Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Silvio Santos: Ditadura e Preconceito na Comunicação Brasileira


É inegável o tino comercial de Senor Abravanel, vulgo, Silvio Santos. Também é bem verdade que este texto não visa simplesmente ser um difamador de celebridades, mas algumas considerações nada lisonjeiras eu preciso fazer aqui sobre a participação dele em nossa sociedade, enquanto formador de opinião.

Primeiramente fora temer eu preciso fazer toda uma sala e estabelecer o cenário: Silvio Santos recentemente contratou “Marcão do Povo”, um desses apresentadorezinhos escalafobéticos discípulos dessa linha metida a cientista social que em vez de jornalismo, acha que representa alguma autoridade e fica gritando revoltinha contra o mundo-cão que eles mesmos massificam no subconsciente da população. Obviamente que o mundo é um lugar complicado e perigoso, mas deu pra sacar de que tipo de programa eu to falando, né?

Bem, acontece que o tal do apresentadorzinho chamou a cantora Ludmilla de ‘macaca’, em decorrência de noticiar aquele episódio da Kátia. Disse ele que era um maneirismo de dizer que era ‘pobre’ e todo aquele teatrinho que o racista usa pra ser racista, mas não ter coragem de assumir. A própria Record demitiu ele da afiliada depois do episódio e Silvão faz o quê? Contrata o cara. Sim, racista tem emprego na TVS(BT). E vou te dizer porque isso não me surpreende.

Silvão de boas curtindo com presidente Figueiredo

Além de a emissora do Baú ser uma tremenda casa da mãe Joana, onde quem decide tudo é o próprio dono, sem diretoria pra delegar funções, o jornalismo, o entretenimento, tudo isso é apenas mote pra manter suas vendas em alta (imagine agora uma daquelas imagens JEQUITI surgindo rapidamente na tela). Além disso tudo, Silvio já tinha defendido Raquel Sheherazade com a falsa defesa da ‘liberdade de expressão’ naquela ocasião em que ela apoiou o linchamento de um menor infrator por uma gangue de playboy de ficha corrida na polícia aqui no Rio de Janeiro.

Também é Silvio o responsável por contratar Danillo Gentilli, aquele pseudo-comediante que, a exemplo de Silvio, é só um bajulador preconceituoso. Sacou quando falei que Gentalha é ‘a exemplo‘ de Silvio? Pois é, a complicação que explica o atual cenário do SBT é que Silvio tinha amizades-fãs no alto escalão do governo Figueiredo (não perca o vídeo lá no final do texto) e ‘ganhou’ a concessão pra uma emissora onde, em São Paulo, operava a clássica TV Tupi (Canal 4-SP), tanto que a posição da antiga Tupi aqui no Rio (Canal 6) ficou com a família Bloch e se tornou a Rede Manchete. Note como o jornalismo, de maneira geral, é basicamente o mesmo nas emissoras. Note que eles não são críticos com quem não interessa e só falam o que o povo se acostumou a escutar como o certo. Note que eles não entram em polêmicas que não lhes convêm.

Ambas vieram com uma proposta simples, ser a pseudo-concorrência da Globo e fazer mais do mesmo. Você que não sabe, a Globo obtinha altas vantagens durante a ditadura pela parceria com o grupo Time-Life junto ao governo. Enquanto o governo apertava o pescoço da população e vendia barato o que é nosso pra gringolândia, a gringolêndia (leia-se os EUAses) ganhava um canal direto pra impor sua cultura diretamente nas mentes mais fracas. A TV não é uma força da natureza que brota de dentro do aparelho. É feito por pessoas com amizades próximas na política e essa classe rica vai vendendo o estilo de vida que eles acham melhor pra eles e o povo vai aceitando como quem segue o manual do bom cidadão escrito pelo próprio deus judaico-cristão.


Então, ficou essas décadas todas, desde 1980 e alguma coisa: A globo obtendo prestígio junto à classe política da ditadura, junto a parcerias gringas, se fazendo de talentosona e a concorrência acomodada, ali, mordendo sua fatia, coisa que você percebeu, com certeza. O que pode não ter percebido é que Silvio é tão grato à ditadura, que um dia eu assistia a um quadro seu de imitadores e um tiozinho foi de Presidente Figueiredo para repreensão de Silvão. Ele não via com bons olhos uma imitação a uma figura a quem ele tinha gratidão pela concessão de seu canal. Aliás, um de seus jurados lá nos primórdios de emissora era parente do então presidente militar Figueiredo.

A palavra concorrência nesse contexto é tipo futebol, não adianta brigar hoje porque amanhã o rival vira colega. E a comunicação no Brasil é comandada pelos mesmos poucos grupos. Veja só como os Marinho (globo), Abravanel (SBT), Civitá (Grupo Abril), Macedo (Record) e Saad (Band) participam do cenário midiático nacional. São poucos nomes para se comunicar com mais de 200 milhões de cidadãos. E considerando que a TV chega a mais de 95% da população, imagine o que acontece na comunicação em massa. Sim, dominação mental.


