todos os lados'. Achei uma gracinha quando uma menina falou 'oh, Megaman, legal, eu costumava assistir ao programa' (lembra do desenho dos anos '90? Então...). Daí, veio a tela pra escolher o cenário (pra quem não lembra, isso definia o inimigo/chefão ao final da fase, cada um diferente do outro). A moça logo se decepciona - nunca perde a graça essa reação pra mim - e fala algo como 'nhé, não parece muito com o Megaman', o que me faz lembrar que grande parte da magia dos games e animações antigas era o potencial imaginativo, usávamos nossa imaginação pra enxergar seres mitológicos e heróicos onde eram dois ou três pontinhos coloridos (mamãe sagatiba não sabe até hoje pra que lado o esquimó do Atari está virado. Rá!).



Comandos limitados, além dos já citados ataques de tudo que se move na tela (e também do que não se move, assista) e uma característica muito comum que nos acostumamos, que era não voltar para a esquerda da tela, pois, ao avançar de novo, nos depararíamos com os inimigos todos de novo, mesmo que os tenhamos destruído na primeira passagem, coisa que não tem hoje, quando os inimigos acabam e você pode percorrer cenários livres até achar que precisa estar com seres humanos de novo na vida real. Falando em voltar, os garotos ficavam chocados com as fases repletas de perigos e que não lhes dão chefões logo de cara, fazendo você suar muito pra passar. E se perder, volta tudo, TUDO, mesmo com continues disponíveis (geralmente, no máximo 5). Não tem recarga de energia o tempo todo. Ao final - quando somente um UM deles consegue chegar ao primeiro chefão (e morre em menos de 15 segundos), uma das adolescentes chega a dizer 'esse jogo é muito desafiador', o que chegou ao chefe diz 'nem os jogos que eu conheço no nível difícil são tão difíceis quanto este' e outro deles termina dizendo 'nunca mais vou jogar Megaman de novo, desisto'. huaehuaehuaehua.

Acho que eles esperavam que os jogos antigos fossem masi fáceis, já que era uma época em que a 'mídia' era voltada mais para crianças (crianças de aço, como comprovamos por estas provas, rá!). Então, talvez eles quisessem isso aqui:


Caras, essa do Space Invaders 'viemos em paz' foi a melhor, mas confesso que desejei por um segundo que a impossível fase da moto do Battletoads fosse assim como no vídeo de comédia. (chorei feito um ninja silencioso no canto escuro do teto do meu quarto agora).

E pela reação, os garotos pareciam estar diante de um outro vídeo da mesma galera do anterior, só que em vez de modo super fácil, eles se sentiram no modo super impossível. hahaha.


O Zelda foi engraçado com o velhinho 'argh, um intruso, vou matar', mas o que me doeu mesmo foi o das Tartarugas Ninja, pois foi exatamente o que aconteceu recentemente no cinema. O diretor Michael Bay (dos rasos roteiros entrecortados de cenas de explosão e correria de Transformers) apareceu e transformou tartarugas mutantes ninjas adolescentes em brucutus bombados que nem eles mesmos parecem ter entendido, mas enfim... Vale a piada e a clássica frase de Xavier pra Magneto nos primeiros filmes dos X-Men: "Estamos ficando velhos, Eric".

E outra, sim, sou velho resmungão do tipo 'no meu tempo era melhor' de vez em quando, ok? Dê-me essa liberdade. Rá! Inté a próxima com alguma velharia da cultura pop, contestação social ou sei lá mais o quê, depende do meu humor e do que eu estiver lendo no dia. Rááá!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Meia dúzia de erros de Homem-Aranha no cinema





Olha, não estou criticando o filme em si, foi muito bem feito, pro ano que veio, a tecnologia e o momento cinematográfico, tudo isso explica e justifica os acertos e erros do filme enquanto filme de super herói, mas enquanto uma adaptação especificamente do Homem-Aranha (meu primeiro herói favorito), achei que alguns pontos bem pontuais (hein?!) deixaram a deseja já naquela época (nem vou discutir a tecnologia, CG e efeitos especiais em geral).

