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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Jennifer Aniston, conversa com a Tânia Mara, fia

Dia 6 de agosto, a cantora Tânia Mara (quem?), esposa do diretor global e cinematográfico Jayme Monjardim (aaaah!) deu (UIA!) uma declaração polêmica... polêmica? Nhá, vamos parar de banalizar o termo, antes de mais nada, porque polêmico é algo que divide opiniões e não dá pra traçar um padrão de certo e errado (como a legalização do aborto ou da maconha, que falo em outra hora). Voltando, a declaração da jovem é, no máximo, estourando, impensada. E eu explico por quê.
Ela disse, à revista Caras (que não é referência pra debates sérios, mas vá lá, calhou de ser nessa oportunidade):

A mulher não pode nascer, viver na terra, sem gerar uma (criança). Acho absurdo quando algumas falam que não querem engravidar, que não nasceram para ser mãe. Não sabem o que estão perdendo. Estão perdendo a verdadeira vida”.

Marido e filha de Tânia.

Que pérola pesada, hein?! Bem, nessa aí, ela já discriminou as mulheres que não podem ter filhos por questões biológicas (impossibilidades genéticas, acidentes, doenças ou cirurgias vitais) e as que, por amargos da vida, não tenham encontrado a oportunidade de gerar sua própria criança. Será que mães adotivas e ‘do coração/de criação’ não contam pra ela? Putz, Tânia, essa sua definição de ‘mulher-só-vale-casada-e-com-filho-do-próprio-ventre’ é muito excludente, cara! Faz umas emendas aí, umas medidas provisórias, sei lá... Esse clube fica muito restrito com essa definição quadrada e fechada. Fiscal de úteros agora, jovem?


Ah, vale lembrar que muitas mulheres optam por não ter filhos por saberem que não têm o tal instinto materno, coisa que muita cabeça teleguiada não admite e tem filhinhos pra abandonar na lixeira, nos rios, hospitais, sem falar em abortos bizarros nas mãos de açougueiros. Também há as mulheres que não geram filhos por consciência financeira, sabem que seu orçamento pode não dar a vida confortável para a família, então adiam suas intenções familiares. Planejamento, amiga, é muito válido quando seu companheiro (no caso de ter um) não é um famoso profissional da comunicação e entretenimento, além de herdeiro de uma famosa cantora e um milionário quatrocentão. Tem gente que não acerta na loteca, chuchu.

E, pensando que a nossa fiscal de útero da família brasileira possa apenas ter se expressado mal, vamos mudar a estrela da vez pra responder a declaração tchubiruba da irmã de Rafael Almeida (quem?), o ex-pianista mudo daquela novela (hein?!). A madrasta do Jayme Matarazzo precisa levar um lero com uma conhecida nossa: Rachel.

Irmão de Tânia.
Enteado de Tânia.

Jennifer Aniston deu (UIA!²) uma entrevista a Carson Dale, no programa The Today Show e falou o que eu mesmo falaria, por ideologia, mas, vindo de uma mulher, pra mim, isso é muito mais válido, agrega mais à causa. A questão surgiu após uma foto da eterna Rachel de Friends, onde ela aparecia com uma barriguinha fora do padrão ‘chapada-pra-dentro-anoréxica’, logo gerando fofoquinhas sobre uma suposta gravidez, lembrando que a atriz é noiva do ator Justin Theroux desde 2011. Sendo assim, ela só precisou um UMA frase pra colocar esse tipo de fiscalização do juízo de valor opressivo sobre a mulher em nossa sociedade no seu devido lugar: No ‘não-é-da-sua-conta’, perto do ‘Deus deu uma vida pra cada um, não gostou compra um gato’.

Jennifer Aniston na premiere de

Bem a frase é tão legal, mas tão legal, que vou pedir licença pra repetir a frase inicial, da cantora nora da Maysa pra te contextualizar melhor, ok? Lá vai:

Tânia Mara: “A mulher não pode nascer, viver na terra, sem gerar uma (criança). Acho absurdo quando algumas falam que não querem engravidar, que não nasceram para ser mãe. Não sabem o que estão perdendo. Estão perdendo a verdadeira vida”.


Jennifer Aniston: “Eu não tenho esse tipo de urgência de coisa a ser feita e isso não significa que falhei em algo no meu feminismo. Eu tenho o meu valor como mulher, independente disso”.

Nem todo mundo precisa seguir o manual da boa mulher obediente, Tânia, algumas têm seus próprios planos e não sua vida. Fique feliz pela SUA família, SUA maternidade, mas não torne público um pensamento que é seu - e da sociedade programada, em geral, reconheço - mas na vida de cada um, a gente de fora é só figuração, ok?

Fonte: Extra. e Extra.
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