Nenhum deles pode dizer que é a favor do país ou que é patriota. Os patriotas que desejavam um país democrático e justo foram mortos ou exilados. Ou foram calados ou desacreditados. A TV Excelsior foi uma que teve portas fechadas porque sua cúpula era contra ditadura. Apoiou Kubstchek, Jango e todos eles foram limados do circuito. Quem era contra ditadura, morria, era expulso do país, preso ou tinha que se calar. Lembra da letra de Comportamento Geral, de Gonzaguinha? ‘Você deve aprender a baixar a cabeça e dizer sempre muito obrigado...’. Pois é.


Então, o que aprendemos hoje, crianças? Que Silvio Santos faz muito bem o papel de velho gagá, tiozão engraçado da festa, mas fez muito melhor seu papel de comerciante bem relacionado. Dizem que ele não apoiou a ditadura, mas se beneficiou dela... Tendo em vista as contratações que faz (Marcão, Gentili, Sheherazade, Mara ex-Maravilha...) só posso concluir que santo também não é. Note agora os que se destacaram muito e foram alçados ao status de reis por amizades nos lugares convenientes, mesmo que se fazendo de surdo para os gritos dos oprimidos... Pelé, Roberto Carlos e toda essa galera. 



Diga-me com quem andas e te direi quem és.    




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Estudante de medicina da Bahia denuncia machismo em material de cursinho


Uma estudante de medicina tem acesso ao material de estudo de um curso para formandos que buscam prestar o concurso de residência médica e se especializarem. Ao se deparar com o tal material, ela considera que o conteúdo da matéria de ginecologia e obstetrícia é extremamente sexista, associando características da saúde da mulher com comportamento libertino e até ilustrações indicando 'nojinho' de médico em relação a um problema de saúde na região íntima feminina.



A Deputada Fabíola Mansur, movimentou moção de repúdio ao material. Já o curso respondeu à estudante, Heloísa, que sua abordagem apelaria ao 'lúdico' e não acataria a "agenda do politicamente correto" e que não iria pedir desculpas pelo material, considerado ofensivo. Apenas iriam tomar cuidado pra não utilizar esses exemplos novamente, para evitar mais "mal entendidos".


O conteúdo foi considerado machista porque associa comportamento de mulheres a doenças e o modo como pessoas se relacionam - ou não - com elas em decorrência dessas condutas que levariam a doenças e reações de terceiros.



Fontes:





domingo, 5 de fevereiro de 2017

Marchinhas, brasileiros acomodados e o que é proibido é gostoso


Reparei que a principal queixa de quem não aceita o banimento de certas marchinhas carnavalescas preconceituosas é o simplório: "ah, mas eu aprendi pequeno e elas são tradicionais". Nem chega a uma camada mais profunda (UIA!) de questionar se não era pra já ter acontecido isso muito antes ou se vale o debate.

Nisso, a gente conclui que o problema da humanidade é ver e se acostumar e temer mudanças porque isso tira a pessoa do seu mundinho de pleno conhecimento, seu lugar comum, seguro. Admitir mudanças é abrir a mente a um novo pensamento, mesmo que dê merda e você acabe voltando, mas pelo menos se desafiou a conhecer novas visões.

Já ouvi de tudo, que preconceituoso é quem critica as letras (oi?!), que são tradicionais, portanto, inquestionáveis, que se for no carnaval, então vale até preconceito e até comparações com outras músicas, naquelas simplificações, tipo: Se 'O teu cabelo não nega' for machismo e racismo, então, Garota de Ipanema é um assédio porque elogia moça enquanto anda... Calma lá... Se Garota de Ipanema é assédio, eu não sei, mas é muito diferente de chamar um gay por uma apelido pejorativo ou dizer a uma mulher negra que dar uns pegas sem compromisso vale, desde que não se misture as cores.

Essas letras retratam uma realidade que ainda existe, só que hoje, os alvos dessas letras 'leves e bem humoradas' têm poder de resposta. Quem não se ofende com elas, ok, mas elas são deboches com tipos tidos como folclóricos, como o negro, o gay, o índio, etc. Nunca foi certo, mas antes, era padronizado que certos grupos podiam ser ofendidos. Não sei o que tem de tão carnavalesco um cara se vestir de mulher negra se fazendo de caricatura. E se você ri diante de uma mulher negra sambando, não sou eu que sou o chato, você é que tem problemas psico-neurológicos graves.

Muita gente traz isso na auto-estima, aliás e de tão conformista com a ofensa, nem se incomoda. Tipo cachorro que apanha, mas se mantém fiel ao dono. Você já viu folclorizarem e tratarem como exótico o branco de cabelo cortado e liso? Não, né? E já se perguntou porquê? Porque, simplesmente, vivemos num país colonizado por brancos e tudo que aprendemos socialmente, veio daquela etnia, daquela 'casta' européia.


