Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Marchinhas, brasileiros acomodados e o que é proibido é gostoso


Reparei que a principal queixa de quem não aceita o banimento de certas marchinhas carnavalescas preconceituosas é o simplório: "ah, mas eu aprendi pequeno e elas são tradicionais". Nem chega a uma camada mais profunda (UIA!) de questionar se não era pra já ter acontecido isso muito antes ou se vale o debate.

Nisso, a gente conclui que o problema da humanidade é ver e se acostumar e temer mudanças porque isso tira a pessoa do seu mundinho de pleno conhecimento, seu lugar comum, seguro. Admitir mudanças é abrir a mente a um novo pensamento, mesmo que dê merda e você acabe voltando, mas pelo menos se desafiou a conhecer novas visões.

Já ouvi de tudo, que preconceituoso é quem critica as letras (oi?!), que são tradicionais, portanto, inquestionáveis, que se for no carnaval, então vale até preconceito e até comparações com outras músicas, naquelas simplificações, tipo: Se 'O teu cabelo não nega' for machismo e racismo, então, Garota de Ipanema é um assédio porque elogia moça enquanto anda... Calma lá... Se Garota de Ipanema é assédio, eu não sei, mas é muito diferente de chamar um gay por uma apelido pejorativo ou dizer a uma mulher negra que dar uns pegas sem compromisso vale, desde que não se misture as cores.

Essas letras retratam uma realidade que ainda existe, só que hoje, os alvos dessas letras 'leves e bem humoradas' têm poder de resposta. Quem não se ofende com elas, ok, mas elas são deboches com tipos tidos como folclóricos, como o negro, o gay, o índio, etc. Nunca foi certo, mas antes, era padronizado que certos grupos podiam ser ofendidos. Não sei o que tem de tão carnavalesco um cara se vestir de mulher negra se fazendo de caricatura. E se você ri diante de uma mulher negra sambando, não sou eu que sou o chato, você é que tem problemas psico-neurológicos graves.

Muita gente traz isso na auto-estima, aliás e de tão conformista com a ofensa, nem se incomoda. Tipo cachorro que apanha, mas se mantém fiel ao dono. Você já viu folclorizarem e tratarem como exótico o branco de cabelo cortado e liso? Não, né? E já se perguntou porquê? Porque, simplesmente, vivemos num país colonizado por brancos e tudo que aprendemos socialmente, veio daquela etnia, daquela 'casta' européia.


Fica mais fácil entender que o branco tenha sido o invasor e também o dominante social. Se infiltraram nas mais diversas culturas pra dissolve-las e deixar sua marca, como em um gado. Não à toa, esses ricos deixaram herdeiros que até hoje compartilham a enorme riqueza que nós, a maioria, produzimos pra eles e isso inclui sistemas complexos como a comunicação de massa. Entende porque o protagonista da novela é branco em 99% das novelas?

Então, divaguei legal nessa, lembrando os velhos tempos do meu primeiro blog, só pra dizer que vale a pena tentar ver um sentido em vez de apenas reagir por reflexo, como quem esfrega o braço durante picada (UIA!²) de mosquito. Somos (ou deveríamos ser) racionais, então, raciocinemos.

E sabe o que eu reparei também? Essas marchinhas são muito famosas, mas nem de longe são as mais tocadas pelas pessoas que eu vejo reclamarem. É o lance que o brasileiro adora, de se é proibido, então eu quero, é mais gostoso. As marchinhas estavam lá, ninguém ligou. Disseram que serão banidas 'ah, qual é o problema com a letra? Vou cantar só por isso'. Aff... crescer todo mundo cresce, evoluir é que é o desafio, como diz uma música minha.



Vamos ver uns exemplos que os acomodados não querem enxergar porque, realmente, a maioria das pessoas apenas ouve a música, não percebe que músicas são textos e, como tal, precisam ter uma coerência fora da melodia, por mais que haja liberdades poéticas e artísticas. Até o Djavan segue uma lógica (toda própria, mas segue). Então, vamos ver trechinhos das letras:

"O teu cabelo não nega, mulata / porque és mulata na cor / mas como a cor não pega, mulata / mulata eu quero teu amor". Você repara no restante da letra e percebe que o autor (o clássico Lamartine Babo, dos hinos de futebol famosos) está nitidamente falando em dar uns pegas na pretinha, já que não vai rolar nada sério mesmo. E pra falar mulata, ou a musa inspiradora era preta e ele tem vergonha de dizer que gostou da preta, ou é daquelas pessoas negras de pele clara, tendo a etnia definida, não na cor, mas na textura de cabelos. Pura filosofia de patrão visitando a senzala pra se lambuzar e voltar pra casa grande.

