Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

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terça-feira, 20 de outubro de 2020

Lobo Mau, Robinho e o predador sexual


Antes de mais nada, só eu pensei em Lobo + Robinho = Lobinho? Hein, hein? Enfim...

A primeira vez que ouvi essa expressão, confesso que não pesquei a referência. Mas assim que parei pra ouvir e ler um pouquinho mais, não foi difícil entender a referência. Mas, vamos por parte, pelo bem da minha escrita e da sua leitura, já que sem separar em tópicos, vai ser uma verborragia incontinente.


Predador sexual

O predador sexual, basicamente tem o comportamento de um predador do reino animal, só que em busca de sexo, em vez de alimento. Isso, bem basicamente. Mas não é complicado enxergar os paralelo: Ambos buscam vítimas que lhes satisfaçam a gula, ambos procuram meios de obter uma vantagem por meio da fragilidade de seu alvo e não se furtam a usar de artifícios até desleais pra conseguir o que querem.

Compare o comportamento de uma onça, que assim que vê uma possível presa, vai lá, corre, escala árvore, dá patada, dá mordida até que ou a vítima foge, ou ela garante o almoço do dia. Um predador faz isso. Ele usa de substâncias, presentes, promessas, faz carinhos, tenta aproximações em locais de pouca exposição até que consiga se chegar em sua vítima.

Importante frisar que não é só em casos mais escandalosos que isso ocorre, como na pedofilia. Muito predador sexual não sai do convencional (ex.: homem-mulher hétero). O modo de agir é que é o problema, não a idade ou gênero do alvo. Existem casos que ocorrem na santidade de um casamento, quando a mulher é submetida a um papel de servidão sexual ao marido, mesmo que não esteja a fim, porque seria “a obrigação da mulher servir o marido”.

Antes, deixa eu te dizer que sim, vejo muita diferença entre um bicho com fome e um ser humano com problemas psicológicos. Não é pra justificar o predador sexual alegando que seria uma necessidade física como de um tubarão mordendo pra sobreviver. Estou só preparando o terreno pra um paralelo atual que vou fazer mais lá pra baixo.

 

Lobo Mau x Chapéuzinho Vermelho

 

Essa é uma das mais gritantes e famosas alegorias à sociedade do mundo. Conto de origem europeia, mais uma das várias adaptações de contos horripilantes dos irmãos Grimm, para um público mais juvenil - e depois de anos, infantilizados pelos estúdios Disney a ponto de todo o background social se perder, ficando apenas uma aventura e musiquinhas, mas estou divagando.

 Chapeuzinho é uma menina com uma única missão: Levar uma cesta de guloseimas para a vovó doente do outro lado de um bosque. Pois a menina, jovem e inocente, consegue se desviar do caminho por causa da lábia de um Lobo. Aqui, temos a capa como simbolismo para a própria inocência da menina, talvez até o hímem de uma virgem (lembrando que em versões antigas, a capa nem sempre é mencionada como vermelha).

 A menina e a avó, poderiam ser uma alegoria da estrada da vida de uma mulher. Mas o Lobo, esse não tem pra onde correr, sempre é visto diretamente como o predador que tá lançando conversinha mole pra engolir Chapéuzinho, vovó, cesta e tudo. Até existe uma camada sim, o lobo pode ser o próprio bicho, animal muito comum em determinadas áreas rurais de quase o mundo todo e que é um valente caçador, mas, lembremos que sua figura é contada na história da menina do gorro vermelho como um ser antropomórfico, ou seja, que se apresenta com a forma humana. Logo...

 

Robinho

 

Robinho, jogador do Santos, foi pego admitindo participar de uma farra onde a moça estava embriagada. O que seu curto entendimento não o fez ver ainda é que estupro não é caracterizado apenas pelo ato violento e físico. Se valer da condição de vulnerabilidade de uma pessoa entorpecida também.

 Fica tentando dar pedalada pra sair de uma situação onde, mesmo sem crédito, muitos já teriam tido a malandragem de se retratar pra poder pelo menos diminuir o prejuíjo. Mas em vez disso ele faz o quê? Se compara a Bolsonaro nas eleições 2018, alegando que todos bateram nele e ele cresceu nas pesquisas (como se fosse aforça de seu carisma e não o clima anti-pt que fez muito doido votar no doido e hoje se arrepender). E ainda dizendo que “infelizmente” existe o movimento feminista.

