Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.
O que tem esse comercial da Heineken? Bem... me irrita! E em
tantos níveis que tenho que enumerar. Mas antes, quero dizer que não é nada
contra a música em si. Na verdade, eu até vou falar por ela também.
Bohemian Rhapsody
A música do Queen é uma pérola. Sempre achei o Qeen mais pra
farofa do que pra ecletismo, dadas suas nuances meio misturebas, mas vá lá,
eram os anos 80/90 e eu sempre gostei de um som inusitado que me exercitasse a
imaginação. Principalmente na hora em que ela explode com a guitarra
distorcida, bateria derrubando tudo, baixo quebrando a banca e o vocal aprumado
de Fred Mercury. A música é a única coisa que não pode levar a culpa nesse
comercial brabo.
Mundo de Wayne
Foi nesse filme que conheci a música (aquela cena do carro,
com Wayne seus amigos cantando é legen - espere por isso - dária). No idioma
original (inglês), o filme se chama Wayne’s World (O Mundo de Wayne), que, na
verdade, era um personagem de Mike Myers no clássico humorístico estadunidense,
Saturday Night Live. Wayne era a sátira aos adolescentes da geração MTV. Pois
bem, aqui no Brasil, o filme baseado no quadro do SNL ganhou o nome de –
respire fundo – Quanto Mais Idiota Melhor. Caras, uma paródia comportamental de
um fenômeno da cultura pop virando filme e o que os gênios da tradução aqui
fazem? Transformam num rótulo do mais puro ‘besteirol’, já passando a ideia de
que o filme é um amontoado de idiotices e não um longa sobre jovens daquela
época. Parabéns, campeões!
Heineken, não te odeio tanto assim
A cerveja pode ser mais amarga que as que eu costumo beber,
talvez um pouco mais cara na relação custo-quantidade e até apanhar por tabela
por estar na modinha aplayboyzada, mas a cerveja tem seu mérito: Possui como
símbolo uma estrela vermelha que foi o pesadelo dos coxinhas direitistas nas
eleições presidenciais passadas (aquelas anuladas pelo golpe do – fora - Temer).
É que alguns imbecis acharam de falar que a cerveja fazia uma apologia ao PT,
com a mensagem subliminar da estrela vermelha (segundo eles, comunista).
Bucky, o Soldado Invernal, também seria militante do PT? Vai saber...
No apanhadão geral
É irritante ver aquele monte de desafinado cantando em
cortes que mal dá pra reconhcer a música em alguns trechos... Feio, Heineken.
Ai, ai,ai!
Conclusão
Minha opinião não faz a menor diferença no mundo. Volte a
seus afazeres. Rá!
Ps: Acho mesmo o comercial uma poia.
Agora, fique com a música original e esqueça aquela trolha que é o comercial.
Rock in Rio novo vem aí e eu sempre me lembro de um discurso vazio sobre o evento, um papinho tosco do tipo "Beyoncé?! Ai, num gosto, porque é ROCK in Rio e não POP in Rio". Ah, vá, primeiro, o evento não significa ROCK de Rock 'n Roll, mas ROCK de 'agito', 'curtição' e toda aquela pasmaceira comercial que agregue mais e mais pagantes. Bem que eu queria gostar do conceito literal do nome em referência ao gênero musical, mas NÃO é assim e temos que aceitar.
Depois, lembro do preconceito que o Rock em si sofre, toda aquela burrice sobre violência e satanismo incentivados por línguas de fora (UIA!) e dedinhos em forma de chifres... Bem, primeiro precisamos explicar a versão de um pioneiro do gesto \m/, Ronnie James Dio. Pois bem, o saudoso cantor já explicou que isso veio de uma avó, lá na Itália (em tempo, Dio tinha ascendência italiana), que ensinou que o gesto era algo como um desejo de boas vibrações e espanto de coisas ruins. Tipo uma carranca, saca?
Dio e seu gesto característico, que ficou imortalizado como um dos símbolos do Metal.