"(...) será que ele é transviado / mas isso eu não sei se ele é / corta o cabelo dele / Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é (...)". Caras, sério que ninguém vê maldade nisso? Desde a escola que a gente via os gays sendo motivo de deboche. Andando isolados ou com os pouquíssimos que não se afastavam por medo de virar motivo pra chacota junto. E vejo muita gente dizendo que não tem maldade, mas faz comentários parecidos no dia a dia.

"Maria Sapatão / de dia é Maria / De noite é João / O sapatão está na moda / o mundo aplaudiu / é um barato, é um sucesso / dentro e fora do Brasil". Aparentemente, ela apenas constata o fato de mais pessoas saírem do armário a cada geração, mas repare na comparação 'sapatão/homem'. Um estereótipo ridículo, pois gera comentários como 'fulana é sapatão?! mas não parece, é tão bonita!'. Cria e reforça uma ideia de que por ser homossexual, a pessoa automaticamente se torna o sexo oposto. E como a feminilidade da mulher é quesito de escala de valor (mais delicada e frágil, mais conveniente pro homem machista), logo, a mulher masculinizada se torna alvo do ódio homofóbico e piadas de mesmo tom.

Não tem marchinha zoando o playboy hétero que adora futilidades e gasta a mesada do papi enchendo a cara nas casas de show badaladas, né? É tão inocente que só zoa aqueles que já apanham na vida real só por serem o que são? Repensa o seu preconceito antes de achar que não tem nenhum.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Skol cria campanha de carnaval e é acusada de incentivar cultura do estupro

"Esqueci o 'NÃO' em casa."

É com essa frase - e outras - que a cerveja Skol lançou uma campanha para o carnaval. As amigas Mila Alves (jornalista) e Pri Ferrari (publicitária) repararam e complementaram: "Esqueci o 'não' em casa" - "E TROUXE O NUNCA". É que as frases usadas na campanha da cerveja redondo reforçam uma cultura muito comum em espaços - abertos ou não - de entretenimento coletivo: A cultura do estupro. Estupro, pode parecer uma palavra forte, que muita gente faz questão de não reconhecer por entender apenas como aquele crime que faz o cidadão virar refeição sexual na cadeia, mas é mais que isso.

Mila Alves e Pri Ferrari protestaram contra campanha de Carnaval da Skol

Cultura do estupro é basicamente o machismo sendo ele mesmo, sendo o sistema de poder e dominação do homem sobre a mulher. É aquele sistema que faz com que muitos caras se incomodem em ter uma mulher independente ao lado por medo que sem a dependência financeira ou emocional, ela resolva que não tem nada a fazer ali, é o sistema que trata como natural os caras passarem pelas mulheres nas festas de rua, shows e demais eventos achando que têm o direito de puxarem braços, cabelos e cinturas já forçando uma barra para beijos, chupões e agarrões. Não é festa se não é consentido, correto?

Agora, mensure o que é uma cerveja incentivar essa ideia às vésperas do carnaval, quando metade do mundo estará bebassa! Sim, mesmo que a campanha não especifique que é a mulher que esqueceu o não, sabemos muito bem que não há mulher puxando braço e torcendo pescoços pra beijar mais um e sair comemorando com a galera, né? E é claro que quem faz isso não precisa de uma cerveja pra dar a dica, mas é o princípio envolvido que chama à atenção. Ninguém gostaria, por exemplo, se a campanha mandasse você beber sapateando sobre o túmulo de entes queridos, não é verdade? Pois bem...

Prefeitura de Curitiba faz campanha contra estupro

Depois de frases como "topo antes de saber qual é a pergunta" e "estou na sua antes de saber qual é a sua" e do protesto das moças, a Ambev prometeu tirar a campanha e jurou que não teve intenção de incentivar a violência contra a mulher (e sabemos que é um carnaval de gente bem intencionada num lugar bem peculiar da cultura judaico-cristã, né?). Essa irresponsabilidade também gerou uma 'contra-campanha' por parte da prefeitura de Curitiba junto à revista Nova, com frases de empoderamento feminino como 'não é não' e 'estar bêbada não é estar disponível' e também 'o tamanho da minha fantasia não dá o direito de realizar a sua'.

