Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.
Antes de prosseguir, queria divagar (mais?) um pouco sobre o título: Já que é pra fazer um trabalho de forte mídia para um subgênero pop baseado numa raiz pasteurizada, porque não escolher gente que tem talento de verdade? Tanta gente nos reality shows e concursos musicais, e o pessoal dos escritórios de grandes conglomerados conseguem... isso que tá aí?! Na boa, parece até sacanagem, industrializar o funk pra vendê-lo modificado esquecendo sua raiz, e o boneco que escolhem nem bom é. Tá certo, concordo que o funk seria uma ferramenta poderosa como voz da classe pobre, mas desperdiça com machismo, sexismo e violência banalizados, mas também não gosto dessa usurpação. Já fizeram isso com o pagode e virou um lixo que nem os caras mais aguentam, misturam com poutras coisas porque nunca foi a deles, mas vamos lá...
Te desafio a não encontrar a menina em qualquer seção de jornal. Tudo, menos música.
Sabe como o Jornal Extra poderia ser chamado atualmente? O Diário de Anitta. Ou melhor, Presença de Anitta! Porquê? Porque já tá descarado demais a mídia que a divulga, né? A gente sabe que esse público que consome esse tipo de entretenimento esquece muito rápido de seus ídolos - e, confesso, minha esperança é que esqueçam logo esse produtinho do pessoal do marketing, justamente - porque é puro embuste impulsivo. Relendo o texto até aqui, é muito mais fácil entender porque todo santo dia o supracitado veículo popularesco traz alguma notícia inútil sobre a menina. É um tal de fotos da projeto de panicat garota quando era criança/adolescente - tipo, até ano passado - e um texto tendencioso sobre como ela já era determinada e predestinada, ou sobre um ex-namorado secreto (QUÊ?!?), alguma insinuação de ter ficado com um jogador igualmente irritante e onipresente na mídia populista, etc, etc. Enfim, querem produzir uma rica biografia de uma marca que foi criada ano passado como se já estivesse aí há anos... Francamente, Sandy & Júnior têm mais respeito no cenário artístico, até de mim que nunca fui fã.
Mas o pior ainda está guardado. Quando tudo parece já estar ruim o bastante, vem o Naldo (agora forçando uma de sobrenome artístico Benny) e abre o bebedor de vodca ou água de coco - porque, pra ele, tanto faz - aliás, abre a boca e não é só pra cantar mal, também pra falar que a presença de Anitta é muito boa, quanto mais melhor, pois, ele abriu portas... Putz, cara... só se foram as portas dos fundos pra fugirdo público ou brigar sossegado com seu amor de fachada... chantilly. Tudo nesse menino é forçado e tem maior cara de 'vamos vender logo ele, antes que fique velho demais para o público que o compra'. MAs o pior é que ele é igual a um terceiro elemento deslumbrado pela turma da propaganda global, que é o pequeno thiaguinho, o uivador. Lembra quando o jovem pagorrapper (adoro meus neologismos) falou que se sentia feliz por influenciar tanta gente com o estilo que ele e o Rodriguinho criaram? Quando ele lançou que tinha modificado a história do samba? Pois é, ele ignorou que o próprio Rodriguinho já era famoso seguindo um estilo criado pelo Raça Negra quando ELE (Rodriguinho) ainda era moleque.
Essa foi a reação às críticas do playback, antipatia e longa demora (até pra uma gravação de DVD). Logo depois, apagada.
Aí, vem o ex-segurança de supermercado que não reconhece nem a própria família direito - amigos que se sentem esquecidos, então, já vi por aí - e diz que abriu portas... Obviamente, devia estar ocupado demais com alguma coisa que não viu Claudinho e Buchecha se lançarem do mundo comum do funk para todas as paradas, com direito a dancinha e tudo, embalados pelo hit Conquista, né? Enquanto ele miava ao lado do (falecido) irmão, Lula - que, dizem, era o juízo da dupla - até o Latino que, antes de ser uma galhofa completa, tinha lá seu conceito como cantor de funk melody.
Sabe, fico puto da cara e desgraçado da minha cabeça, como diria saudoso Tio Dalborgas, quando aparece um boi de piranha do mercado fonográfico desses chega pra dizer que mudou, influenciou, criou ou que é alvo de inveja das pessoas recalcadas... Ah, tu para, né? É como uma UMA garrafa de Coca-Cola qualquer achar que revolucionou o mundo, mas ela é só mais uma que gelou mais rápido e que vai ser consumida até acabar. E todos TODOS nós sabemos, que Coca-Cola é só pressão, momento que dá e passa, sem deixar muito rastro. Agora, um recadinho do mestre sobre essa palhaçada toda.
A despeito da mídia que empurra essas coisas no povão que aceita tudo qual a contribuição desses dois para seus respectivos campos de atuação?
