Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Eu odeio rodeio!


Sim, é verdade. Eu sei que eu tinha tudo pra adorar ver uns vaqueiros agarrados nas costas (UIA!) de touros e cavalos, ainda mais sabendo que aqueles animais saltam bastante com as bolas amarradas de forma que gere desconforto o suficiente para fazer o show do bando de intelectuais na platéia acontecer.

Já ouvi gente dizendo que os bichos pulariam de qualquer jeito, as “amarras” são só pra potencializar. Claro, aí você me diz o nome de UMA, só uma égua ou vaca utilizada nesses bárbar... simpáticos eventos. Oras, acho que uma vaquinha na TPM daria um belíssimo desafio aos peões.

Pegando carona no gancho que fiz no parágrafo anterior sobre o que faz o show acontecer, devo concluir, então, que, na verdade, as estrelas do espetáculo são os animais. Claro, há palhaços (em mais lugares do que só na arena), aqueles manés... distintos mancebos que incitam (mais) agressividade nos animais (devidamente(!) amarrados) pouco antes de saírem das baias e mais gente por ali. Mas se faltar peão – quando o mesmo cai no chão, por exemplo – o touro ainda é atraído pelos palhacinhos (odeio palhaços mais ainda ali), o peão está aonde? Na chón!!!

Bem, parece-me um argumento claro e justo. O touro é amarrado bem nos documentos e promove o delírio dos espectadores. Mas, assim como nas touradas, ali eu torço para as estrelas, os astros, os que mandam soltar e mandam prender: Animais. Ver peõezinhos arremessados, pisoteados ou em qualquer situação indigna me diverte. Calma lá, também não sou cruel (tá, mentirinha – hahahaha). Não sou tão cruel assim. Na verdade, na verdade, eu prefiro ver as situações mais vexatórias possíveis. Morte mesmo não me atrai ali, mas uma chifrada bem no fiofó de um daqueles caras melhoram meu humor num sonolento dia de ressaca, por exemplo.

O ser humano é sádico. Touros não se postam em arenas para chifrar homenzinhos de bagos amarrados.

Sem mais a dizer quanto a isso.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O B.O.P.E. é POP


Tropa de elite é um fenômeno do cinema nacional muuuuito antes da estréia, por causa da pirataria e todo mundo sabe. As frases de efeito viraram bordões que só grandes filmes conseguem. Acho que as pessoas formam uma espécie de aliança, irmandade ou outro tipo de reunião em que, você, falando tais frases, passa a fazer parte de um seleto (ou coisa que o valha) grupo.

Não vou fazer resenha do filme, nem coisa desse tipo (embora tenha a opinião de que é um ótimo filme com alguns pontos que até deixam a desejar, mas nem chegam perto dos acertos em quantidade tão superior que seria incomensurável). O que me trás aqui (fora o fato de ser o criador, revisor, editor, escritor e DONO do blog – hehehehehehehe) são as críticas que andei vendo (e ouvindo) por aí sobre a película.

Pois bem, vi críticas à narrativa do filme, as ações do Batalhão de operações policiais especiais (O B.O.P.E., porra!) seriam destoantes da realidade e impróprias, até mesmo repudiadas. Vi falarem que parece um grupo de super heróis (Fanboys recalcados que o diga) e outras coisas.

O que me incomodou mesmo foram críticas ao comportamento do Capitão Nascimento (Wagner Moura), que se tornou um ícone da cultura pop atualmente, com suas atitudes e opiniões um pouco não-ortodóxas.

Primeiro, o filme não é um documentário, ou seja, não tem que ser um retrato fiel da realidade. Frases de efeito também ocorrem em filmes do Bruce Willis e outros picões à prova de balas estadunidenses e ninguém condena a violência exacerbada ou condutas impróprias. Outro ponto é, vi num blog net afora, que a fama do Capitão-fodão-anti-herói ganhou mais destaque do que o filme e que José Padilha (O diretor que, se tiver alguma parente chamada Maria, deve ser espírita – ehiuhuiaheiuahe) não teria conseguido mostrar o que queria.