Amigolhes, é claro que muita mulher bêbada perde a noção, mas, como eu disse, mulher bêbada não tenta agarrar homens à força, e também não vai agredir o cara se ele não estiver afim, só porque ela se sentiu no direito sobre o corpo dos outros, ok? Não estamos falando em possibilidades físicas, mas de uma cultura que trata a mulher como subordinada ao homem e que faz tanto sentido quanto sacrificar jovens virgens para acalmar uma chuva forte.

Em espécie de resposta à Skol, revista 'Nova' faz campanha de Carnaval anti-estupro

Fonte: F5 e... F5 (é, de novo).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cicarelli de Rio das Ostras desabafa: É inveja!



Wanderlea Cicarelli de Rio das Ostras Silva, a fogosa etílica de Belford Roxo, que vive seus 5 minutos de fama graças ao sucesso de sua performance sub-aquática em Rio das Ostras, não para de surpreender. Agora, a gente também sabe que ela dava aulas de religião, participava de grupos de família e encontro de casais (mas na igreja, não na praia). Também lecionava  catequismo para crianças (na faixa de idade de seu casal de gêmeos, os mesmos que estavam esperando-a na areia da praia da perdição). Isso numa igreja co-fundada por parentes seus, a mesma para a qual voltou após uns anos freqüentando igreja evangélica.

Talvez sua certeza disso venha dos aplausos em vídeo e da retribuição em xingamentos à Guarda Municipal e banhistas. 
Mas não é só isso. Sua filha mais velha, de 19 anos - que deve estar se culpando até agora por ter sido motivo de mamãe praiana ter ido para a Região dos Lagos ser estrela do carnaval marítimo - não quer conversa com sua progenitora; a vizinhança não larga de seu pé com ofensas e piadas e, pra arrematar, ela alega que seu flagrante teria sido uma armação entre Leo – o homem que divide a cena com a mamãe-modelo – e um outro homem, Rafael, este sim, o suposto verdadeiro culpado. Sim, culpado porque ao levar um não, depois de convidar Wanderlea para uma cervejinha, o rapaz teria arquitetado a vingança para que ela fosse ‘avexada’ em público.

E como ela chegou a essa conclusão? Simples, segundo a própria, as pessoas têm inveja de seu carisma e sua beleza, pois, ainda segundo ela, está muito bem conservada – para seus 41 anos (?!) – fora seu olhar e sua aparência, insisto, sempre de acordo com a própria estrela, muito atraentes. Depois dessa, eu só volto a falar sobre o assunto se tiver algo realmente relevante pra falar, por que a piada já tá me assustando com esses desdobramentos inúteis.
Fonte: Jornal Extra

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Mulher flagrada em cena de sexo na praia nega o ato

Sexo no mar: Safadeza etílic alheia ou voyeurismo seu?

Um certo casal virou a febre da última semana na internet. No Facebook, faltou pouco pra virar um meme e eu só consigo pensar naquela música safadinha do Revelação: “Cara na cara, pele na pele...”. A verdade é que não deu pra fingirem que não estavam ali, e não deu pra evitar que o filme deles queimasse a moça fogosa de pernas pro ar. Mas o encanto está acabando, pois agora ela apareceu pra desabafar e negar que tenha feito sexo no mar. Aff... aí perde toda a graça. Mas o rapaz que estava com ela - e que também foi detido no ato – confessou a borrachada (que termo chulo! O termo é f*da).

Os fatos são: Wanderlea dos Santos Silva, de 41 anos, foi de Belford Roxo, onde mora, a Rio das Ostras, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, para visitar sua filha mais velha, de 19 anos. Na tarde 8 de fevereiro (sexta-feira de carnaval), ela estava com seus filhos, um casal de gêmeos de 9 anos, quando conheceu o rapaz de 27 anos que viria a protagonizar o vídeo quente e molhado com ela, apenas algumas horas (e cervejinhas) depois do primeiro contato. As crianças? Estavam na areia e nem se ligaram, distraídas com suas próprias brincadeiras (Ô sorte!).

Wanderléa e seu companheiro Max. Ele entendeu que ela
contou a verdade de livre e espontânea vontade.
Detidos, o rapaz confessou o ato, mas Wanderléa 'Cicarelli feelings' Silva negou. Diz ela que o rapaz só confirmou o sexo sub-aquático pra aparecer (tem maluco pra tudo, mas pra aparecer por sexo escandaloso assim? Nem ex-BBB ele é!). Ela também afirma que chegou a solicitar exame de corpo de delito pra garantir que não tinha feito sexo, que só teria rolado um beijo gostoso. O argumento dela? Não dá pra ver se ela está ou não sem a parte de baixo do biquíni, no melhor estilo “se ninguém provar, sou inocente”, isso a despeito da movimentação ferrenha que quem quer tornar dois corpos em um só.