Pra você ver que sou legal, vou passar por cima de decisões rasas da produção, como explorar pouco a relação paternal de Peter e Norman Osborn, a briguinha ‘você não é meu pai’ com Tio Bem pra apelar pro remorsos ainda maior do – então futuro – herói e outras coisas que eu vou esbarrar daqui a pouco na listinha que preparei pra tiS (sim, ti no plural. Rá!).

Então, é isso aí, valeu, gente, até a próxima e... ah, não, esqueci que tem que falar da lista no texto que tem justamente esse propósito (Rá!²). Vamos aos pontos em que Homem-Aranha (principalmente o primeiro de 2002) poderia ter dado um caminho diferente ao herói nas telonas (e PCs via torrent que eu sei, hein, seu pirata!).

11)      Mary Jane amor de infância de Peter e com personalidade de Gwen Stacy

Mary Jane fala gracinha e ouve de Gwen:
Quando isso, querida, antes ou depois de
eu arrancar seus cabelos?
Uma coisa interessante que rolava antes e aconteceu com mais freqüência depois dessa nova franquia “Homem-Aranha/skatista/Coldplay”. Falo da frase ‘ah, Mary Jane não foi a primeira namorada dele?’. Isso, gafas, (gafanhoto pros íntimos), Peter, pra um nerd tímido, já deu uns lances com Felícia Hardy (a Gata Negra) e Betty Brant (secretária de J.J. Jameson), mas seu verdadeiro amor foi Gwen Stacy. Ela era a jovem meiga por quem Parker se apaixonou até ser morta pelo Duende (Norman) num dos episódios mais emblemáticos da história do aracnídeo da Marvel, e até das HQs em geral. Aliás, esse tal episódio teve referência na cena em que Peter precisa decidir entre Mary Jane e um bondinho lotado de pessoas. Foi lá na ponte que ocorreu tudo. Mary Jane, viria depois, uma garota popular modelo, gostosa, legal e só. A relação deles só brotou quando Gwen já era um passado sofrido da galera. Aí, no filme, juntaram a personalidade de Gwen num background ‘lar destruído’ e ZAZ! Mary Jane no cinema. E primeiro amor de infância de Peter ainda, ou seja, a Gwen que aparece em Homem-Aranha 3 não tem nada a ver com eles, Harry, Flash Thompson e a tchurminha do barulho aprontando altas confusões.


22)      Peter meio nerd, mas Homem-Aranha não piadista


Essa, eu acho que influenciou diretamente na história do filme, ou a direção influenciou nesse fato, sei lá o que veio primeiro. Bem, o Peter é nerd gênio, gente boa e auto-contido, mas o Homem-Aranha é um piadista de primeira, que usa esse artifício pra irritar os inimigos e levar vantagem com a falta de concentração dele... além de ser um sacana nato mesmo. Mas no filme, ele faz uma piada no início, quando ainda está lutando por dinheiro e depois, quando se depara com o Duende no Clarim Diário, quando cala a boca de J.J Jameson com uma teia. Muito pouco pra um filme inteiro. Como eu falo, modificou uma característica básica do personagem. O filme focou tanto em romancezinho água-com-açúcar que só mostrou o teioso herói de emergência, sério compenetrado, meio que Superman e nem o gênio que bolava umas tralhas de improviso pra se virar ele se mostrou.

Diante de comparações entre Viúva Negra e a descrição clássica do Superman, ele protesta: Ei, dá pra manter as referências
sobre os poderes de aranha? (Sempre tem tempo pra uma tiradinha sacana).
33)      Harry e Norman sem o cabelinho crespo legal

Essa foi uma das primeiras que me incomodara, mais até do que a aranha radiativa substituída por ‘geneticamente modificada’ ou a teia orgânica, abolindo os fantásticos lançadores de teia. Mas isso tudo eu entendi, mas apesar de fisicamente bem parecidos no filme (Willem DeFoe e James Franco), achei que os cabelos ‘de ondinhas’ eram uma marca dos personagens, não necessariamente canônicos, mas senti um estranhamento bem no fundo do meu ser (UIA!). Saca, como se Christopher Reeves/Superman aparecesse de mullets? Então, mudança inútil, então, desnecessária.


