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quinta-feira, 16 de julho de 2015

BOATO: Jean Wyllys NÃO propôs licença maternidade para quem abortar


Caras, vou ser sincero, se tem uma pessoa que eu levava mó (maior em carioquês avançado, rá!) fé era Jean Wyllys... ou melhor, ainda levo, apenas não o acho mais tão afiado no que fala (apesar de ser muito afiado no que fala, só que pode soltar umas opiniões muito contraditórias de vez em quando, mas nhé... todos nós), como achava antes de ele defender aquela aberração em forma de série de autoria de Caco Antibes. Achei um erro feio, um erro rude, mas esse não é o assunto aqui, é só pra dar a exata noção de como eu prezo pela boa informação, a correta e verdadeira informação. Mesmo não tendo mais os olhos brilhando ao falar dele (UIA!), ainda assim o acho um cara dos mais inteligentes no meio em que atua e vejo como consequência disso, ressentimentos na classe reaça conservadora. Sabe aquela máxima: “Quem não faz nada, se incomoda com quem faz”? E ele toca em assuntos que conservador nenhum quer falar, porque está bem com tudo do jeito que está. E aborto é um dos mais delicados assuntos. Quem me conhece sabe que eu, particularmente, sou contra o ato, mas não contra lei que o regularize, pois legalizar não vai ser tornar obrigatório, e a coisa já rola solta mesmo com muita mulher (pobre) morrendo em fundo de quintal de açougueiro aê, mas enfim...

Daí, quem é contra e não tem argumentação faz o quê? Isso mesmo, cria mentiras e repassa através dos papagaios que minimamente concordam com eles e saem vociferando sem nem ler pra se informar. Falar é mais importante do que saber o que tá falando pra essa gente. Gente como Wyllys vira um pra quem gosta de bagunçar o coreto. Se Sun Tzu diz, em A Arte da Guerra que a confusão do inimigo pode lhe garantir a vitória, a (des)classe que atua como oposição ao governo faz uso disso da forma mais infantilóide, criando mentiras como a adolescente invejosa da sexta série, só pra ver falarem mal da coleguinha... o problema é que pega muito distraído que serve de marionete e, pior, de porta-voz. Porque compra a história sem pesquisar antes, age naquela urgência de querer ser o primeiro a conta a fofoca bombástica e complementar (quase) sempre com um ‘isso é Brasil’, engolindo com caroço e tudo o complexo de vira-latas que veículos como Veja, JN e PSDBs da vida passam, como se se importassem com pobre, com trabalhador ou com o país em si, né?


De todo modo, a bola da vez é falar que Jean Wyllys propôs projeto de lei que daria às mulheres que praticarem aborto a mesma licença-maternidade que as que chegam ao fim da gestação naturalmente. Como você já viu lá no título, isso é uma grande e melequenta MENTIRA! Veja, na imagem abaixo, o que a página do deputado do PSOL tem a dizer sobre isso. Aliás, é muito fácil você achar a página dele que se propõe a informar didaticamente tudo que falam dele, o que é mentira, o que é verdade, o que é distorção da verdade e o que mais sair por aí de boataria. Como eu disse, quem impõe a opinião num meio viciado a seguir apenas o folclórico senso comum, tende a criar desafetos entre a ala conservadora. Ainda mais sendo ex-BBB, gay assumido, combatente de preconceitos institucionalizados e por aí vai. Que reaça quer um revolucionário do lado? Sempre vai soar como ameaça à sua boa vida e status quo. Veja a bola da vez:



Enfim, o que já aprendemos com esses boatos de zap/facebook, garotada?

1- Não repasse antes de pesquisar em algum veículo sério (se possível, mais de um);

2- Analise esse veículo, pois a 'notícia' acima, saiu do Joselito Müller, que anda na linha do Sensacionalista, criando notícias que satirizam fatos do momento;

Também é bom pensar na lógica da coisa, porque um boato pega logo um distraído de calça arriada justamente porque apela pra clichês superficiais. Se você é do tipo que acredita em qualquer merda só porque aconteceu no Brasil ou especificamente no congresso, ou por alguma instituição municipal, estadual ou federal, então, aposto que você nem chegou a essa parte do texto, porque não é do feitio de gente assim ler o texto todo pra saber tudo que foi dito e poder formar sua própria opinião. Quem tem complexo de achar que só o Brasil tem problemas e tals, se não foi pra Miami, tá aqui repetindo esse refrão e repassando essas mentiras pra curar seu tédio de realmente não ver o mundo pegando fogo.

