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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Os Flintstones vivendo no futuro e... Cadillac & Dinosaurs?!



Aqui neste blog, eu já falei da teoria de que Caverna do Dragão e Lost poderiam ser purgatórios de mortos que não se viam assim e que Smurfs seriam uma alusão ao comunismo, vivendo em sociedade com um líder vermelho e cada um com uma função contra aquele que queria apenas lucrar em cima deles, transformando-os em ouro. Mas agora é oputra teoria conspiratória. Nem vou fazer parágrafo introdutório, já vou direto ao objetivo do material: Os Flintstones não vivem na Idade da Pedra, vivem no futuro. Um futuro pós-apocalíptico, diga-se. Essa teoria nem é nova, mas eu tinha que dar meu parecer (mesmo que ninguém tenha pedido), porque tenho muitos amigos que não são nerds como eu e merecem saber dessas conspirações. Parece bobeira, mas é muito legal levantar esse tipo de curiosidade e ver as pessoas embarcando na conversa. Nerd feliz, sou nessas horas. Rá!

Bem, é o seguinte, Os Flintstones vivem em Bedrock, aparentemente num período bem inicial da humanidade, mas não tão inicial por terem se adaptado a uma vida na sociedade. O american way of life, pros íntimos. Agora, vamos ver: Eles convivem espécies que nem são contemporâneas, como dinossauros e tigres dentes-de-sabre e eles próprios (essas três espécies não poderiam ter vivido no mesmo tempo). Eles também possuem várias referências da cultura dos nossos tempos, como esportes (boliche), capitalismo, carros, etc. Tudo isso seria um resquício dos tempos antigos pra eles, nossa atualidade.



Falando em carros, vamos imaginar que o petróleo já não se encontra em abundância por termos esgotado esse e outros recursos naturais. Os carros não são mais a gasolina, etanol ou diesel. Por algum motivo, nem GNV tem também. E outra, a forma das pessoas, sobretudo dos homens, remete a algum processo de adaptação ao longo das eras, tipo, se você leva a vida de uma forma, ela vai dar uma forma a você, como bailarinas e seus pés resistentes ou músicos e suas mãos calejadas.



Outro fator muito importante que arremata qualquer discussão: Os Flintstones não só comemoram natal e outras datas, como já tiveram reuniões sociais com outra família da Hannah-Barbera: Os Jetsons. Esses, então, descaradamente, vivem no futuro, só que no espaço, onde parece ter havido alguma forma de escalonamento de valor social, creio eu. Vai que no espaço vivem os mais ricos e na terra, os mais simples de conta bancária e até hábitos? Me fez lembrar as diferenças sociais entre quem vive no condomínio da Zona sul e o vizinho no morro. São do mesmo mundo, mas de mundos diferentes, entende?



E pra exemplificar melhor, quando falei que o ser humano, os dinossauros e os grandes mamíferos não conviveriam no passado, pense que no futuro, a ciência já conseguira desenvolver clonagem de espécies extintas ao mesmo tempo que se descuidou do cuidado social e ainda ao mesmo tempo também que consegue a proeza de manter seus hábitos conservadores da família tradicional brasileira mesmo que ao redor tudo tenha mudado, muita coisa até pra pior, por puro comodismo.



Note que o modelo, até pra data de criação da série (década de 1960) era o ultrapassado 'pai/mãe/filho(a)'. Note que personagem nenhum é solteiro sem parecer um deslocado ou agregado na família alheia. Note que não tem negros, enfim... é a sociedade estadunidense num futuro distópico. Rá!

Quando falo em clonagem de espécies extintas envolvendo dinossauros, o moleque descalço na calçada que habita meu coração sorri e pensa nisso:



E nisso:



E sabe outra curiosidade sobre Os Flintstones? Eu cantava 'Alagados, FLINTSTONES, Favela da Maré...'. Ok, isso é mais uma vergonha sobre mim do que uma curiosidade sobre a família do Fred e da Wilma, mas tá valendo. Acho. Beijos nas crianças! Rá!

Olha a cara do Herbert Vianna pra mim com essa piada safada:



sexta-feira, 17 de julho de 2015

Traduções safadas do futuro 2

Vamos falar sobre exemplos de traduções safadas e marketeiras neste momento. Bem, todo mundo aqui conhece, mesmo que de longe, os sucessos MEU PRIMEIRO AMOR e GAROTO DO FUTURO, mas você sabia que seus títulos originais não têm NADA (isso mesmo NA-DA) a ver com suas versões brasileiras?



