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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Martin Scorcese e os filmes de Super Heróis

Recentemente, o premiado diretor Martin Scorcese declarou reconhecer o talento de quem faz filmes de super heróis, mas comparou as produções a um parque temático, resumindo, algo muito rentável e divertido, mas sem profundidade psicológica, coisa que, segundo ele, caracteriza o verdadeiro cinema.

A fala do diretor gerou algumas respostas de artistas envolvidos com o universo cinematográfico Marvel e tiveram um tom bem parecido, apesar da abordagem ser diferente. Robert Downey Jr (Homem de Ferro), por exemplo achou válido o direito a ter uma opinião, mas que talvez, isso pode ter sido por ter se deparado com uma concorrência comercial absurda. Karen Gillan (Nebulosa) já defendeu o diretor James Gunn (Guardiões da Galáxia), alegando que tem sim, coração nas produções em todos os aspectos. Samuel L. Jackson (Nick Fury) foi mais enfático no fato de que nem todos também se agradam do trabalho do próprio Scorcese, então, tudo bem opinar contra.

Todas opiniões com conceitos diferentes, mas partindo do mesmo princípio de que está ok o diretor opinar, mas que ele não é o dono da razão. E eu concordo. Acho até a opinião dele um tanto arrogante, no sentido de ser quase um purista, querendo determinar o que é o 'verdadeiro cinema'. É como dizer que música pop não é música porque não tem um alto nível de estudo e formação erudita. Se não fosse quem é ou se usasse um tom mais agressivo, pareceria até ciuminho de quem teve que aprender a dividir atenções com uma grande moda. Tipo, a criança mimada que não quer o coleguinha novo atraindo suspiros do resto da turma.

Tem lugar pra todo mundo e modas são assim, vão fazer maior estardalhaço e dinheiro. Mas passam. E tudo bem. A música pop nunca tomou o lugar de outros ritmos mais eruditos, assim como desenhos nunca tomaram o lugar de filmes, então, é fácil deduzir que filmes de pura paixão e entretenimento não derrubaram o pilar dos filmes mais sensoriais e autoriais. E se o incomoda um filme de herói não ter uma pegada mais profunda ou intelectual, ele não deve ter assistido ou entendido Pantera Negra e todas as questões sociais envolvidas, né?

Lembra, Scorcese, pizza e hambúrguer são muito bons, mas não tiram o lugar das refeições mais nutritivas. Cada um tem seu momento. Ninguém gosta de ficar raciocinando sobre a psiquê humana em frente a uma tela de cinema o tempo todo. Até fãs de obras mais 'cabeça' gostam de desligar o cérebro e apenas se divertir. Não adianta desqualificar o trabalho alheio. É um passeio no brinquedo do parque? É. Mas de vez em quando é legal passear no brinquedo do parque. A menos que você tenha problemas de enjoo com movimentos bruscos e repetitivos.

Fonte:

https://rollingstone.uol.com.br/noticia/robert-downey-jr-samuel-l-jackson-james-gunn-e-karen-gillan-respondem-comentario-de-scorsese-sobre-marvel-nao-ser-cinema/

https://revistamonet.globo.com/Filmes/noticia/2019/10/samuel-l-jackson-rebate-critica-de-martin-scorsese-sobre-os-filmes-da-marvel.html

https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2019/10/08/robert-downey-jr-quebra-silencio-e-reage-a-critica-de-scorsese-sobre-os-filmes-marvel.htm

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Disney, Marvel, Fox e essa zorra toda



Quando a Marvel esteve na m... ela vendeu os direitos de várias de suas marcas para outros estúdios para pagar dívidas e não falir. Com isso, não podia usar alguns de seus mais lucrativos personagens de quadrinhos nos cinemas, como Homem-Aranha (vendido à Sony), Quarteto Fantástico e X-Men (vendidos à Fox).


A ironia é que a Marvel, sem seus medalhões, começou a apostar em personagens famosos nas HQs, mas não tanto fora delas, como Homem de Ferro (sua primeira empreitada, em 2008). E a coisa de certo! Reergueu a carreira de Robert Downey Jr. e alavancou o Vingador Dourado ao primeiro escalão dos heróis na cultura pop (sério, nas HQs ele é bem um fdp narcisista e manipulador, não esse adorável mimado dos filmes).


Mas a questão aqui é como a Disney/Marvel vai se virar tendo de volta seus pesos pesados, já que seu universo cinematográfico está bem fundamentado nos não-famosos. E não é só questão de adicionar que tá tudo certo. Deu certo com o Homem-Aranha, porque o personagem simplesmente nunca tinha sido mencionado até esse acordo que o trouxe até os Vingadores.


Mas com o universo mutante a coisa se complica mais. Não só pela zona que é a cronologia dos filmes (personagens que mudam de ator, cara, etnia e idade de um filme pra outro), mas por uma política que só posso classificar como birra, por parte da Marvel.

Acontece que não tendo os mutantes à disposição (Wolverine, X-Men, Deadpool, Magneto, etc), a Marvel Comics (quadrinhos) fez uma verdadeira 'limpa' em seu conteúdo mutante. Mercúrio e Feiticeira Escarlate continuaram irmãos (porque também fazem parte do universo dos Vingadores), mas deixaram de ser filhos mutantes de Magneto e sim, humanos geneticamente modificados, filhos de ciganos, por exemplo.

Muitos mutantes fora mortos, desapareceram ou tiveram suas origens alteradas pra deixarem de ser mutantes. E sabe porquê? Porque não era interessante para a Marvel investir no sucesso de uma franquia lucrativa que não lhe traria grana e sim para outro estúdio, no caso, a Fox, no caso, recém comprada pela mesma Disney que comprou a Marvel há alguns anos.

Isso causou alguns acertos como o investimento em franquias totalmente desacreditadas, como os Guardiões da Galáxia. No estilo franco-atirador, a Marvel levou fé e se deu bem com os próprios Vingadores, que não eram tão badalados assim nas HQs (não no nível da Liga da Justiça, da DC/Warner). Aliás, graças a esse universo, nasceram até os Agentes da S.h.i.e.l.d, liderados por Phil Coulson, personagem criado exclusivamente para o cinema e que agradou tanto que já foi incorporado aos quadrinhos.

Agora é que são elas: A Marvel tanto fez para sufocar os mutantes que até investir em absurdos, como substitui-los pelos Inumanos, ela fez... Mas, e agora que os filhos do átomo voltaram? Até o Quarteto foi posto de lado e separado nos gibis, pra nã alimentar a concorrência... Aguardemos os próximos capítulos.



PS.: Com a compra dos estúdios Fox, pela Disney, agora temos, num mesmo conglomerado: Fox (Os Simpsons, Family Guy), Marvel (Vingadores, X-Men), Lucasfilm (Star Wars, Indiana Jones) e Pixar (Toy Story, Os Incríveis), sem contar com a própria galera do camungongo que possui um cachorro de estimação e anda com um outro cachorro e um pato. 

Cuidado pra não descobrir que aquele seu vídeo bêbado na festinha também pertence á Disney. Ou ao vereador Waldisney.


PS²: Se eu fosse o Pateta, denunciava o Mickey por escravizar um da minha raça. Se bem que se eu fosse o Pateta, não perceberia por ser muito... er... Pateta. Rá!




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