Só um ser muito distraído para não ver que o personagem de “TROPA” é o protagonista e Capitão da equipe que dá nome ao filme. A fama é mais do que natural e merecida. Muitos pontos para as atuações no filme.

FGarcia não se corrompe, não se omite e não vai pra guerra.
FGarcia é um fanfarrão.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Traduções e as bizarrices.


Ah, as traduções são mesmo supimpinhas, não? Almas abnegadas dedicam suas vidas ao ofício de trazer até nós as mais diversas mensagens vindas de todas as partes do mundo no NOSSO idioma.

Até eu obter o mínimo conhecimento de Inglês (e um pouco de outros idiomas) confesso que eu era totalmente crédulo nas traduções feitas (cara, acho que a palavra traduções até merecia umas aspas). Lembro-me de ser bem jovem (ainda sou, heim!) e ver a nossa amada rede globo (déficit de aspas aqui também) anunciar um filme com Macaulay Culkin (a criancinha prodígio da vez na época) chamado: Meu primeiro amor.

Fiquei feliz. Feliz porque novamente eu teria a oportunidade de ver um filme no meu idioma sem ter que boiar feito vitória régia na lagoa durante as falas. Começou a sessão e, em português, uma voz fala melosamente “Meu primeiro amor” enquanto a tela com o título original mostrava “My girl” e, se eu não me engano até aquela famosa música do Temptation tocava na bodega. Mas, heim?!? Como “My girl” virou “Meu primeiro amor” ? Talvez por que fosse a relação entre as crianças e da visão do loirinho estrela? Citando Lex Luthor/Kevin Spacey: WROOOOOOOOOOOOOONG !!!! Errado. Nada disso, gafanhoto.

Considerando que esse filme tem quase a idade da atual constituição nacional, vou contar o que acontece mas, NÃO É SPOILER (Informações que tiram surpresas de filmes). O negócio do filme é o relacionamento da menina, obcecada pela morte com seu pai, e o menino é seu melhor amigo (Aliás, surreal o garotinho morrer na metade do filme atacado por abelhas – Cara, mataram o “esqueceram de mim” na metade do filme!!! Ahehaeha).

O beijo que rolou entre as crianças no anúncio? Bullshit! Foi um momento tão sem contribuição na história (Além de muita safadeza anunciar o filme como do menino de ouro do momento pra atrair público)!

Entre outras safadezas? Acapulco virou Guarujá naquela famosa seqüência em que a galera do Chaves viaja para um luxuoso hotel. Olha, aceito que traduções não possam sempre ser feitas exatamente ao pé da letra (muitas se tornam bizarras justamente por isso) e algumas alterações são necessárias, mas calma lá!

E eu já vi dubladores/defensores da dublagem (que particularmente, odeio) alegarem que é pela nossa língua, que dubladores são, na verdade, atores e nhém,nhém,nhém... Eu respeito, e muito, dubladores, quem não saca nada de outros idiomas tem neles a chance de entender os textos, mas os que me irritam são aqueles que, além de parecerem meros leitores das falas sem emoção, tentam modificar até o jeito de falar dos personagens... É triste, saca? O Ross de Friends não fala daquele jeito afetado e a maioria, sim, daqueles que se auto-alegam atores, usa sempre o mesmo jeito de falar pra personagens diversos... Se fechar os olhos, você pensa que Bruce Willis é Dustin Hoffman, por exemplo! aehaiuehiauheiauheaiu

Faz lembrar que a família Dinossauros era, na verdade Sinclair e que um tempo (muito) atrás Peter Parker era Pedro Prado...Aff... Um maluco no pedaço, na verdade é Fresh Prince of Bel Air (Will Smith sabe disso?); Full house virou Três é demais (Cuma? A casa era cheia de gente com vários protagonistas!), Elas e eu é, na realidade, All of us...iiiiixi....por aí vai.

Num vale reclamar depois que eles acham que somos índios mulatos à beira da praia na amazônia, capital Buenos Aires curtindo samba no alto de morros, favelas e palafitas !!!
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