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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Top 10 – Equipes improváveis de animais aventureiros


Equipes de animais antropomórficos são legais, né? Desde Robin Wood, da Disney que fazia sentido animais lutarem contra o mal. Então, pensei naqueles animais que alimentaram o infanto nerd juvenil dentro de mim (UIA!) com aventuras aventurescas, frases de efeito e muita diversão na infância/adolescência. Antes, eu pensei em usar aqui Thundercats, mas não é o caso, pois são mais uma espécie de humanóides com traços de gatos do que animais que levantaram e andaram como a gente (sim, é preciso haver regras). Vamos lá? Vamos.


Street Sharks


Esse tá na lista porque eu lembro que existiu, mas não lembro de nada da série. Aliás, só lembro que a certa altura pintavam uns dinossauros e o desenho virava tipo um crossover, parceria, sei lá. Mas é anos ’90, são animais antropomórficos mutantes aventureiros, então, está aqui. E eu sei que muita abertura de desenho antigo salvava a primeira impressão da obra, mas esse pareceu ser legal. Vou conferir outra hora.



Ewoks – Caravana da Coragem


O último Star Wars saiu no cinema em 1983 e em 1984 George Lucas safadamente lançou Caravana da Coragem, pra pegar carona na febre Star Wars entre os pequenos, que gostavam das aventuras dos atrevidos ewoks (as versões pocket dos wookies, rá!). Foram dois filmes e um desenho animado de muito sucesso. Quando criança eu até gostava, mas não me convence mais esses bichos de pelúcia derrotando tropas do império na batalha de Endor. Sinto muito. Não. Rá!



Transformers: Beast Wars


Por incrível que pareça, essa foi a franquia Transformers que mais acompanhei. As convencionais, confesso que não assistia muito, apesar de ter tido um robô que virava caminhão maneiríssimo de metal e um carro esporte de plástico... Foi essa versão que mais assisti. Também, pudera, robês gigantes se porrando sem humanos pra servirem de donzelas em perigo. Deu uma treta lá que o líder dos Predacons (Deceppticons, nesse universo) Megatron voltou no tempo pra impedir os Maximals (autobots dessa série). Cabia a Optimus Primal (olha o trocadilho) liderar sua tchurma pra impedir. O mais legal é que os robôs porradeiros não viravam veículos, mas animais pré-históricos.



Gorgonóides


Tá, esses aqui são tipo animais do espaço. Gosto muito do filme Pequenos Guerreiros (1998) onde dois designers de brinquedos têm um embate ideológico, um quer criar bonecos militares sinistrões, o outro quer criar extra-terrestres pacíficos com o intuito educativo de ensinar às crianças sobre nosso planeta pela visão de quem também não o conhece ainda. Dá uma pendenga lá que a empresa fabrica os bonecos com chips avançadíssimos para armas militares e os brinquedos ganham vida. Só que os bonecos militares cismam que os Gorgonóides são o exército inimigo e a guerra vai afetar a vizinhança toda de forma séria.



Battletoads


Battletoads não seguiu o caminho mais comum, da mídia desenhada para os games e HQs, na verdade, foi um investimento declaradamente na intenção de pegar carona no sucesso das Tartarugas Ninja. Com o sucesso da franquia, criaram os sapos antropomórficos companheiros com missão de resgate de amigos e derrotar o mal. É tão sem vergonha a influência que usaram uma piada que já tiha rolado no primeiro desenho das comedoras de pizza. Uma vez, alguém chamou-os de anfíbios e eles corrigiam ‘somos répteis’. Pronto, agora tem réptil ninja e anfíbio guerreiro. E aquela maldita fase impossível das motocas voadoras dos sapos mutantes. Aff...



Super-Patos


Esse aqui é uma propaganda institucional do time de hóckei no gelo, Anaheim Might Ducks. Teve o filme com o Emílio Estevez (o irmão mais talentoso e veterano, porém menos famoso de Charlie Sheen) como técnico de uma divisão infanto-juvenil do time de hóckey e se chamou ‘D2: The Might Ducks’. Então, veioo desenho e chegou a ser atração no Disney World. Ouvi em algum lugar que tinha sido mesmo uma negociação entre o time e a Disney pra popularizar seu mascote (aquela cara de pato com máscara de hóckei). Fizeram muito bem e ainda ligaram todo o universo de patos da Disney. É só ver que o Darkwing Duck vivia na cidade de St. Canard, nome do herói de seu planeta gelado povoado por patos humanóides, que se sacrificou para que sua equipe, os Super Patos, sobrevivesse chegando à Terra. Legal, né?  



Ratos Motoqueiros de Marte


Na correria de exageros temáticos que foi a década de 1990 no quesito ‘poluição visual’ e distorção de conceitos, temos os ratos do Esquadrão Marte, ou Camundongos Motoqueiros de Marte em tradução mais literal do nome original. Vários são os elementos que podem tornar esse desenho (e o joguinho de corrida para SNES) um clássico Cult: Os vícios anos ’90 estão ali na forma de “resolver” os ferimentos dos ratos ao sobreviverem ao massacre de Marte (braços biônicos e tapa-olhos), paródias a Elvis Presley, Exterminador do Futuro (pensando bem, cada um tem um traço do T-800, os óculos escuros, o olho vermelho biônico e o braço metálico), e a referência à marca Harley-Davidson no nome da personagem Charlene Charley Davidson.