44)      Duende Verde Power Rangers

Essa sim, uma que me fez lembrar do primeiro X-Men do cinema (2000). Essas adaptações de roupas são uma questão polêmica pra mim, no melhor sentido da palavra. Realmente é algo que me divide opiniões e não há uma resposta exata que não deixe brecha pra contra-argumentações. Mas, lá vai meu ponto de vista. Achei feião esse Duende de armadura. Pra um cara louco que voa por aí num planador a jato rindo feito Coringa e atirando bombas em formato de abóboras, acho que a velha máscara de borracha faria muito mais sucesso. Imagina, ver um cara de carne e osso com uma máscara de borracha fazendo essas atrocidades. Caras, me assustaria muito mais que um Power ranger daqueles. Vai fazer o quê depois, ficar gigante e destruir a cidade? Afe...  E nem me venha falar que ficaria ridículo usar uma roupa colante e colorida, pois esse ranger robô mirim não ganha em nadado traje original. Até porque, já viu esse povo de academia, como suas roupas são colantes e coloridas? Vida real, caras!


55)      O criminoso que matou tio bem ser cúmplice do Homem-Areia

Essas ligações de coincidências de roteiros me fazem um pouco furioso. Tipo o Coringa que matou os pais do Bátema no filme de Tim Burton (1989) ou o caráter messiânico de Jor-El ter pesquisado o universo pra saber que na Terra, seu filho seria um super herói pra salvar a humanidade (Superman-Homem de Aço – HQs, 1986). Aqui, além da MJ ser amor de infância, levamos três filmes pra descobrir que o bandido que matou tio Bem estava nessa com Flynt Marko, que entrou pro crime pra sustentar o tratamento da filha doente (como vimos em HA3). Caras, a própria história do personagem já traz essa ligação com o cara sendo o mesmo que Peter deixou fugir só pra se vingar do contratante da luta que deu volta nele com a grana do prêmio. Aí, ainda tinha que jogar um sujeito que nem aparece no filme? Sério, maneira no retcon porque é igual feijoada, vai ser melhor assim.


66)      Harry é só um mimado querendo aprovação paterna

Harry, no gibi, tem uma história e tanto. Ele perde a mãe no momento que esta dá-lhe à luz, é tratado pelo pai de forma fria e distante, alternando com momentos de violência doméstica, o que o leva a se drogar. Sua personalidade, que nunca foi lá essas coisas, se deteriora e ele desenvolve problemas que se tornam mortais quando ele assume o manto do Duende Verde, após a morte do pai. É isso. Ou deveria ser, né? Já que no filme, ele apenas é um mimado com pai distante buscando aprovação dele, culminando com a vergonha alheia de ele acabar de levar um fora do pai, na frente dos amigos, agredindo verbalmente MJ – até aquele momento, de namorico com ele – só se calando ao levar um fora de Tia May. Caras, na boa, faria muito mais sentido se ele tivesse esse passado de drogas, agressões e esquizofrenia. E não ia ser demais pro público, todo mundo entende rápido como essa combinação dá problema.



“Ain, Saga, que nerd chato que vê defeito em tudo. Aposto que é porque não gosta de adaptações”. Não, gafas, eu gosto de adaptações e muitas são necessárias tanto pra mudança de mídia (de quadrinho pra carne e osso muita coisa precisa mudar) quanto pra própria linguagem de cinema e público diferente. Só que, voltando de novo, uma mudança não pode afetar a construção do personagem. Não ligaria pro Peter japonês, mas ele teria que ser o nerd gente boa que vira um ágil herói piadista quando usando a máscara de aranha, saca? Esse (Tobey Maguire) ficou a cara do Peter nos quadrinhos, mas perdeu todo seu lado ‘engraçaralho’, igual o Bátema, que nunca tem seu lado detetive explorado, saca? Mas se te conforta, achei o Jameson perfeito. Fiquei até surpreso em saber que é careca, no melhor estilo ‘cara, como assim tu num é o Jameson de verdade?’. Haha, estou sendo engraçaralho. Viu, Sam Raimi, não é difícil fazer piadinhas sem graça pra irritar os outros. O cabeça de teia bem que poderia mais.
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