Dito isso, vamos a outro tópico pertinente: Satanismo é uma ilusão de quem leva ao extremo o desejo de se rebelar contra a 'sociedade católica hipócrita apostólica romana' (opa, olha a Itália aí de novo, gente!). Um bom exemplo disso é a banda Craddle of Filth. Uma banda que toca(va) um Black Metal (subgênero do Metal com viés macabro) vigoroso, mas, comprovando que tudo não passa(va) de um teatro pra expressar sua energia incontinente sobre mitologias e críticas à sociedade 'cristã' - que pratica violências muito maiores do que um show com língua de fora e gritos guturais. Alguém mais interessado no assunto sabe que eles só fazem personagens, como qualquer cinesta faz um filme de terror? (a menina do Poltergeist NÃO foi amaldiçoada, ela tinha uma doença pré-existente e já escrevi sobre isso aqui mesmo no blog).
Cradle of Filth: Simulações de sacrifícios macabros no palco e meninices nos bastidores...
É você, satanás?!
Ah, esqueci de citar que a banda supracitada tem toda a postura 'demoníaca' esperada no palco, mas, dando uma olhada nos extras de um DVD (que eu tenho, portanto, tenho conhecimento de causa), eles, fora dos holofotes, são pessoas querendo curtir suas vidas, jogando balões cheios d'água pela janela do hotel e piadinhas com câmeras particulares (molecagem nível NINJA) e te deixaria em confusão, se você não procura saber sobre o movimento Metal pra falar algo. Aí, não mais que aí, (sugestão de um amigo do blog), lembramos da tragédia que se abateu sobre o ex-Panthera Dimmebag Darrel. O ex-guitarrista da clássica banda fazia um show de seu projeto posterior quando foi assassinado em pleno palco. Quem lembra sabe que foi um choque, quem não, bem, saiba pelo vídeo ali embaixo.
Dimmebag Darrel, responsável por alguns dos riffs mais contagiantes do Metal.
É quando o poeta de Amor & Sexo, Arnaldo 'calado seria um poeta' Jabor solta (como um peido fedido, que nem ele deve ter aguentado, mas manteve só de trollagem, por que não dava pra enfiar - UIA! - de volta):
"O rock começou como canto à alegria e à liberdade, música de esperança numa era de utopias e flores. Aos poucos, a ilusão foi passando. Em 68, a esperança jovem foi sendo detida pela reação da caretice mundial. Os ídolos começaram a morrer: Janis Joplin, Jimmy Hendrix sumiram juntos. Na década de 70, o que era novo e belo se transforma nos embalos de sábado à noite e começa o tempo da brilhantina. Junto com a caretice dos BeeGees, o que era liberdade cai na violência. Em Altamont, no show dos Stones, a morte aparece. Charles Manson é o hippie assassino e o heavy metal e o punk vão glorificar o barulho e o ódio. Com a repressão do mercado mais sólida e invencível, a falsa violência comercial, sem meta, nem ideologia, fica mais louca e ridícula. Os shows de rock viram missas negras que lembram comícios fascistas. É musica péssima, sem rumo e sem ideal. A revolta se dissolve e só fica o ódio e o ritual vazio. Hoje, chegamos a isso, a essas mortes gratuitas. A cultura e a arte foram embora e só ficou a porrada".
É... isso mesmo que você leu (e assistiu), ele culpa a vítima do assassinato pelos tiros que levou. Como qualquer mulher ou criança é a verdadeira culpada pelo estupro ou pedofilia, só porque provocou o agressor, não é, senhor Jabor? Sério, és um urso no entendimento da sociedade e nem vou falar que você esqueceu de citar Chuck Berry, criador do Rock n' Roll, aquele 'som de preto' que veio do Blues e está aí até hoje na ativa. Esqueceu de falar que John Lennon pregava a paz e a boa convivência com todos entre o céu e a terra e... bem, a menos que sejas tão absurdo ao ponto de concordar com outro expoente maior da ignorância humana, inFeliciano, ao defender que o ex-Beatle só foi abatido a tiros porque dez anos antes havia afirmado que era mais popular que Jesus Cristo... Isso sem mencionar que Gandhi também foi assassinado, Martin Luther King Jr., Irmã Dorothy, Yitzhak Rabin... Ih, tantos que não eram 'metaleiros', mas estou divagando.
Vamos deixar de lado um pouco os julgamentos bestas sobre o que a Rede Esgoto não conhece e vamos ao melhor momento do Jornal da Globo, o mesmo que anteriormente você viu que falava asneiras sobre o Heavy Metal que até o Pinocchio teria vergonha de contar.
Esse sim, vale a pena ver de novo... e de novo... e de novo...
Basta desse preconceito bobo com o Heavy Metal. A violência já existia muito antes de qualquer gênero musical, vídeo game ou revista em quadrinhos!