Brincadeiras à parte, acho, particularmente, que a coisa é um pouco mais séria pro lado dela. De nada adianta ameaçar processar o Youtube pelas imagens, pois, se ela não fez nada, vai processar pelo quê? Pela “interpretação” do público? E, no mais, até seu companheiro, Max, já a perdoou. Sim, ela tem um companheiro há dois meses, com quem, de duas semanas pra cá, passou a dividir o teto e a cama. Mas a parte mais séria – além do constrangimento para ela e a família – é que há crianças envolvidas na situação e a responsabilidade contestada em relação às crianças.

Ato obsceno é uma dor de cabeça pros envolvidos, mas a responsabilidade é deles, problema! Mas, e quando uma das pessoas envolvidas é mãe e o faz enquanto seus filhos estão logo ali? Claro, fora o fato de terem praticado a coisa em frente aos filhos dos outros, né? Enfim, o Conselho Tutelar também entrou na parada, mas constatou que os infantes nem perceberam o que a mamãe fazia com o amiguinho de carnaval... embora eu ache que isso vai durar pouco, pois mesmo com todo o filtro do mundo, essas crianças vão sofrer uma zoaçãozinha dos coleguinhas mais pra frente.

Ana Lúcia da Silva cortou um dobrado com a moça caliente.
A guarda municipal Ana Lúcia Souza da Silva, que levou os sensuais banhistas à delegacia, informa que a mulher estava bem alcoolizada e proferindo xingamentos enquanto alegava não estar fazendo nada de mais. Depois da ocorrência por ato obsceno, o casal foi liberado. Você podendo ter a guarda sobre seus filhos pequenos contestada assumiria um ato tão nítido – e com aquela movimentação exorbitante – como esse? Duvido! Mas eu quero agora que entrevistem a comentarista da transmissão que diz, no vídeo: “Muito burro! Sabe nem f*der na água! Vai tomar no c*, cara!". Essa sim parece ter um parecer definitivo que esclareça o caso. A seguir, o desabafo (?!) de Wanderléa.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Casal é flagrado fazendo sexo em praia movimentada de Rio das Ostras

E não é só isso, é ao som de marchinhas tradicionais do carnaval!

O pitoresco casal parece não ligar para as pessoas que desviam deles ao brincarem e nadarem na praia - que, provavelmente é do centro de Rio das Ostras, Região dos Lagos do estado do Rio - com uma vontade de concluir os trabalhos que parece anormal.

Talvez por questão de honra, já que começaram, ou - como sugere um dos jovens acompanhando a epopeia sexual semi-sub-aquática - devido à possibilidade de o rapaz estar sob efeito de um certo estimulante sexual de combate direto à impotência, mas não divaguemos tanto.

O negócio é que qualquer Cicarelli ficaria constrangida com a exuberância de movimentos do nado sincronizado ato libidinoso, visto que os gestos são claramente com a intenção do intercurso, ignorando crianças, idosos e demais banhistas.

A equipe que acompanhou a brincadeira vai narrando e nos deixando a par dos detalhes. Segundo a transmissão simultânea, o casal já teria sido advertido pelos transeuntes e banhistas, mas não deu importância, e o fato de não chegar um guarda sequer foi o estímulo à certeza de impunidade dos pombinhos.

Não sei porque, mas após o demorado ato público, os exibidinhos pareciam não lembrar de sua fantasia recente e tentavam disfarçar cada um pro seu lado, o que foi impossível, já que a aquela altura, tinham cativado um público fiel - que, a essa hora, já deve segui-los por redes sociais e afins - fora o caloroso aplauso da plateia ensandecida.

Por uns instantes, a audiência parecia escandalizada, mas, como somos um povo de humor muito apurado, a coisa descambou para a piada e o tom jocoso logo foi substituído por uma certa indignação, como vem a dizer uma das jovens que acompanhavam o desenrolar da trama "(sic) Muito burro! Sabe nem f*der na água! Vai tomar no c*, cara!".


Só uma divagação para refletir nas mentes e corações dos internautas e garcianautas (!): Você ainda acha que sai da água com a pele grudenta por causa do sal? Pense bem, eu detestaria que você se iludisse.
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