Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

Mostrando postagens com marcador superman. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador superman. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Gal Gadot: A Mulher-Maravilha

 

Estou adorando Gal Gadot como a Mulher-Maravilha do atual cenário de filmes baseados em personagens dos quadrinhos. Acho que nenhuma outra atriz – depois de Linda Carter – me convenceu tanto como a heroína grega em live-action. Ela já está na minha preferência tanto quanto Christopher Reeve nos convenceu enquanto Superman ou Chris Evans como Capitão América (volto nesse tópico em outro post).


Claro, tudo é alegadamente questão de gosto e gostos são opiniões que construímos ou nos são empurradas pelos meios externos. Da mesma forma que pra um cidadão achar que cor de pele, textura de cabelos ou comprimento de roupas podem ser coisas certas ou erradas de acordo com o que foram acostumados a ver nas ruas, em convívios sociais, TV, revista e cinema, também há a contestação do que já é estabelecido como padrão de comportamento.

E o que quer dizer essa falação toda, Saga? Bem, gafanhoto, eu estou aqui falando de como Gal Gadot me convence como a Mulher-Maravilha. Busco ver num personagem aquilo que o personagem me oferece. Assim como não me importa se o Tocha Humana for preto, branco ou indiano – desde que ele seja um garotão fútil, mas de bom coração e princípios heróicos com poder de combustão – também não me importo que a Mulher-Maravilha seja uma jovem de biótipo mais esguio do que se espera de uma guerreira e vou dizer porquê no próximo parágrafo.

Assim como Reeve malhou, mas não pra ser um halterofilista, Gadot não precisa ser uma brutamontes do MMA para ser a princesa de Themyscira. Pensa só, por mais que Superman e Mulher-Maravilha trabalhem usando de muita força física, carregando aviões pelo ar (sem desequilibrar, hein, puxa!) ou detendo desabamentos, são personagens que já possuem uma força descomunal, o Super por causa de sua biologia kriptoniana e a Magavilhosa, por ser uma semi-deusa (tanto na versão antiga onde era um preparado do barro até a versão recente das HQs, onde é filha de Zeus com Hipólita, rainha das amazonas).


Estou dizendo que mesmo com todo o treinamento pesado que a princesa amazona precisa, sua natureza quase divina já lhe dá força sem precisar necessariamente partir de músculos bem trabalhados. Lembro que na minha vida nerd, já fantasiei (UIA!) vários personagens na pele de atores ou personalidades que achava mais a ver. E, falando de Diana, eu já imaginei algumas mulheres vivendo as aventuras dela e a mais cotada, se eu fosse produtor, seria Lucy Lawless, aproveitando o sucesso de Xena e o respeito que a atriz impunha como uma princesa guerreira. Mas eram outros tempos, pena que no auge da forma física de Lawless os filmes heróicos tenham sido uma bagunça (alô, Bátima e Róbiii!), além de eu adolescente, me deixando levar pelas trolhas dos anos ’90, onde formas e trabucos valiam mais que conteúdo.


Gadot tem aquele olhar incrível de uma mulher valente, poderosa (e empoderada) e ao mesmo tempo, é uma menina curtindo fazer o que gosta, lutando pelo que acredita. Fico muito feliz com a escolha da atriz e com o desempenho que está tendo. E lendo um pouco mais sobre ‘aquela atriz-modelo que conheci como quase uma figurante em Uma Noite Fora de Série’ (com Steve Carell e Tina Fey), é simplesmente A Mulher-Maravilha. Reúne a capacidade interpretativa, já foi miss, modelo e treinada pelo exército israelense. Tipo, cara, achar que ela não convence só porque não é a (já falecida) lutadora de WWF Chyna é ser muito superficial, além de quase pedir pra voltar aquele tempo em que a fidelidade visual importava mais que a essência dos personagens (sim, Homem-Aranha-deprê-e-sem-piada—metido-a-Superman-sem-capa, do Sam Raimi, estou apontando pra você agora).