Primeiro, Meu primeiro amor, se chama, no original, MY GIRL, pois, já disse aqui, há alguns anos, trata da menina Vada e sua relação com o pai viúvo que arruma uma namorada, o professor por quem é apaixonada e seu melhor amigo, Thomas J., interpretado por Macaulay Culkin. E é por ele que o título teve essa distorcida. Veja bem, no filme, mal se ensaia uma relação entre os dois através de piadas das coleguinhas de Vada e uma tentativa de beijo pra saberem porque os adultos tanto faziam isso. Um selinho de meio segundo e o moleque morre na metade do filme (e isso não é spoiler). Mas, pra pegar embalo na fama do 'esqueceram de mim', jogaram o título sugerindo que agora o pestinha iria viver um amor, mas nem protagonista ele era.



Já no caso de Teenwolf, a safadeza foi outra. O primeiro filme saiu no mesmíssimo ano que De volta para o futuro, trazendo Michael J. Fox como protagonista também. Então, simplesmente ignoraram o título original Teenwolf (algo como Lobisomem adolescente, o que explica de cara o sentido do filme) e colocam um nome genérico só pra largar 'futuro' como palavra-chave e juntar tudo na cabeça do público. Toda safadeza é pouca pra gerar um simples 'ih, é o mesmo cara do outro filme, vou levar esse também, moço'. Só não espere que o jovem adolescente que vira lobisomem viaje no tempo, pois NÃO HÁ VIAGEM NO TEMPO em Teenwolf. Acho eu, que seria informação demais, mas como eram os anos '80 e estávamos conhecendo tartarugas ninja mutantes adolescentes, acho que o conceito de informação demais ficou defasado, ou pelo menos, redefinido ali.



O que aconteceu, então, foi que tiveram que manter a mentira nas sequências, o que destoou ainda mais do sentido dos filmes, pois, viver um primeiro amor pela segunda vez, de um modo geral, é difícil de se imaginar. Assim como conhecer um novo adolescente, primo do anterior, que também vira lobisomem e joga basquete é surreal demais, mesmo sem associar a viagem no tempo, coisa que ele NÃO FAZ! Se alguém ainda não tinha se ligado, entendem agora porque que se diz que quando você mente uma vez, acaba tendo que inventar outras 20 mentiras pra sustentar a primeira? Pô, sangue bom, é feio demais isso. Aliena muito essas mentiras de traduções. Já que acharam que tinham que traduzir, que fossem mais fiéis ao sentido do filme ou ao título.



Outra dessas traduções alienadoras caça-níqueis - e tentativas de ser engraçaralho, que eu falo mais depois - é o Vingador do Futuro. Ele não vinga ninguém a não ser ele mesmo, na verdade, ele não vinga, porque ele que derrota os caras maus no final (sorry, já teve até remake recente, isso não é spoiler. Não esqueça também que quando Terminator virou Exterminador do Futuro (porque acharam que o público não ia sacar por si), Total Recall, porque também tinha titio Schwarzas como astro, virou O VINGADOR DO FUTURO, pra falar 'FUTURO' e dar a ilusão ao público de que esses filmes teriam alguma relação, que não apenas o gênero cinema de ação brucutu. Só pra atrair público. Ê safadeza...



Se estávamos nos anos '80 indo pra '90, o segredo era falar futuro, que tava tudo certo. Passou na porta da locadora e falou 'futuro', o cara não sabia se pegava Terminator, Total Recall, Teenwolf, Teenwolf Too, sendo que só um deles, como vimos, possui relação com viagem no tempo e mesmo assim, só o próprio exterminador viaja, onde começa a história, mas afora o contexto 'salvar o futuro', o título faz referência à máquina, ao protagonista vivido por Schwarzenegger. O filme poderia se chamar Exterminador em português que a galera ia sacar. Somente o aclamado (e top 3 de minhas preferidas) De volta para o futuro foi devidamente traduzido (na verdade, de forma literal Back to the future).



Outra hora eu volto nesse assunto em algum outro segmento, séries, personagens, etc... sei lá. Fique com um absurdo e imaginário Meu primeiro amor 3, só pra chatear. Rá!

meu primeiro amor
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