Orgulho é uma lástima. Orgulho vem de uma necessidade de se manter uma pose que você sabe que não tem. Então, começa o problema, por que o orgulho é aquela necessidade de se manter na visão alheia como se fose esse personagem que você criou - e que ninguém pediu. Tá, talvez alguns tenham sido impostos pela sociedade, como homem que não tem medo, nem chora, mulher que não admite ser valente pra não ser discriminada, idoso que não pode sair pra se divertir porque está velho, etc... Eu sei que isso acontece, já vi muito marmanjo doido pra dançar um funk e não fazê-lo por medo de críticas, mulher querendo se jogar na pista bolada com o que vão pensar dela ou mesmo nerd se fazendo de burro pra não sofrer bullying.
Mas o que eu quero com essa introdução (UIA!) tããão graaande (UIA!²)? Simples, dizer que esse tipo de máscara social auto-imposta só serve pra que muitos levem isso tão a sério que acabam acreditando que pensam daquele jeito mesmo. Machismo, homofobia, racismo, antissemitismo, tudo isso veio de alguma ideia de algum grupo lunático com nuances supremacistas, mas o que eu vou falar aqui é u pouco mais íntimo, um pouco mais palatável, e bastante corriqueiro. Falo de uma palavra que já se tornou clichê nos facebooks da vida, que é 'recalque'.
Pessoas são tão orgulhosas e cheias de empáfia que se acham acima do bem, do mal e das críticas. E isso já
O convencido, o mais convencido e o... quem?
é bem comum nos pseudo-artistas de Facebook que desejam ser amados com suas milhões de fotos carentes de 'curtir' e frases de efeito de auto-ajuda, imagine, então, o que não passa na cabeça de um artista que sabe que não tem esse pé de meia todo, mas que é garantido pelo apelo popularesco e apoio de grandes patrocinadores?
É o (não) exemplo da modinha do funk do momento: Mc Anitta (morra de angústia com creme pingando na ponta dos cabelos, vou chamar de Mc mesmo). A exemplo de Mc Naldo (é Mc, astro pop era Michael Jackson), Cláucia Millk e pequeno Thiago uivador, essa moça já se encontra naquele patamar do deslumbramento em que repete bordões clássicos de quem não quer parecer arrogante, mas quer manter uma pose como se estivesse acima de críticas. Ela diz que sofre preconceito por não ser de favela e que isso é raivinha porque ela se deu bem.
Chorando sobre o Leitte derramado, a moça comparou público do Rock in Rio 2011 a Hitler por uma suposta vaia "suspremacista". A vaia aconteceu, mas porque o show não agradou, mas é mais fácil dizer que é culpa da plateia.
Bem, quando chegar nessa mesma época do ano que vem e ela ainda for considerada um fenômeno, eu calo minha boca, mas por enquanto, tanto ela quanto os anteriormente citados são bons vendeores de ingressos de boates e casas de show, mas sem consistência alguma. As mesmas músicas que eles reciclam entre eles mesmos e o pior discurso do mundo. Porra, inveja? Raivinha? Preconceito? Vá se catar, né? Já até vejo nos livros de história, como o povo dela foi perseguido e humilhado por 300 anos de escravidão, ou pela dominação de sua nação pelo fundamentalismo religiosos... Enfim, nem vou continuar no sarcasmo porque jovem desse jeito ela ainda vai falar muita m*erda, melhor guardar pra mais tarde. Quem não lembra do jogador jogada do pessoal do marketing Neymar? Todos enchem a bola do garoto, mas ele aparece mais pra divulgar desodorante, carro e namorada ex-atriz mirim que tenta se firmar não sendo mais uma gracinha de criança.
O que essa gente toda faz além de ter dinheiro? São amados? Queriam eles, mas a verdade é que quem não tem segurança no próprio taco acaba precisando ostentar sua 'felicidade' pra esfregar na cara dos outros e pensar que estão sendo invejadas por isso. Sério, se você se acha invejado a ponto de falar isso em público, você quer ferir as pessoas com isso e não tem nada a ver com uma arte feita para o entretenimento. É a típica pessoa que quando não está sendo o centro das atenções tende a se incomodar com quem está nesse lugar de destaque e fica invejando. Aí, quando se vê no centro, acha que todos são iguais a eles.
Anitta, vá se catar de novo, antes que eu me esqueça e preconceito com patricinha, estudante de
Calma que essa é fácil, ele explicou depois que não disse que mudou a história do samba, ele mudou "UM POUCO" só. Faz-me rir Ele era uma porra dum moleque quando esse estilo mela cueca apareceu, no máximo mudou foi o pijama e a fronha.
administração e estagiária da Vale não é preconceito, é consciência. Você está deslumbrada, mas não precisa bancar a menina pobre que realizou o sonho de vencer na vida com sua música. Modinhas passam e nem o Conglomerado Globo Marinho vai te sustentar pra sempre. Nem ele, nem a Recópia tentando puxar sardinha pro próprio lado. Quem não é, não se sustenta. Você ofereceu sua vida "sofrida" pra algum excluído da sociedade? posto que trocariam facilmente, pois o funk é uma forma de ter voz para o pobre, para o favelado. Assim como o Samba, o funk foi pego pra ferramente da indústria do entretenimento da clase média, o que acaba afastando de suas raízes, e o resultado é esse: Uma branquitude se chega pra ganhar dinheiro e ainda acusar o povo de onde essa cultura foi usurpada de invejoso.