 
Enfim, o que atraiu em Christopher Reeve é o que me atrai para Gal Gadot (hmm, maroto!), ou seja, é olhar para o artista caracterizado e ver aquilo que passou anos lendo nos gibis, aquela sensação de ‘caraca, acertaram em cheio!’. Desde a primeira aparição de Gal, em Batman VS Superman – aliás, ela foi a melhor sacada do filme – que eu gostei e não contestei nem por um segundo. Nem por ser esguia, nem por não ter exatamente os traços ‘mediterrâneos’ que uma mulher grega teria (ah, os estereótipos empurrados pra aceitação do senso comum do espectador), muito menos por sua atuação. Não é como Robert Downey Jr, que tornou Tony Stark em... Robert Downey Jr (sim, leia algo do Homem de Ferro antes de 2008, quando saiu o primeiro HdF pra ver como o personagem era).

Enfim, Mulher-Maravilha/Gal Gadot dá vontade de assistir a uma série diária com a personagem e essa pode influenciar a MM dos quadrinhos no que quiser a partir de agora. Não só porque eu seja fã da personagem, da sua concepção como modelo do que há de certo ou porque eu goste da ideia de uma mulher sendo a perfeita personificação da diplomacia e do poder de lutar pelo que é certo no mundo, mas porque a menina Gal passa tudo isso sem cair na muleta conveniente que muitos atores caem, apenas vestindo uma roupa espalhafatosa e repetindo bordões. 


Ela passa o que uma jovem princesa guerreira e semideusa com ideais de paz e igualdade precisa e não só belas cenas de ação ou - pior, se fosse o caso - apenas posições acrobáticas pra pagar calcinha. Ela é um ícone para meninas e nem por isso se torna um estereótipo de 'coisa de menininha' a ponto de espantar os meninos. E mostra como um ser incrivelmente forte não precisa de músculos quando tem a força de uma divindade mitológica olímpica. Parabéns aos envolvidos.    
  

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Superman não pode ter filhos

Sabe, Supernan/Clark Kent/Kal El é o máximo, o escoteirão que te faz querer dar seu melhor (UIA!) e toda aquela coisa de inspiração que um símbolo de justiça tem pra oferecer à sociedade, como o azulão faz. Mas, existe uma coisa que me perturba, no âmbito heroico quadrinístico que é a mania de querer dar vidinhas comuns e ordinárias a personagens de um segmento cuja graça é justamente decolar, literalmente.



E, para muitos heróis, isso seria um problemão, muito maior que o básico 'se meus inimigos descobrirem quem sou, vão atacar meus entes queridos'. Para seres semideuses como o Super, um problema básico é a genética. Por exemplo, em Superman Returns, fica nítido que o filho de Lois Lane é meio super (?!), ou seja, antes que o cuecão vermelho sumisse do mapa, ele deixou a sementinha no repolho de fundo de quintal da famosa jornalista. E é muito interessante ver um moleque daquele tamanho descobrir poderes, mas...


Pensa bem, no caso NO CASO de uma terráquea conseguir gerar descendentes com um kriptoniano, a cria será um híbrido, correto? Pois então, quem garante que o bebê não poderia ter um espasmo de força e num chutinho comum de feto - BLAM! - a barriga da mamãe... bem, você sacou, né? Isso até já foi citado numa história em que Superman encontra seu clássico inimigo, Sr. Mxyzptlk - aquele que se derrota fazendo dizer seu próprio nome ao contrário ou cumprindo suas tarefas bizarras.

Na história, Mxy mostra ao Super realidades alternativas em que leva uma vida comum, ou concilia mais suas facetas heróicas e pessoais. Numa delas, o duende repara em coisas corriqueiras como a 'coincidência' de tantos conhecidos com a inicial L (Lois Lane, Lana Lang, Lex Luthor...) e também fala sobre essa possibilidade. Só que hoje, a coisa tá diferente. Nesse reboot que a DC Comics fez recentemente, meio que zeraram a maioria dos super heróis e deram novos inícios. Num deles, Super se relaciona com a Mulher Maravilha.



Agora tem chance, hein! Ela, sendo cria dos deuses gregos tem poderes que rivalizam com os do Super, então, uma gestação passaria fácil por um super bebê se mexendo em seu ventre. Do contrário, Super, melhor pensar em adoção, ok?

