Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Freixo ou Crivella: De Marcelo pra Marcelo, a boataria tá feia já

Primeiramente, Fora Temer!
 


Bom, pra começar, quero logo lembrar-vos que religião não tem poder de dominar um município por meio de um candidato e muito menos poderia liberar uso de drogas, criminalidade, aborto ou casamento entre pessoas do mesmo gênero/sexo. Então, esses boatos mais bobinhos e babacas já podemos esquecer, ok? Se você quiser votar ou deixar de votar por concordar ou discordar desses pontos de vista, aí, é contigo, mas por favor, não decepcione Titio Saga alegando que vai votar nesse pra que aquele não vença e pratique o que você discrimina ou teme.


Esses boatos são sempre direcionados, se é diretamente cria das equipes de um ou de outro lado ou se apenas algum interessado em ver o circo pegar fogo foi lá e cristalizou a idea, aí, já não sei, mas são coisas óbvias e nem originais são, visto que quando Fernando Gabeira foi candidato lá nos idos de 2008, já falavam nessas lendas de que só vota no Gabeira quem é drogado e tals... Então, falar isso do Freixo é requentar de modo pueril um preconceito idiota, do tipo infantilóide que tenta intimidar a concorrência com o clássico medo de não pertencer. Sabe quando o adolescente babaca quer ver o mais certinho fazer besteira pra se sentir menos desajustado? Então, essa onda de 'se você é gay/drogado/bandido, vote no Freixo' é nada mais que isso, o velho 'fumaê, cara, tu num é homi não?'. Nada mais. Pior quem repassa memes de internet por faces e zaps afirmando que Freixo diz que bandido é vítima da sociedade e que a vítima do crime tem que aceitar isso.


Pelo lado religioso da força, temos Marcelo Crivella e algo que já me preocupa de início, a busca por apoio e aumento potencial na base de eleitores fez o senador ganhar apoio de Bolsonaro (não sei qual deles, mas é tudo igual pra mim), já que têm em comum, além de muitos posicionamentos conservadores (lembrando que igreja e estado, lá no início, eram unha e carne e hoje descendem dessa união conservadora de dominação por medo naquele sistema de obediência, ou não, com castigo ou recompensa). A questão nem é essa, é essa imagem de homem santo que se vende e aquelas manobras linguísticas do tipo, o senador não esteve entre os que mais fizeram proposições inúteis, logo, em seu site consta, deliberadamente, que ele foi um dos mais prolíficos... Ora, vá, mas a questão aqui é orientar o eleitor a escolher seu candidato avaliando seu passado, suas ações e proposições atuais, óbvio, mas nunca NUNCA acatar essa postura de repassar irresponsavelmente boatos e questões que nem fazem sentido, como legalização de drogas, por exemplo, que seria de âmbito federal, já que no Brasil, funciona a União e não há legislação autônoma independente entre estados.


Por parte de Marcelo Freixo, há duas ressalvas nessa guerra de boatos: Além de ele, se for eleito, não ter qualquer poder sobre mudança de leis fora do município, também nunca disse que se aceitasse um assalto de boas porque o bandido é vítima da sociedade. Essa parte eu compactuo, pois sempre escrevo que reconhecer o sistema sócio-econômico como excludente e entender que isso empurra a pobreza pra uma relação estreita com a criminalidade não nos faz defender o bandido enquanto bandido. Como falei no caso do linchamento do jovem há algum tempo, defendemos que se pratique a lei na forma da lei e não os capitão nascimento metido a Steven Seagal da vida, querendo resolver tudo na violência quando é com preto pobre. Ah, ele também desmente que trará para seu secretariado petistas como Lindbergh e Dilma Roussef. Quem já deu uma olhada no discurso básico do PSOL já percebeu que eles são oposição, o que hoje em dia, inclui até o PT, muito menos negociariam cargos em troca de apoio. Tá na cara que é fofoquinha pra associar o candidato a essa aura de desconfiança com o PT (cuja presidenta eleita democraticamente nunca teve uma acusação comprovada, diga-se).