Fica mais fácil entender que o branco tenha sido o invasor e também o dominante social. Se infiltraram nas mais diversas culturas pra dissolve-las e deixar sua marca, como em um gado. Não à toa, esses ricos deixaram herdeiros que até hoje compartilham a enorme riqueza que nós, a maioria, produzimos pra eles e isso inclui sistemas complexos como a comunicação de massa. Entende porque o protagonista da novela é branco em 99% das novelas?

Então, divaguei legal nessa, lembrando os velhos tempos do meu primeiro blog, só pra dizer que vale a pena tentar ver um sentido em vez de apenas reagir por reflexo, como quem esfrega o braço durante picada (UIA!²) de mosquito. Somos (ou deveríamos ser) racionais, então, raciocinemos.

E sabe o que eu reparei também? Essas marchinhas são muito famosas, mas nem de longe são as mais tocadas pelas pessoas que eu vejo reclamarem. É o lance que o brasileiro adora, de se é proibido, então eu quero, é mais gostoso. As marchinhas estavam lá, ninguém ligou. Disseram que serão banidas 'ah, qual é o problema com a letra? Vou cantar só por isso'. Aff... crescer todo mundo cresce, evoluir é que é o desafio, como diz uma música minha.



Vamos ver uns exemplos que os acomodados não querem enxergar porque, realmente, a maioria das pessoas apenas ouve a música, não percebe que músicas são textos e, como tal, precisam ter uma coerência fora da melodia, por mais que haja liberdades poéticas e artísticas. Até o Djavan segue uma lógica (toda própria, mas segue). Então, vamos ver trechinhos das letras:

"O teu cabelo não nega, mulata / porque és mulata na cor / mas como a cor não pega, mulata / mulata eu quero teu amor". Você repara no restante da letra e percebe que o autor (o clássico Lamartine Babo, dos hinos de futebol famosos) está nitidamente falando em dar uns pegas na pretinha, já que não vai rolar nada sério mesmo. E pra falar mulata, ou a musa inspiradora era preta e ele tem vergonha de dizer que gostou da preta, ou é daquelas pessoas negras de pele clara, tendo a etnia definida, não na cor, mas na textura de cabelos. Pura filosofia de patrão visitando a senzala pra se lambuzar e voltar pra casa grande.

"(...) será que ele é transviado / mas isso eu não sei se ele é / corta o cabelo dele / Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é (...)". Caras, sério que ninguém vê maldade nisso? Desde a escola que a gente via os gays sendo motivo de deboche. Andando isolados ou com os pouquíssimos que não se afastavam por medo de virar motivo pra chacota junto. E vejo muita gente dizendo que não tem maldade, mas faz comentários parecidos no dia a dia.

"Maria Sapatão / de dia é Maria / De noite é João / O sapatão está na moda / o mundo aplaudiu / é um barato, é um sucesso / dentro e fora do Brasil". Aparentemente, ela apenas constata o fato de mais pessoas saírem do armário a cada geração, mas repare na comparação 'sapatão/homem'. Um estereótipo ridículo, pois gera comentários como 'fulana é sapatão?! mas não parece, é tão bonita!'. Cria e reforça uma ideia de que por ser homossexual, a pessoa automaticamente se torna o sexo oposto. E como a feminilidade da mulher é quesito de escala de valor (mais delicada e frágil, mais conveniente pro homem machista), logo, a mulher masculinizada se torna alvo do ódio homofóbico e piadas de mesmo tom.

Não tem marchinha zoando o playboy hétero que adora futilidades e gasta a mesada do papi enchendo a cara nas casas de show badaladas, né? É tão inocente que só zoa aqueles que já apanham na vida real só por serem o que são? Repensa o seu preconceito antes de achar que não tem nenhum.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Túlio Maravilha mostra nudes e ganha veto na globo



Tulio Maravilha (aquele mesmo) causou uma situação constrangedora ao mostrar uma foto íntima para uma apresentadora do SporTV. A moça se queixou à direção e o ex-jogador-em-atividade foi vetado. E pelo que eu andei lendo, não só na Sportv, como na Globo.

O problema só aumenta quando ele emite um comunicado 'explicando' o que houve. Basicamente, diz que ele é assim mesmo, descontraído e só quis mostrar que desde seu ensaio fotográfico peladão, há uns 15 anos, pra cá, estaria bem melhor.

Bem, Tulio, sutileza nunca foi seu forte, né? Mas dizer que mostrar foto íntima assim, sem contexto a uma pessoa com quem sequer tem intimidade não é uma mera brincadeira, está mais pra assédio. E ainda mandou papo de que é bem casado. É tipo quem quer pagar de santo dando carteirada de religião.

E vamos combinar que essa desculpa de que é só levar na brincadeira que todo mundo fica feliz é tão ok quanto você xingar ou agredir alguém em forma de musiquinha ou piada. Quer passar batido sem críticas ou punições diante de um malfeito.

Que legal, né? Já vejo um assaltante chegar, levar o que você tem e falar 'aê, seu Tulio, leva na boa, eu tô só de onda pra ganhar uns trocados'. Vai rir junto com o bandido ou vai correr pra delegacia, Tutu?

