Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Marolinha de M...


Casos de corrupção política como o do Arruda me fazem pensar “Política DEM... quer dizer de M... Sacou o trocadilho?
Já que o lance deste post é política – e eu prometo não me estender - vamos ao assunto do dia por aqui:

Presidente Lula diz que o importante é tirar o povo da ‘merda’ independente de rivalidades políticas.

Primeiro pensamento que me veio à mente: Lula fala ‘merda’. Interprete como você quiser.

Só uma pequena divagação... Se o mesmo cara diz (num outro contexto, admito) que o que vai nos atingir é só uma marolinha e depois diz que quer fazer o que for necessário pra tirar o povo da ‘merda’... Apenas consigo concluir que é melhor não fazer onda com isso tudo.

E pra não desperdiçar a oportunidade, aqui vai uma tirinha safada pra entretenimento alheio:

Nota do Blog: Nenhum personagem foi maltratado, torturado ou mergulhado em uma piscina de dejetos.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Lombardi nos deixou


Lombardi nos deixou. A voz mais famosa do Brasil (claro, depois daquela que fica na consciência de todo brasileiro dizendo SEU OTÁRIO!) se calou. É o sinal dos tempos. E outra: Assim como falta luz por atacado no Brasil - no Rio de Janeiro, e no varejo – o Flamengo, finalmente, se aproxima do tão almejado PENTACAMPEONATO (diferente do Vasco que, mesmo na segundona, JOGOU E GANHOU. Ou seja, título brasileiro legítimo. Não tô dizendo que o mundo tá diferente?

Pra compensar o apagão, bandidos incendeiam ônibus pela cidade maravilhosa – dizem as más línguas que é protesto pela ocupação de favelas pelo estado, mas eu SEI que é um manifesto agresssivo pelas constantes faltas de luz. Até porque, todo mundo sabe que, salvo essas exceções de armagedon, apocalipse e tals, nem f#$dendo que falta luz na favela. Aliás, só Madonna tira onda de não ficar sem Luz (ta da tchisss).

Só um adendo sobre a sonhado penta dos “framengu”. Assim como outras torcidas, milhares de matutos conseguem ficar uns 3 (disse TRÊS) dias numa fila por causa de um ingresso. Um jogo. Só o que eu acho esquisito é que esse mesmo povo arma barraco por esperar umas horas no hospital, dizer que teve que se prejudicar no trabalho por causa disso e chorar por ter que pagar uma nota por remédios (essas reclamações se estendem a diversos serviços públicos também).

Enfim... o SBT e o Brasil se despedem do locutor mais famoso do país, mas o céu recebeu uma grande personalidade.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Lei da compensação


Ai, meu pai eterno! Agora a onda é apagão no Rio de Janeiro... E tinha que ser no calor (ainda bem que o verão não chegou, hein!). Ficamos numa sinuca maior que a da comadre Vanusa, a cantora do hino nacional brasileiro de Marte.

Sabe, na verdade, na verdade, não sei se a sinuca maior foi a dela, a dos músicos ou a da galera toda que ficou fazendo cara de paisagem enquanto engolia a trozoba musical da nobre senhora.

Motivos à parte, pelo menos ela não passou o perrengue que um cidadão passou ao ser assaltado dentro da academia enquanto corria na esteira. Aliás, como terá sido a abordagem do meliante?

“Perdeu, playboy, agora, CORRE!!!”

Continuou correndo enquanto era assaltado por que SAÚDE É O QUE INTERESSA!!! O resto não tem pressa...

Se corresse na rua, talvez estivesse mais seguro... ou com mais chances de ir a algum lugar na fuga... pensando bem: NAAAAAAAAAAAAAAA!

Por falar em lei da compensação...

domingo, 8 de novembro de 2009

Intolerância religiosa no estado laico



Putz, que título comprido!!!