 Ou seja, ele uma hora diz que mulheres trans (e/ou lésbicas, vai saber a extensão) defendem o feminismo mesmo sem nem ser mulher de verdade e alega que o que falou foi tirado de contexto. Frases que se não foram inventadas do zero, dificilmente tem um contexto geral diferente de um hipócrita que se meteu numa farra e não quer assumir que o que fez foi vergonhoso.

 

Conclusão

 Robinho não é homem de verdade, é só um daqueles falsos moralistas que defendem a família brasileira, acham que dizer que são casados ou da igreja já é carteirada de honestidade e quando são pegos com a boca na botija, querem se fazer de mártires. E nem adianta fazer como a âncora da Record que levantou a bola para os casos de prostituição, porque ser puta não dá o direito do cliente fazer algo que ela não tenha condições de decidir. Assim como a menina de dez anos grávida do tio estuprador, de novo, o foco é desviado para a vítima e não para o agressor. Ele acha que sofre perseguição, mas, pelo contexto do texto geral, é só um lobo em pele de cordeiro. 

Vergonhoso.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Retardo Auto-Induzido: Um Pretenso Estudo Pseudo-Problemático-Contemporâneo (Parte 3 De 3)


Nota do autor: Gostaria apenas de esclarecer que este texto é de origem humorística e não tem objetivo de se aplicar a qualquer indivíduo em especial. É uma análise amadora de quem tem dedução por conhecimento empírico. Portanto, se este ensaio incomodar alguém diretamente, é porque vestiu a carapuça mesmo.

Continuando nossa análise paranóica – e porque não, neurótica – sobre causas, efeitos, verdades e conseqüências do comportamento humano, quando tomado pelo retardo de suas próprias divagações, chegamos à vida adulta... e a pergunta é COMO? Sei que tudo começa de dentro pra fora e, pensando bem, muitos casos são compreensíveis, já que- principalmente, na vida adulta – estamos sujeitos a pressões e golpes que nos exigem atitudes, às vezes, em pouquíssimo tempo, do contrário um tropeço, uma queda pode acontecer (e acontece). É normal errar, ainda mais sendo adulto, quando a vida cobra, e não se pode mais deitar nas costas de papai ou mamãe pra resolver por nós.

Pais e mães até podem, sim, ser responsáveis por essas dificuldades na hora de se encarar a vida, pois, podem ter provocado o comodismo em filhos deitões e o que não faltam são exemplos de gente mimada que sempre tem quem resolva suas m*erdas na vida. Mas se você não tem a malandragem de se virar, de não ser um quadrado... É desperdiçar descaradamente o cérebro e a carne que Deus gastou com você. Então, fiquei de analisar, nesta terceira parte, as situações, já que as idades foram meio que lugar-comum, NE, afinal, todos já passamos e vimos os outros passarem por essas mudanças tão batidas. Mas, o comportamento é que aparece de forma mais sutil.

Quando passamos da maioridade, algum demônio do egocentrismo faz a gente pensar que só a gente sabe o que é passar por tantas barreiras até desaguar na idade adulta. Muitos não passam dos 10 anos de idade e acham que curtir a vida é o que as pessoas de sua idade mental fazem. Acontece muita m*erda nisso aí. Mas, a outra extremidade é a pior. Como se comparar um retardado imaturo prejudicando a si mesmo com alguém que se acha tão evoluído que qualquer pequena ilusão de estar acima dos outros já faz o iluminado achar mesmo que é mais que seu semelhante? NÃO DÁ! Pessoas que não podem tirar as calças pelo pescoço, assim como eu e você, acham que têm algum poder.