Retratações são ótimas oportunidades pra se admitir um erro e demonstrar respeito às pessoas declarando seu arrependimento. Dizer que tudo é uma grande farra e que é pra parte ofendida deixar pra lá, só mostra o quão desrespeitoso o ato foi e continua sendo.

Se você substituir a exibição de uma foto da sua nudez por um agarrão, chupão ou sarrada que for, vai perceber que um ato ofensivo não precisa ser fisicamente violento pra agredir. Foi direcionado a uma mulher que não pediu por aquilo. Ela não quis e você jogou pra ela mesmo assim, sem permissão ou sinais de intenção.

Melhore na próxima, Túlio. Vacilou de/com força. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Marisa Letícia *1950 ┼2017


2 de fevereiro de 2017. Marisa Letícia se foi. Mas deixou um legado que é uma lição pra uma vida inteira... De origem humilde, descendente de italianos, décima filha de sitiantes, foi operária ainda adolescente e só deixou atividades profissionais quando se casou pela primeira vez, aos 19 anos. Enviuvou apenas seis meses depois, quando seu primeiro marido foi assassinado. Estava gestando seu primogênito, Marcos. Ao chegar ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo – SP, para obter um benefício deixado pelo marido, Marisa conheceu Lula, que trabalhava no Serviço de Assistência Social do sindicato. Quatro anos depois, em 1974, casaram-se.

 Marisa não foi o tipo de mulher que apenas fazia figuração colorida para mostrar ao povo uma imagem de comercial de margarina. Nem poderia, já que era estranho à grande população lidar com um líder popular operário e sua esposa não menos operária. E isso Marisa foi, uma operária da vida. Lula tinha nela seu porto seguro, ela esteve com ele desde o começo, quando produziu a primeira bandeira do PT com um pano vindo da Itália e andava por aí angariando assinaturas para a construção de um partido dos trabalhadores. Teve personalidade quando, em 1980, ainda sob domínios da ditadura, promoveu reuniões clandestinas em sua casa e protestos só de mulheres pelas prisões dos líderes sindicais (dentre os quais, Lula), chegando até a recusar a presença de homens. Essa é a força de uma mulher valente.

Esteve com Lula nas turbulências, nas derrotas ao longo de anos frente a um país que ainda relutava em aceitar um ex-metalúrgico como presidente, guiado por uma mídia tendenciosa que sempre vendeu beleza e elegância padronizadas em proporção igual à nocividade perante à população mais pobre. Também esteve com Lula nas vitórias. Era Lula lá na cadeira de presidente do Brasil e Marisa lá, ao seu lado. Sem alarde. Os que a conheceram de perto afirmam que era avessa a badalações, era de vestir a roupa que lhe agradasse sem olhar etiqueta e assim aparentava tanto quanto se falava. Uma mulher admirável. Longe de ser uma mera acompanhante, Marisa Letícia era uma assessora de Lula, a mais próxima, e porque não ousar dizer, a mais confiável.

Em decorrência dessa vitória mais estrondosa, em 2002, Marisa se tornou Primeira-Dama e esteve com Lula quando elegemos um presidente operário, ouvimos desconfianças saindo até dos ralos de esgotos das cidades, mas vimos o miserável deixar a miséria, o negro e o pobre acessando estudos e tecnologias até há alguns anos inimagináveis de se obter. Qual não deve ter sido a força dessa mulher quando surgiam piadas e deboches e até acusações nunca comprovadas sobre Lula. Para nós, é o Lula, o presidente de ações de melhorias sociais, de apelo popular. Para ela, era Lula, o companheiro de uma vida, o marido, pai de seus filhos. Enfim, dívidas históricas foram muito amenizadas.  

Além do ‘carro-chefe’ Lula, Marisa era a figura doce ao lado do marido quando escândalos de comprovação duvidosa tentavam associá-lo de toda forma, sem nunca ter visto comprovações. A sociedade melhorou no tempo que Marisa Letícia foi Primeira-Dama. Nunca movimentos sociais avançaram tanto.

Perdemos, em meio a um momento maldosamente atribulado de nossa sociedade, uma – perdão pelo clichê, mas é o mais adequado – grande guerreira do povo. Por isso, é com profundo pesar, e muito apoio à família Lula da Silva, que a UNEGRO presta essa homenagem à Marisa Letícia. 

Vá em paz, Marisa Letícia.

Força, Lula!


Jornalista Fernando Sagatiba – Comissão de Comunicação da Unegro

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Top 6,5: Grandes momentos de Quico (Chaves)



A jornalista Keila Jimenez noticiou que Carlos Villagrán aposentaria seu personagem mais famoso - e meu preferido, Quase-Nada Quico. Confesso que isso me causou um turbilhão de emoções nostálgicas e confusas. Bme, é que sempre afeta o psicológico quando um ícone da infância de desmistifica, por outro lado, ele tá bem coroa, o que compromete a credibilidade do personagem. Aliás, esse teria sido o argumento, segundo matéria do Blog da Keila, que o 'filho' de Villagrán teria anunciado em nome do 'pai'.