Intolerância religiosa é uma coisa ridícula. Todos sabem – apesar de metade desses todos se defender como mátires e praticarem a mesmíssima intolerância contra os outros. Enfim, isso é um outro mérito que não vou abordar agora. O que pretendo desmistificar aqui e agora é aquela máxima infame sobre religiões afro-brasileiras (e espíritas vão por aproximação): Macumba, se fosse boa não seria Macumba e sim, BOAcumba.

Vamos começar pelo começo (!), esse assunto veio à baila porque assisti a uma reprise do extinto Gordo a Go Go, apresentado pelo, então, realmente gordo, João Gordo (pode parecer pleonasmo, mas ele tá bem mais esbelto hoje em dia). Nessa reprise – comemorativa dos 19 anos da MTV brasileira – ele conversou com ícones da cultura pop dos anos 80: Sérgio Mallandro e Bozo. A entrevista ia com o homem do “vem fazer glu glu” e tudo transcorria de forma escrachada e boa de se encarar (UIA!). Mas, quando o Bozo chegou, representado por um dos três atores que vestiram o traje na época de ouro da TVS (o SBT, cara!), a coisa degringolou para a tentativa de evangelização. Cara, não tenho nada contra levar a palavra de Deus a alguém. Mas, tem que interessar a esse alguém. Aí, o cara quer convencer os outros de que a vida dele era uma m... porque ele freqüentava a macumba – foi aí que ele disparou a tal piadinha. Obviamente depois que chegou ao fundo do poço, ele se converteu à fé evangélica e aí a magia aconteceu.

Tentou mostrar a maravilha de Deus em sua vida falando mal da fé alheia. Ué, Bátima! Jesus ensinou isso? Não, gafanhoto, na remota hipótese de isso ter sido só uma piada sem ressentimentos com um segmento de fé que não transformou sua vida de forma mágica, isso foi só um infeliz comentário preconceituoso. Deus me livre ser politicamente correto, qualquer um que me conhece sabe que eu adoro uma piadinha infame. Só que vindo de gente de fora do “grupo-alvo” da piada, soa agressivo.

O certo é que certas piadas não se sustentam e nem adianta dizer que é licença poética, pois, não se trata de entender que em piadas um papagaio pode conversar com um cachorro, estamos tratando de pessoas que abandonam um tipo de fé para seguir outro e guardar rancor do anterior. Pessoas boas existem em todo canto assim como pessoas más... agora... idiotas também. Por isso que eu digo pra quem se acha no direito de julgar os outros: Palhaço!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Porque Frente-Única?!


Sabe aquela sensação – muitas vezes acontece durante ou logo após um ato falho – de “Ei, eu sempre faço isso, mas dessa vez não foi no automático”? Pois bem, seja apresentado à epifania (pelo menos, um jeito de aplicá-la). E não digo EpifÂnia, aquela sua tia rechonchuda que te beliscava as bochechas (UIA!) quando você era criança. Falo das situações em que você está tão acostumado a fazer algo que não se liga mais nos mecanismos para fazer. Simplesmente faz. Automático.

Faço essa introdução (UIA!²) pra falar de um dos assuntos que me incentivaram a arrumar um espaço na net pra expressar meus anseios e angústias (Ai, que emo, dá zero pra ele!), ou seja este blog – que foi o ponto de partida para meus escritos internéticos. Chega de enrolação, vou falar (digitar!) só uma vez: Porque, raios, chamamos aquelas blusas femininas que só têm a parte da frente de “frente-única”?

Não sacou?! Titio Garcia expRica (Sagatiba!) pra você. TODA, eu falei TODA blusa – feminina ou masculina – só tem UMA frente. A diferença é que as outras tem uma frente e uma retaguarda. Esse meu questionamento data de uns anos pra cá e ninguém conseguiu responder satisfatoriamente (no máximo sugeriram que se chamasse “frente solitária”).