Do outro lado, temos Marcelo Crivella respondendo em seu site que nunca defendeu que negros só gostam de cachaça e de macumba, segundo o candidato, essa frase foi dita por alguém que ele estava apenas citando, tendo a frase tirada de contexto para prejudicá-lo. E também explicou que não vai cobrar, se eleito, entrada no Parque Madureira. Também diz que não é a igreja de sua religião que irá comandar a cidade em caso de resultado favorável. Em todo caso, fiquemos de olho porque sabe como é candidato, em algum momento pode tropeçar nas palavras e um astuto ardiloso pode estar por perto pra flagrar. Lembra da Denise Frossard na campanha pelo governo do estado em 2006, quando ela usou a expressão 'baixada-leste' sendo que não existe lugar sequer aqui no Estado com esse nome? Entre outras coisas, mas desse eu lembro bem porque foi bem num debate, deixando Sergio Cabral Filho muito mais perto de por aquela cara sonsa dele no Palácio Guanabara, sede do governo estadual aqui do RJ.

No mais, nada de repasse de boatos. Vale muito mais se a gente se perguntar 'será que foi isso mesmo?' e dar um google do que ficar passando vergonha falando qualquer coisa sem ver que do outro lado da tela tem alguém chato tipo eu ;p acenando negativamente com a cabeça e falando 'que merda você falou aê'. Titio Saga fica mais decepcionado que aquele colega da oitava série que nunca estudava pra prova e quando estudou, caiu matéria nova.

E cuidado com pesquisas de opinião também. Servem pra nada, a menos que tenham entrevistado a todo eleitor que já tem decidido seu voto. Se não entrevistou a todos, não é confiável, visto que eles podem ter parado na porta de uma igreja ou de um bar, o que influenciaria diretamente no resultado da pesquisa, influenciando aquele pulha desavisado que vota em quem tá ganhando na pesquisa pra achar que venceu algo na vida quando o candidato é eleito.

E antes que eu me esqueça:



Fonte: O Globo  

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Prefeitura RJ, não encurte, nem elimine nossa condução entre Zona norte e Zona Sul.

Prefeitura do Rio de Janeiro: Não encurte nem elimine ônibus da zona norte e oeste para Centro e zona sul

Em mais uma sensacional empreitada urbana, a prefeitura do Rio de Janeiro decide por em prática uma ação das mais óbvias. Não sei como ninguém pensou nisso antes: Se o problema do trânsito é a quantidade de carros na rua, então, vamos separar os carros por áreas. Isso implica em cortar linhas rodoviárias que ligam subúrbio à Zona Sul, no máximo, levando ao centro e bairros próximos. Que genial! Próximo passo lógico será resolver o problema das pessoas sem teto jogando uma grande lona sobre elas, talvez, escrevendo 'teto' em alguma marquise noturna povoada por moradores de rua.

Pareço hiperbólico, mas é apenas em harmonia com a ação da prefeitura. Querem resolver a confusão do trânsito eliminando linhas, encurtando percurso de outras e criando linhas adicionais auxiliares. Vamos só ver o que aconteceu quando fizeram isso em outra parte da cidade: Jacarepaguá. Bem, sou morador de Cascadura, do ladinho de Madureira, como quem vai pra Vaz Lobo, bem pertinho de Irajá, ou seja, é perto, mas não tão perto que eu possa me dar ao luxo de ir andando em qualquer situação, pois, por exemplo, trabalhei na Barra da Tijuca até o início do ano e era bem complicado.