Mas, na verdade, tudo não passou de uma mentira, dessas de internet, tipo as que eu já desmascarei aqui mesmo sobre as mortes do Garoto-Bombril, Roberta Miranda e Sidney Magal. Bem, a notícia foi desmentida e transmitida no portal UOL (onde também havia saído a nota falsa antes) e, segundo o próprio ator, seu SOBRINHO é um vacilão que nem mesmo tem a permissão do tio pra usar o sobrenome estrelado. Enfim, a notícia e o desdobramento não rendem um meme furado, então, vou elencar aqui alguns momentos que eu acho legais protagonizados - ou provocados - pelo 'mocorongo almofadinha' das 'bochechas de buldogue velho'.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggcL3WTZA_QgtuE-01HL88w7Eb-z52wttBYWImxkkD8CrqBUy3d2Fu2uze-aImqvqt8-u-p64PjubskhzASBCVcz-BFddrpA-5-R6BYIIp9W3zAvDnAVlnRoJZw9Ap8P4iHDqkeK54GUk/s1600/Quico+2.gif


Tenra Idade

É aquele episódio em que Paty chega à vila com sua tia (Paraíso Glória) e deixa os meninos galudões. Num momento meio raro na série, o personagem representa a ironia de ser interpretado por um adulto e explica porque ele teria se 'emocionado' ao ser beijado por uma menina que gostava.



Mamãe Querida

Depois de muito ser interrompido (confesso, na primeira, vez que quase desisti de assistir pela enrolação), finalmente, Quico iria recitar o tal do poema em homenagem às mães... Aí, dá nisso:




Seu Madruga está jogando beisebol

Quico vê que Seu Madruga está trabalhando de sapateiro e vai perguntar o óbvio, ao que o irônico vizinho discorda, alegar estar 'jogando beisebol'. Daí, na sequência, diante da insistência infame do menino mimado em comparar batidas de martelo a tacadas de beisebol, Seu Madruga lança a bolinha do garoto longe tentando falar HOME-RUN, mas saindo outra coisa hilária.


E o mais legal é que virou uma piada recorrente com o Quico passando e falando ironicamente que o vizinho estava mesmo jogando beisebol, quando perguntado pelo Sr. Barriga.




já, já me picou também

Esse é meu preferido! Tinha uma comunidade no orkut com esse nome e essa foto. Bem, Quico leva um pote contendo um escorpião pra casa e no susto, Dona Florinda derruba uma caixinha de alfinetes pela casa. Todos vão pensando ter sido o escorpião, supostamente, saído de dentro do frasco atacando a todos...



Quico dançando funk

Essa aqui, claro, é uma montagem braba, mas baseada num episódio real, mas não de Chaves, e sim do programa que Villagrán e Ramon Valdez estrelaram quando saíram do programa de Roberto Bolaños (lembra dos episódios sem eles no Chaves? Tipo, o restaurante da Dona Florinda e tals? Então...). Vamos misturar logo dos campeões de audiência do SBT dos anos '90 num lance só: Com vocês, Quiko (bem, neste caso, Kiko) dançando a montagem do Pica-Pau.



A triste notícia é que Villagrán não encerrou a carreira, mas vai divulgar um filme com Danilo Gentilli (eu sei, RIP). Em todo caso, sempre achei mais engraçado o fato de Villagrán ser parecido com Jorge Roberto Silveira, o eterno prefeito de Niterói-RJ.




Mas pra terminar essa nota inútil com alto astral, lembra que eu mencionei Paty e seu efeito emocional nos meninos? Pois bem...


Rosita Bouchot, a primeira Paty, daquele episódio piloto com as tortas na cara da vizinha nova.




segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Gorda não pode transar?



Nimarah Lima virou o viral da última semana com sua postagem sobre a própria intimidade. Não vou discutir se é legal ou não a pessoa expor a própria intimidade com tanta riqueza de detalhes, mas não deixa de ter um lado bom e importantíssimo. Além de reforçar a máxima 'ela tem o direito de fazer o que quiser'. Tá te ofendendo a transa dela?

Vejamos, Nimarah postou num grupo a tal foto com a descrição do momento íntimo que viveu ali naquele motel, achando que seu rosto seria parcialmente coberto por imagens de um daqueles apps de manipulação de imagens. Não rolou e a coisa foi de cara limpa mesmo. Dane-se se ela deveria ter se preservado, a questão aqui é outra: Muita gente que compartilhou, o fez com aquele ar de 'olha, a gordinha tarada falando sacanagem' e sabemos que isso tem o tom de deboche que ridiculariza a pessoa. Como o negro que ouve risadas ao dizer que cuida dos cabelos (porque cabelos crespos não têm o direito de serem tratados como cabelo de gente), Nimarah tem sido alvo de ofensas e tem até levado denúncias para a polícia. Tem mais é que fazer sim. Pra ser exemplo de reação! Por exemplo, a modelo plus-size, Fluvia Lacerda, foi anunciada com pompa como capa da playboy (é, minúsculo por despeito), mas a revista avisou que é só uma versão para colecionador, no site, na banca mesmo, vai vir a modelo 'tradicionalmente' magra, Gabriela Rippi. Tipo, valeu pelo desserviço, play, reforce a ideia de que a gorda é legal, mas pra mostrar pra família tem que ser a magra. Parabéns, campeões!