Nota do autor: Essa última piada foi encaminhada por um amigo do blog.



E pra ver como esse clima de super é contagiante, fique agora com super pinchers voadores brincando.



Essa foi uma informação sugerida por outro amigo do blog.



Ps.: Não cogitamos Supergirl (Kara Zor-El) para gerar filhos com o Super, pois são primos em primeiro grau. Já temos variáveis demais aqui.



Não contamos também com a Supergirl (Linda) dos anos 1990, pois ela, aparentemente, foi excluída da cronologia, apesar de eu ainda gostar bastante da personalidade dela, mas é complicado demais explicar suas origens (mas ainda faria mais sentido, a possibilidade de ela carregar o bebê meio-kriptoniano).






segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Superman: O Herói Improvável

Superman é o maior herói do mundo. Só um herói com tanta discrepância em torno de si, mas mantendo-se no 'top of mind' do grande público como principal referência poderia ganhar esse título. Vejamos algumas das bizarrices?

Em Superman: O Legado das Estrelas, descobrimos - nessa tentativa de reeditar a origem do azulão para os tempos atuais - os óculos disfarçam seus olhos azuis raros, sua postura é modificada de modo a parecer que é um desengonçado caipira e seu cabelo é penteado diferente enquanto Clark Kent. Beleza, a exemplo de um ator que interpretava gêmeos muito bem a ponto de confundir sua plateia - como numa peça que mamãe Kent tinha visto. Isso só aproximaria o Super de seu alter-ego, já que gêmeos são pessoas diferentes, mas são idênticos, no caso em questão.


Outras interpretações são estranhamente concebidas, como o fato de a população ver o Super como um deus enquanto Kent é só um jornalista caipira e talentoso e tals... Lex Luthor, por exemplo, uma mente tão talentosa quanto um Bruce Wayne da vida, já poderia ter descoberto há muito, que seu maior inimigo é seu grande amigo de adolescência - em algumas versões, eu prefiro que os dois tenham se conhecido em Metrópolis. Aliás, Luthor e Lois Lane podiam se casar na burrice. Lex chegou a deduzir uma vez a grande verdade, mas se negou a acreditar que um semideus aceitaria viver como um jornalista e não dominando o mundo... plausível? Vai saber...

Mas o fato é que nenhuma versão bate o filme Superman 2. Lois Lane descobre, ele confessa, abre mão dos poderes e passa a viver com ela. Depois, ele retoma seus poderes e dá um beijo que a faz perder a memória quanto a seu segredo. PQP!!!!! x3.

Só achei legal na minissérie Crise de Identidade que, além de várias baboseiras, como o Exterminador sozinho espancar a Liga da Justiça ou o Nuclear, com poderes químicos e nucleares ser ferido por uma espada e aceitar explodir ao invés de remendar a própria ferida, teve seus momentos. Quando A Liga revela que manipulava as mentes dos vilões pra que ninguém descobrisse suas identidades - explicando como poderiam viver tanto tempo enganando entes próximos e autoridades - inclusive a mente do Bátema, quanto a um assunto de conduta interno... Dá-se a entender, pela narrativa do Arqueiro Verde, que o Super nunca descobriu porque esperavam ele ir embora. Nessa hora, um close sobre a orelha do azulão insinua que talvez ele soubesse, com seus super sentidos, mas fizesse vista grossa (ou melhor, contextualizando) ouvidos de mercador) pra preservar a segurança de seus entes queridos.

Para a cueca por cima da calça, eu tenho a melhor teoria de todas TODAS! É o seguinte, você voa, sopra ar glacial, tem umas 20 visões diferentes entre calor, raio-x, telescópica, microscópica, infra-vermelha, e o caramba a quatro. Você tem superforça, super audição, sua força te faz ser superveloz e invulnerável. Tudo isso só por pegar um sol. Agora me diz, você ia ter medo ou vergonha de alguém te encarnar por uma sunguinha por cima da roupa de ginástica? Podia sair pelado de capa que ninguém ia falar, pô! Do contrário, é só incinerar. Rá!


Agora, fiquem com o pior do Superman. Quando as pessoas "leigas" acham que entendem de quadrinhos dá nisso:

Powered By Blogger