Havia quase uma dezena de ônibus passando aqui, sendo quase todas com ponto final no bairro, então, pra agilizar o trânsito, anunciaram o tal do BRT. Que luxo, que beleza! Quase um metrô rodoviário e facilitou muito a vida dos moradores da região de JPA, Barra e adjacências. Mas e nós, que não temos nem estação de BRT? Agora também não temos linhas, extintas no processo. Sabe o que me aconteceu? Antes, eu tinha mais de uma linha direto pra Barra da Tijuca, agora, eu precisaria pegar uma condução pra Madureira, descer no terminal Alvorada (Barra) e de lá pegar um alimentador (nome dado às linhas extintas, recriadas com percurso encurtado pra não atravessar bairros e nos obrigar a gastar meia dúzia de passagens). Ou seja, não adicionou, substituiu, como se as pessoas só andassem entre seu próprio bairro e o bairro vizinho. A qualidade de vida só cai, porque em vez de pegar um ônibus, as pessoas vão pegar dois ou três, ou seja, cada região vai ser setorizada e restrita a ela mesma, demandando mais dinheiro e horários cada vez mais apertados. Não rende a vida assim.

Agora anunciam isso da Zona Norte e Oeste para a Zona Sul. A solução que eles acham que encontraram é simplesmente acabar com a condução entre regiões da cidade. Juntando à passagem cara que o prefeito insiste em dizer que precisa aumentar sempre por obrigações contratuais (como se ele mesmo não tivesse firmado esse contrato e fosse obra da natureza) e o péssimo serviço prestado com condução escassa em boa parte do dia, eu pergunto: O que mais esse prefeito e a galera dele vão exterminar na minha cidade antes que largue o osso?

Tem essa petição online, eu já assinei, quem também for contra essa bizarrice, por favor, assine:

Veja o que muda:

Fonte: G1

domingo, 4 de janeiro de 2015

Níveis alarmantes de assaltos a ônibus no município do Rio de Janeiro

Nota do autor: Este texto é uma peça de ficção e qualquer fato relatado é baseado na realidade, mas com meu sarcasmo inerente.

Tá muito caro ser sarrado no coletivo.

Um fato curioso tomou conta da capital carioca, de uma só vez todos TODOS os ônibus sofreram um duro golpe. Ou melhor, seus passageiros.

Como se fosse uma ação criminosa coordenada, cidadãos do Rio de Janeiro - e aqueles que circulam, trabalham ou vieram morar aqui - passaram a sofrer com o tal roubo em grande escala. A passagem passou de R$3,00 para R$3,40.



O crime já está sendo investigado, mas, como sabemos, há poucas chances dos criminosos serem detidos, já que estão lá no comando por escolha do próprio público e forjam seus contratos alegadamente ilegais, mas com o aval deles mesmos e enquanto a lei vai pro lixo, o dinheiro vai para seus cofres.



Esse aumento criminoso deixou ainda mais cabreiro o cidadão. Seu Sagatiba, morador do subúrbio, afirma que a prática já vem ocorrendo há anos:

"Todo ano eles falam que o aumento é garantido por contrato como se o contrato fosse nascido do ventre da mãe-Terra e eles não pudessem modificar isso. Mas, ao contrário da passagem, a qualidade do serviço não aumenta nem de três em três anos. Então, pra quê pagar tanto pra ficar esperando horas por ônibus quentões quebrados e motoristas estressados?", protesta o indignado habitante do Rio de Janeiro.





Os poucos veículos melhorados com ar condicionado também serviram de pretexto para o aumento. As despesas com esse pouco serviço são repassadas para esse aumento. "Serviço 'público' porque é o público que paga, mas é bem privado quando analisamos quem é que se beneficia com o transporte coletivo por aqui", relata Sra. XXX, profissional autônoma noturna que não quis se identificar.



O aumento da passagem - que teve índice ilegal maior que o aumento do salário mínimo - também gera bom humor, ou melhor, o famoso 'rir pra não chorar', como descreve Seu Zé, da banca de jornal: "Agora, quando um bandido vier me assaltar no ônibus, vou dizer pra ele que já me assaltaram quando passei na catraca", ironiza.

Enquanto isso, o prefeito...

Acharam que Dudu Paespalho estava quieto demais? Nada, apenas descansando a imagem pra não queimar seu parceiro de partido, Pezão. Igual a um outro camaradinha dele...



Dudu tava quieto igual criança bagunceira, mas não largou a brincadeira por um segundo sequer.



Verdade verdadeira.

Sabe o que significa essa imagem? Que o prefeito, já não valia nada, agora é menos que a passagem.
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