Fluvia, a gordinha só de busto.



Gabriela, a magrinha de corpo inteiro





















Mas, voltando... Aliás, vamos além! Claro, seria engraçado se qualquer pessoa falasse o que ela falou, mas o que incomoda é o julgamento da sociedade pelo fato de ser uma mulher gorda expondo sua intimidade. É o mesmo deboche de quando um gay se mostra valentão pra se defender ou quando um magrinho enfrenta um brutamontes, ou mesmo quando mostram - muito em filmes e comerciais - quando o nerd conquista a bonitona... é aquela risada de ver cachorro fazendo truque, bebês em poses de adultos e essa palhaçada. Debocham como se fosse motivo de piada uma mulher gorda demonstrar gostar muito de sexo. Gente, e ser julgado pelo que se é é tão ruim que tem gente que desenvolve até problema psicológico. Aliás, se eu tô num grupo que alguém compartilha pra fora uma postagem minha assim, é papo de sair desfazendo amizades a rodo.


Se fosse magra já seria alvo de julgamentos por que mulher não pode demonstrar prazer no sexo sem ser chamada de vadia, mas quando é uma mulher, preta, gorda, aí as pessoas caem esculachando. É o que eu sempre falo: Pessoas fracas de cabeça, defendem tanto os padrões da capa da revista e da novela que quando olha pra vida real, fica achando que aqui é que é o errado. Eu, particularmente, conheço muito mais Nimarahs do que Giselesis Bundchensis, seria justo eu achar que Gisele pode transar e Nimarah só pode ficar ali no canto fazendo piada, de preferência, com o próprio peso? Tem cabimento ela ser uma caricatura de si mesma na vida real e só a magrinha ir lá e descabelar o palhaço? Pra mim não. Que todo mundo tenha o direito de transar e gozar em paz.

Aliás, se estivessem transando, esses julgadores de última hora não teriam tempo pra falar da vida alheia. Se você não transa, não destranse os transantes. Rá!

Fonte: Extra Online

Playboy: Mulher gorda na capa? Quase...





Lá vou eu falar de playboy de novo. Andei atento a um rebuliço moderado sobre a playboy anunciar que traria em um ensaio fotográfico a modelo plus-size, Fluvia Lacerda. Sim, uma gorda posando nua numa das mais famosas revistas 'masculinas' do mundo. Parece tudo muito bonitinho, mas não é. Digo logo, assim, de cara.

A questão é que a playboy anunciou uma mulher gorda, pagou de representativa, mas a capa mesmo, nas bancas, vai ser essa aqui, ó.


Sim, uma mulher nos moldes que a mídia empurra há 987.654.321 anos como o modelo ideal de beleza estética. Mesmo que vejamos muito mais Fluvias nas ruas, bares, empresas de telemarketing, mercados, etc. A tal da capa revolucionária com a moça de medidas não tradicionais (nem por isso deixa de ser bonita, óbvio) é só online, pra colecionador que acessar o site lá, com senha e todo aquele badulaque protocolar de assinante.

Qual é a lição que tiramos daí? Que a mulher gorda serve pra sua conveniência de momento, mas é a magra que você exibe e anda de mãos dadas. Na hora de pagar de simpática, a playboy (minúsculo mesmo) se faz de benfeitora, mas pra vender na banca, ambiente mais tradicional da revista, aí, é a magra. Mas isso nos leva a uma questão: Se Fluvia é a atração, não deveria ser a capa oficial? Digo porque enquanto colecionador de quadrinhos, a prática comum que a gente conhece é a das capas variantes. Mas tem a oficial!


Tipo, não tem como Fluvia estar na banca não, playboy? Eu mesmo já respondo: Provavelmente não, já que a playboy é uma publicação mensal há uns 40 anos no Brasil e nessas décadas todas, só exibiu 10 negras em capas. Isso pra dar um exemplo, pois não sei de estatísticas pra pessoas obesas, mas em se tratando de negros, somos maioria da população. 10 negras em 40 anos já seria pouco até se a revista só saísse uma vez por ano, imagina mensalmente. São quase 500 revistas. A mais recente, Pathy Dejesus, foi capa da edição de aniversário. A primeira estampada por uma negra. Só agora.

Mas voltando ao caso de Fluvia. A playboy tentou ser revolucionária e nessa atitude só ratificou ser a mesma reacionária de sempre, com seus padrões babacas. Quando é pra ser assim ,melhor que nem fizesse alarde nenhum. Quando a intenção é boa, a coisa acontece naturalmente, mas quando é apenas pra chamar atenção e vender uns números a mais... transparece o interesse comercial em cima de um assunto do momento.

