
Mas o mercado vende chinelo, toalha, espelho, papel higiênico, vela, pano de prato, copo, creme dental, desodorante, etc. Deu pra sacar onde eu quero chegar? Muita - mas muita - coisa que se vende num mercado não é pra ser ingerido, não é alimento, e muita coisa que é ingerida, não faz diferença enquanto valor nutritivo, e alguns até são prejudiciais. E não falo só de álcool ou cigarros, refrigerantes são prejudiciais também, n~/ao têm valor nutritivo, mas passa porque não é alcoólico...
Sinceramente, acho que algo deveria mudar. Ou o nome do tíquete, já que ele não é pra ser usado livremente (e tem lugares que nem mercado são, mas aceitam, tipo, você compra DVD e até cadeira de praia no 'alimentação' em alguns estabelecimentos.). Poderia mudar essa política de se determinar em quê se usa um benefício, ou, por exemplo, cairíamos no ridículo de fazer duas viagens pra comprar mantimento? Tipo, se eu me distrair na viagem dos alimentos e levar uma escova de dentes eu preciso usar dois cartões? E se for comprar papel laminado? Não é alimento e não é alcoólico, como faz? Entra em que categoria? É pelo ticket? É pelo estabelecimento?
Enfim, era pra ser um benefício, mas cria regras que não são de lógica direta. Se é pra seguir ao pé da letra o nome que vem destacado no cartão, então que se siga essa regra, mas que deixe se usar o pequeno artefato em qualquer lugar que venda alimentação. Por que então, a diferenciação entre 'alimentação' e 'refeição'? Não vai ser tudo, ao final do processo, a mesma coisa? Não é tudo sobre comida?
Seria como você usar o trem e um ônibus pra chegar ao trabalho e, pra isso, tivesse um Bilhete Único pra cada condução. Não é ridículo? Enfim, leva a mais perguntas sarcásticas do que respostas satisfatórias. O fato é que fazer compras no mercado passou a ser algo muito chato, ainda mais se der algum problema no caixa com o coleguinha de fila que vem logo antes de você.