Pergunte 'como', 'quando', 'quem', 'onde' e veja, nesses casos de leis, em sites do governo. Deixo aqui o link para o site da Câmara dos Deputados, onde tem o projeto protocolado do deputado - sem nada de licença-maternidade pra quem abortar. Cuidado, as pessoas se deixam levar coo se reportagens e postagens de internet ou televisão fossem forças da natureza. São pessoas que podem errar e nesse caso, são pessoas maldosas que só querem tumultuar. Pense só, se você acha que ele quer acabar com a família tradicional brasileira: Quem aqui está inventando mentiras adoidado pra difamar um deputado e quem tem propostas que não vão afetar ninguém além dos grupos contemplados? Tá feliz com as desigualdades sociais? Reflita? Opa, quer dizer: Reflita.


Fonte: Câmara dos Deputados
Boatos.Org
Jeanwyllys.com.br/verdadeoumentira

sábado, 16 de março de 2013

O Estado é laico e preconceito fede

É um absurdo - no sentido literal que - que um pseudo religioso se manifeste contra a camada da sociedade que ele está assumindo para defender. Isso, por si só, já é um método de intentos fascistas. Ou não dá a nítida visão de que mais à frente isso se estenderá a outras camadas? Só falta dizer que é pelo bem da nação. Estado laico é isso aí... A ideia - não praticada, diga-se - de que o país não tem um segmento religioso oficial, ou seja, mesmo sendo o país com maior população católica, isso não quer dizer que sejamos católicos, no papel.

Digo no papel porque na prática, os feriados "santos" todos são católicos, ou você vê seus amigos e familiares planejarem viagens de finais de semana prolongados em datas judaicas, afrodescendentes ou islâmicas? Não incluí os evangélicos nessa, porque as datas "católicas" abrangem um pouco sua temática, no que diz respeito ao natal, por exemplo. Enfim, o que esperar de um país que foi catequizado desde a invasão - que você pode chamar de descobrimento, vá lá - né? Mas, pra valer a constituição, não, não há religião oficial, pois não pode haver favorecimentos, como os que muitos políticos tentam, ao se candidatarem já com suas denominações, pra angariar votos.

Mas a questão aqui é mais profunda, pois, envolve a covardia de quem teve peito pra expor suas opiniões - coragem sim, mesmo que pra mostrar o pior da mente humana - mas incrivelmente não tem coragem pra assumir que é um falso nazista. Marcos Feliciano defende tudo o que Hitler e seus asseclas impuseram a meio mundo, sendo que nem ele nem o referido ditador fazem parte do biótipo idealizado. Já que, no fundo, a humanidade nasceu na África, todos somos descendentes amaldiçoados? De quem? Adão e Eva? Como foi a comilança entre família pra que não fossemos fruto de incestos bíblicos? Enfim, divaguei... a covardia de jogar sua oposição para que seus seguidores te defendam é uma podridão.

Muito fácil para o pseudo-religioso instigar uma "guerra santa" fazendo com que seus fiéis se enfureçam e roguem pragas para que Deus se vingue de seus difamadores. Mas explicar que esse povo que você acusa de te perseguir é na verdade quem está tentando manter alguma coerência com a voz da lógica e da razão você não quer, né? Então o cara demonstra um preconceito cruel para com negros, gays e católicos, por exemplo, mas quando é confrontado, se faz de vítima de perseguição religiosa. Fundamentalista. Quem serão seus próximos alvos, fascista? Mulheres? Deficientes? Idosos? Quem sabe?

Deputado Jean Wyllys esclarece que nunca foi uma questão religiosa, mas ideológica e política e o comentário de seu texto me chamou à atenção, pois, é pra onde o "coitadinho" do Feliciano tenta deturpar a situação. O Estado é laico. Não tem religião oficial, portanto, não há quem tenha o direito de usar sua crença íntima para determinar rumos do bem comum da sociedade, não importa a quantidade de adeptos.

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