Faculdades, ambientes de trabalho e diversos ambientes sociais são lugares onde isso aparece mais que ex-BBB “atacando de DJ na night” de algum lugar. Realmente você se depara com pessoas que se acham no poder de mandar, pressionar ou punir – de forma pessoal – quem estiver por perto. Não conhecem Ministério do Trabalho, CLT ou mesmo a Constituição, sem falar nas ouvidorias internas e sindicatos da vida – que destempero. Esse é o auge do retardo auto-imposto, quando a pessoa se deixa levar por uma falsa superioridade. Quer se impor? Vai fundar uma instituição de caridade! Assim, tenho certeza, que quem discordar de você, não vai desafiar sua “superioridade” sem parecer invejoso, agora, querer convencer que é melhor no grito? RETARDO, RETARDO, RETARDO!

Como eu já disse, passar do complexo de superioridade infantil é difícil, então as pessoas agem feito crianças. Adultos que agem feito criancinhas em busca de auto-afirmação são retardados auto-induzidos. E você pode estar perto de uma dúzia deles neste momento. Orgulho não é pecado... é castigo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Retardo Auto-Induzido: Um Pretenso Estudo Pseudo-Problemático-Contemporâneo (Parte 1 De 3)


Nota do autor: Gostaria apenas de esclarecer que este texto é de origem humorística e não tem objetivo de se aplicar a qualquer indivíduo em especial. É uma análise amadora de quem tem dedução por conhecimento empírico. Portanto, se este ensaio incomodar alguém diretamente, é porque vestiu a carapuça mesmo.

Não sei bem como acontece, mas o ser humano passa por fases na vida em que ele vive uma certa involução psicológica. Involução, aliás, no âmbito geral da psique humana, pois, na minha terra, a gente chama mesmo é de retardo. Demência - como diria meu colega (?!) Leandro Hassum - apenas discordando no que se refere à fase em questão. Hassum tem um número de stand-up - muito bom, por sinal - onde descreve o comportamento de sua filha – então com uns 9 anos – mas eu vou mais longe, porque percebi que certas fases – motivadas por idade ou situações diversas – acontecem de forma cíclica e quase que obrigatórias , como ritos de passagem.

Antes, explicarei o título complicada (P*rra, Bátima, explica essa p*rra!). O retardo vem, como discorrerei à frente, de alguma mudança relevante na vida da pessoa, que, por sua vez, provavelmente numa sequência de pensamentos instintivos, conclui que precisa agir dessa ou daquela maneira (daí o “auto-induzido” do título). O “pseudo” vem do fato de eu não ser um estudioso da psicologia social, mas um atento observador do cotidiano. Logo, vou fazer aqui um ensaio com pretexto de estudo de caso para exemplificar as idades e situações, assim como seus resultados no retardado, no seu meio e na sociedade em geral.

Em questão de idade, temos mudanças de comportamento conforme a cronologia das faixas-etárias por si só. Isto é, o comportamento tende a aparecer – em linhas gerais, é bom frisar – de forma independente e não condicionada a alguma força externa. Bem, sim, mas não de forma contundente como nos outros casos. As mudanças conforme crescemos nos deixam em situações onde é praticamente obrigatório agirmos de determinadas maneiras, pois, é normal da humanidade se apegar a hábitos e fazerem deles paradigmas sem a menor contestação (como, por exemplo, sei lá, achar que um jogador de futebol é o responsável pela sua alegria de viver), mas agora estou divagando.

Voltando à vaca fria (e já descobri de onde vem essa expressão aqui mesmo neste blog), desde que nascemos até uma certa faixa, por volta dos 10 anos, somos verdadeiras esponjas do comportamento de quem mais se aproxima de nós. Pais, mães, responsáveis e meios de comunicação. Sim, ou você acha que os moicanos pavorosos, trejeitos, gírias e acessórios bregas coloridos diretamente dos pais? Que nada, a mídia abrange cada vez mais o lugar de influência externa, já que a internet potencializa o alcance dos meios de comunicação. Bem, sem delongas, analisarei o retardo auto-induzido no próximo post – sim, porque sou safado e também sei fazer trilogias desnecessárias... apesar de que essa é necessária, já que o texto ficaria muito grande pra um post só e a maioria da população, que já não gosta de ler, não lê no computador um texto maior que “Gostosona do momento ajeita biquíni na praia e liga para o paparazzi fotografar e ganhar uma grana com sua apelativa auto-promoção”.
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