Fonte: Blog do Alvaro Leme

domingo, 25 de dezembro de 2016

Divagações Natalinas e até Jesus


 Tão certo, nesta época do ano, quanto as lojas e rádios comunitárias tocarem aqueles malditos solos natalinos no cavaquinho, é aquela minha visão: O natal é o nascimento de jesus (pasmem, não é do papai noel!), mas o nosso calendário é o gregoriano, ou seja, aquele determinado pra contar o seu início a partir do nascimento de jesus... e o que tem?

Bem, se o nascimento de cristo é o primeiro dia do nosso calendário - de onde temos a conta, até o momento, de 2016 anos desde o nascimento do messias - logo... porque comemoramos exatamente o nascimento dele em 25 de dezembro? Das duas, uma: Ou jesus nasceu no final do ano e a gente tá contando o dia errado, ou ele nasceu em 1º de janeiro, a gente tá contando certo, mas, de repente, José só registrou o deus-menino no final do ano. Sei lá, tradição local e aquelas coisas de Belém, pode ter sido por causa do 13º...

Jesus era judeu. E esses manipuladores reacionários político-ideológicos que pagam de líderes religiosos? Pregam tanto o adorar, o seguir, o obedecer, o crer... mas é tudo pra suprir falta de auto-estima. O praticar o bem, comungar com os irmãos e repartir com os pobres, eles condenam como comunismo e ainda julgam como atos 'esquerdopatas' e vão acumulando riquezas e anunciando suas proezas religiosísticas no alto-falante, esquecendo que humildade não se anuncia pra contar vantagem.



Querem mesmo é dominação mental e poder político. Jesus mesmo, eles pegaram pra cristo como arma de manipulação do tipo 'ou me obedece, ou esse ser humano igual a você, que finge eu tem o zap particular de deus, vai te condenar ao inferno'. E tem gente que vai, nessa relação 'obediência/recompensa' por temer a relação 'questionar/castigo'. Sim, também há os interesseiros que visam benefícios de seu grupo social, como aquelas trocas de favorecimentos, mas a grande verdade é que o povo tem necessidade de pertencimento.

Aquela coisa: Se quisessem tanto assim ser um povo tão diferente a ponto de dizer que nós somos ‘do mundo’ e eles são os queridinhos, fariam tudo novo pra se diferenciar e não pegariam o que está no mundo pra colocar o complemento ‘de jesus/cristo’ ou ‘gospel’ e achar que tá tudo beleza. Isso é a mesma coisa que pegar um objeto de alguém, colocar um adesivo com seu nome e achar que isso é seu agora. Não. Admita que você adoraria estar naquela zueira, mas teme o julgamento alheio.

No mais, feliz natal e que o coelhinho da páscoa te traga muitos ovos de bacalhau em seu trenó de chocolate! Bjks!

Ah, e quando forem colocar o complemento ‘de jesus’ pra me impressionar, coloquem essa aqui, ó: 



Pathy Dejesus. Atriz, modelo, DJ e repórter.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Por que ‘X-Men’ falhou terrivelmente com a humanidade?



Bem, pro título não ficar muito comprido, explico que estou me referindo ao universo cinematográfico e não à equipe de mutantes em geral, muito menos especificamente no material-fonte, ou seja, HQs. E, sim, sei que ficou um titulozinho safado, dando a entender que eu falaria até, quem sabe, do aspecto fictício de alguma aventura específica. Ou não, sei lá.

Aliás, se quiserem saber mais sobre o que eu acho dos mutantes dos quadrinhos, já falei do fantástico arco Deus Ama, O Homem Mata (Conflitode Uma Raça), onde William Stryker quer provar que mutantes não são humanos e sim, aberrações ameaçadoras enquanto ele mesmo defende essa monstruosidade de preconceito, já citei as linhas gerais da criação do núcleo mutante diante das causas sociais de grupos discriminados, e até num texto antigão, de 2009, quando eu ainda assinava Fernando Garcia (de onde vem o nome desse infame, porém honesto blog - Rá!), sobre o que se perdeu com o tempo na série (e suas milhares de revistas banalizadoras de causas). Mas, vamos à questÃ.



No cinema a questão mutante fica muito restrita apenas ao fato de os personagens serem mutantes, não dando muita profundidade às analogias que a série faz nos quadrinhos, como homossexualidade, antissemitismo, racismo, etc. Um lampejo de profundidade, vemos algo que se aproxima dos quadrinhos quando Wolverine, Vampira, Homem de Gelo e Pyro (UIA!) conversam com os pais de Bobby e sua mãe reage como se o filho estivesse saindo do armário (“Filho, já tentou não ser isso?”). Até que a cena é maneira, nada pesada, mas um tanto intensa, o que compensa – quase – o primeiro filme, onde Magneto tem um verdadeiro plano Power Rangers de transformar todos em mutantes pra que não discriminem mais uns aos outros... Sério? É algum vilãozinho das Três Espiãs Demais?