Eu entendo uma “tomara-que-caia”, pois – dependendo de quem usa – queremos mesmo que caia. Entendo as blusas bufantes (por mais ridículo que seja o termo para peças de vestuário) e entendo as “mamãe-tô-forte”, pois parece mesmo que quem usa uma dessas busca aprovação materna – ou sei lá mais de quem. Agora, “frente-única”... alguém aí já viu uma blusa com DUAS frentes?

Ainda mais que esse povo se distrai muito fácil. Logo que me surgiu esse dilema, fiquei falando com as paredes porque todos estavam empolgados com a escolha do Rio de Janeiro para sediar o Pan-Americano (não, não o banco de empréstimos do Silvio Santos). Agora, temo que aconteça o mesmo já que o ufanismo incitado pela mídia faz parecer que sediar os jogos olímpicos de 2016 vai elevar o país à categoria de primeiro mundo.

Pan, copa e olimpíada... esse povo fica impressionado muito fácil. Nessa hora, aquele teletubie que me sopra os grandes segredos da vida no ouvido quando estou bêbado de conhaque barato me diz assim:


Enquanto isso, no congresso...

domingo, 30 de agosto de 2009

Porquê Michael Jackson é O CARA


Disse É e não ERA, pois não haverá outro.

Hoje em dia é comum (e enjoativo) ver os 18.675 astros e divas do rap/R&B/Black music/soul/funk (saca, aquele estilo que todo mundo acaba generalizando como hip hop). Mas não vou entrar no mérito de denominações, pois está tudo muito mesclado e não sabemos onde um começa e outro termina. Tô falando de talento descoberto e não adestrado pra ser vendido (mesmo que ele tenha iniciado a sucessão de fatos e eventos que tenha inspirado o modelo atual)

Voltando à vaca fria, Michael Jackson foi quem criou todo um universo e ditou padrões que são referências para muitos até hoje (contratos publicitários, vídeo clips com historinhas – e põe historinhas nisso! – a figura do mega star dançando a mesma coreografia que os milhares de “figurantes” e tals). E embora o que sobrou tenha sido só um monte de megalomaníacos mimados ardentes e sensuais – com cara de “sou o picão da parada” – é importante frisar que havia um diferencial tão simples quanto importante: a música e o artista.

Pode parecer vago, mas você aguardava seus clips e shows porque sabia que nunca seria um show e ponto, seria uma mega produção com todo cuidado desde efeitos especiais até a música em si (coreografias, letras, melodias, etc). Era como saborear os momentos que antecedem uma festa. “O que será que vai ter de novo nisso?” “Qual vai ser a próxima que ele vai aprontar?”. Não quero ser chato, mas a gente vê seus sucessores e já sabe exatamente o que eles vão fazer. Só serve pra fãs... Michael conseguiu ultrapassar essa barreira e até não fãs conseguiam enxergar seus feitos.

Excentricidades à parte, havia uma coisa de o artista ter a oferecer ao público muito mais que só música... ele oferecia sua alma em forma de arte.

UIA! Santa poesia, Bátima!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Chips (não Ruffles) de resgate e os duendes


É, meu caro garcianauta (hein!?), apelei para o uso deste espaço para comentários sobre problemas de consumidor. Mas, ao invés de entrar naquele papo emo de “isso é Brasil”, “só podia ser aqui”, “eles não se importam conosco” e blá, blá, blá, vou simplesmente explicar como você pode começar uma busca por um chip de resgate da operadora OI e terminar em algo que fica entre o santo graal e um show do grupo RBD.

A história começa com a perda/furto de um chip da referida operadora de telefonia móvel (no caso da OI, fixa, internet banda-larga, NASA e Via Láctea). Acontecido o drama, resta a ligação constrangedora para solicitar o bloqueio do número pra nenhum coió usar o que pertence a outrem. Disse constrangedora porque ficar conversando com aquela gravação idiota até cair num atendente de verdade é um saco dos grandes.