Cow-Boys de Moo Mesa


Bois andando a cavalo (tipo Pato Donald comendo peru de ação de graças)... Era um western propriamente dito, só que com elementos de ficção científica – as mutações, tão populares até os anos de 1990 – e alguma coisa steampunk. Western porque se passa literalmente no velho oeste estadunidense, ficção científica porque envolve mutações por meio de um meteoro e steampunk porque tinham aquelas armas de tiros tecnológicos e tals. Com nomes-trocadilhos tipo ‘Cow-Lorado Kid’ e ‘Buffalo Bull’ e aventuras do tipo clássico, manter a lei e a justiça contra o crime, o desenho teve duas temporadas, que viriam a ser reprisadas em menos de 10 anos após seu cancelamento, afora outras mídias.



Tartarugas Ninja Mutantes Adolescentes


Serviram de inspiração para Ryan Brown – que trabalhou na HQ – criar os já citados Cow-Boys. Numa noite de bebedeira, Kevin Eastman e Peter Laird conceberam conceitos de coisas que eles gostavam nos quadrinhos e, inspirados no Demolidor e Novos Mutantes (futura X-Force, equipe caçula dos X-Men), criaram a história de que (subliminarmente) o material radiativo que afetou Matt Murdock, escorreu pelo ralo e atingiu também quatro filhoes de tartaruga e um rato. O resto é história, né? Acho que só faltou serem de outro planeta pra completar os clichês escalafobéticos de todo nerd. Rá! (que Michael Bay não me ouça pra não ter idéias absurdas). Em mais de 30 anos as Tartarugas são um sucesso, já tiveram várias versões e até uma quinta tartaruga fêmea com seios no casco – da época que trombaram com os Power Rangers, mas tudo isso por causa da animação (e game) dos anos de 1980.



Dinosaucers


Esse aqui sim, foi com esse que começou minha pessoal dinomania. Caras, eu adorava esse desenho, os Dinosaucers se transformando em suas formas primitivas, os Tyranos transformando os outros em fóssil... Eu tive um boneco do Bronto Thunder e adorava... na verdade foi esse desenho que me fez amar – até hoje – Jurassik Park (e também me decepcionar com o fato de que não existiu realmente um dinossauro chamado brontossauro, mas Apatossauro). Mas enfim, a história é tipo Transformers, mas com dinossauros. Vieram do planeta Reptilon e estão lutando entre si aqui, o clássico maniqueísmo ‘bem X mal’. Mas são dinossauros com naves que remetem a suas próprias aparências (como tudo nos anos de 1980) e eu achava maior diversão ficar aprendendo qual dinossaucer era tal dinossauro pelos nomes e aparências.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Estojo automático '80


Se você era um nerd babaquinha na virada dos anos ‘80 pra ’90, você provavelmente sabe do que eu to falando. Sabe quando você vê seus coleguinhas se destacarem por serem despojados e engraçados, esportistas ou apenas queridinhos das professoras, sem motivo – tá, não sem motivo, é que eles era mais cuti-cuti que você – saca? Aí, você acaba não vendo muita saída, senão tentar vencer a timidez e completa insignificância com algo que seja notado na sua frente.

E eis que vos introduzo-lhos (UIA!) o estojo automático do Paraguai, não da China, não de Taiwan! Ele tina botões para disparar compartimentos de borracha, apontador, lupa, régua (manual), clipes, joelheira da Márcia Fu e figurinhas do álbum da Copa de ’90. Há quem diga que lançava lasers e ainda fazia um bom café. Humpf, se fosse um Neston, eu até que provaria, mas... Enfim, aquela trozobinha, dizem, até tinha espaço pra lápis e canetas, mas a graça mesmo era pagar de garoto do futuro perante os coleguinhas.

Isso até eles tentarem quebrar fingindo que iam pedir emprestado só pra ver na mão. Eu tive (infelizmente não achei fotos do modelo que eu tinha, mas achei um transformer, que é mais legal que eu ainda hoje) e só me fez acabar com mais essa memória afetiva da infância. Tanto botão, que, na verdade, funcionava na base do arame, não na base do cambalacho, como diz a gíria, mas arame literalmente falando. O botãozinho liberava uma espécie de alavanca, quase como a trava de uma janela de alumínio, ou janela de van (pra você ver que tecnologia apurada).


 A onda passou, outras ondas vieram, mas a lembrança ficou pra eu fazer piada mais de 20 anos depois. Depois a gente tem mania de dizer “bom era no meu tempo!”. Que nada, eu trocaria o estojinho por um I-phone tranqüilo. Rá! Mentira, eu gostava dos meus tempos vintage retro. 


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