Além de a humanidade acabar inventando outro motivo pra discriminar, onde esse plano retrata a luta diária contra discriminações? Se Magneto fosse real, ele ia transformar todo mundo em judeu? Em gay? Enfim, to me fazendo entender? Não se luta pra tornar o outro em semelhantes, se luta pra que haja respeito ao diferente, catzo! Nisso, os filmes falham, já que focam demais no Wolverine e aquele passado escroto – que já desvendaram, mas eu gostava quando era só um mistério de um cara esquisitão. Aliás, se o primeiro bota Magneto como o vilão da semana e o segundo é um revezamento de explosões, com outra vez, Xavier sendo posto fora de combate e, outra vez, Wolverine lutando pra descobrir seu passado. E no 3º filme então, são só cenas de ação, diálogos estranhos e outra vez Xavier fora de combate e outra vez, Wolvie sendo o Charles Bronson com garras.



Nada muito representativo se lembrarmos que X-Men foram criados na década de 1960 e Magneto com Xavier representam Malcolm X e Martin Luther King Jr, na luta pelos direitos civis dos negros nos EUAses daquele tempo. Enquanto Magnus/Malcolm tem a visão radical de que estamos em guerra e precisamos defender os nossos como for, Xavier/Luther King prega a harmonia entre as raças diferentes num mundo de paz. Ok, num primeiro momento, os quadrinhos vacilaram trazendo apenas jovens brancos estadunidenses entre os protagonistas, ou seja, mutante pode, mas nada muito ‘étnico’ (o que foi melhorado na segunda formação com integrantes de vários países do mundo, mas não é sobre gibi aqui).

Nos primeiros filmes, apenas Tempestade é preta, e é a Hale Berry, então, seria como ver uma novela com uma negra só sendo a Taís Araújo, saca? Não é desafio à diversidade quando o nome já vem brilhando. Aliás, muito pouco se diversificou. Aí, veio o reboot, que na verdade, virou prequel – e que teve seu próprio prequel na continuação (hein?!) – Primeira Classe. Tinha um negro no elenco principal. E adivinha só? Não só foi o primeiro a morrer, como foi o único! Parabéns, jovens diversificadores! Vocês criam uma franquia cinematográfica para uma série que representa lutas sociais de aceitação contra a discriminação e o único preto morre antes que a verdadeira aventura comece.

X-Men - Dias de um futuro esquecido


Tá, tenho dois adendos, você, se assistiu atentamente feito eu, notou que tem outra pessoa negra ali, mas além de se encaixar no exemplo ‘Taís Araújo’ (pois é filha de Lenny Kravtz com Lisa Bonet), ainda se bandeia pro lado do vilão. A outra questão é que o personagem morto tem o codinome de Darwin, porque seu poder é se adaptar para sobreviver. Tipo, cria guelras se estiver embaixo d’água, tem a pele de pedra ou metal para suportar temperaturas muito altas, etc... Aí, o que acontece... Ele explode com uma ‘bomba’ implantada pelo vilão na sua boca... Tipo... Cara, nenhum poder dele poderia cuspir a energia fora ou ficar altamente resistente a uma explosão?


Enfim, X-Men, do diretor Bryan Singer falha terrivelmente no que diz respeito a grupos excluídos socialmente. Na verdade, pelo fato de o diretor ser gay assumido, pesa ainda mais, já que seria o primeiro a saber como é isso bem na pele. Juro que até gosto da franquia, mas essa deturpação de valores me incomoda. Nem a troca de trajes individuais e coloridos (o que reforça, nos quadrinhos, as identidades próprias e características de cada um) por genéricos casacos de motoqueiro me importariam tanto se o roteiro tivesse uma linha mais simples de ‘temidos e odiados pelo mundo que juraram proteger’. E ainda dava pra colocar ótimas sequências de ação e humor, afinal, foi isso que tornou os personagens queridos nas HQs: Um novelão com aventura, romance e humor, no melhor estilo ‘essas feras vão aprontar as maiores confusões no maior clima de azaração’, da Sessão da Tarde. Rá!

X-Men - Apocalipse


Ps.: Tentaram esboçar um arrobo de diversidade no Dias de Um Futuro Esquecido com Tempestade e Bishop negros, a Blink chinesa, além do Apache (nativo estadunidense) e Mancha Solar (que é brasileiro e preto, ou deveria, tendo sido criado assim no gibi)... Mas a grande verdade é uma só: Tem mais personagens azuis do que negros. Tipo Maurício de Souza que tem mais personagens animais antropomórficos do que negros.



Ps²,: Sim, eu notei que Alexandra Shipp (sempre linda) é negra e apareceu nesse mais recente Apocalipse, mas aí, no máximo, voltaram ao status quo 'Taís Araújo', tipo, tem uma negra de novo, ela é a Tempestade.  

Bryan Singer, o diretor.


O X-man Darwin virou até piada na web, como o que tem o grandioso poder de se adaptar pra sobreviver e é o único que morre. Na dúvida, morre o preto. Repare em outros tantos filmes que quando não é o preto é o latino, é o japonês... enfim, o recado deles é nítido, né?


"Se adapta para sobreviver a qualquer coisa... único x-man que morre"



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