Pois bem, liguei e bloqueei o número e fui informado do trâmite pra recuperar através de um chip de resgate. Fiquei feliz, contente e pimpão e fui a uma loja procurar o tal dispositivo. E descobri que o pequeno danado é uma coisa rara. Eu achei que era simples como achar chips pré-pagos em bancas de jornais ou ex-BBB’s em capas de revistas masculinas e tals... puro engano, pra não dizer uma ingenuidade irritante, afinal chips desse tipo não são bem sucedidas cantoras de axé nem Marcelo D2 pra estarem em todo lugar. Deve ser mais comum ver o abominável homem das neves dançando a Macarena em Madureira (O.o).

O bichinho é uma verdadeira raridade no universo. Deve ser mais fácil achar kriptonita amarela dentro de uma caixa de bombons. Já fui algumas dezenas de vezes a diferentes lojas e a resposta é seeeempre a mesma “Não tem/acabou, mas vai chegar daqui a dois dias”. Aliás, minto, numa dessas investidas (comparáveis a cabeçadas para abrir uma porta de chumbo trancada) aconteceu uma inovação: “Tem sim! É pra você mesmo? Vamos lá ... Ih, tem como voltar mais tarde? O sistema tá fora do ar”. (não precisa prender o riso, a coisa é ridícula mesmo).

Resultado? Estou com número novo e quase desistindo de recuperar o antigo (que já foi divulgado para tantos que valeria a pena ter denovo). Mais fácil jogar copas fora em dupla com Papai Noel, Saci Pererê e aquele duende que sempre rouba seus isqueiros e guarda-chuvas. Na verdade, pra arrumar o talzinho, acho que o esquema tem de ser de um show do RBD ou de qualquer dessas bandas infanto-juvenis (cof emo cof). Acampar em frente a loja até chegarem os 0,0156 chips de resgate (só essa quantidade pra explicar o sumiço tão rápido das lojas). Catzo!


P.S.: Se você tinha meu número antigo, cuidado, pois alguém por aí pode ter tido acesso aos números que estavam no chip de memória do antigo aparelho e pra querer fazer palhaçada, tem gente que não se esforça.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Isso é TV, bicho!


Bem, amigolhes, estou de volta ao velho PC depois de um graaande hiato internético no que tange o trato das palavras em sites jornalísticos opinativos (UIA, que frescura!). Toda essa ladainha pra dizer que meu assunto hoje é: bichos na TV. E não tô falando de situações constrangedoras como aqueles filmes estadunidenses de cachorros, gatos, macacos e porquinhos rosados jogando vôlei, andando de skate ou praticando rapel (sem falar nos que conversam). Fiquei no nível nacional e observei – por alto, é verdade – as situações em que a fauna precisa passar para agradar à audiência (pensando bem... o que tem pra se aprofundar nessa bodega de assunto, catzo?!).

Comecemos falando do SBT. Aqueles pequenos animais que enfeitam nossas manhãs já deveriam ter largado essa vida há muito tempo. E não me refiro às crianças pré-aborrecentes – que tomam chá de babaquice regularmente. Falo da pequena tartaruga, do coelhinho, dos hamsters... enfim, porque uma brincadeira não pode ser desenvolvida por seres humanos? E porque sempre lembro da música Bichos escrotos nessa parte? Não, não acho que seja caso de maus tratos com animais. Mas Deus não deve tê-los criados com o nobre propósito de entreter a raça humana. Pensar nisso é mais ridículo que um senhor endinheirado trocando desaforos com uma menina de cachinhos cafonas nas tardes de domingo.

Também tem um macaco na atual novela das 19h da Globo (Caras e Bocas). Mas, na pior das hipóteses, ele tem um motivo pra estar ali. Ou melhor, empurraram (UIA!) uma função pra ele. Sabemos que bichos não são atores, isso é mais claro que Michael Jackson (O.o). Mas, já reparei que, às vezes, aparecem cenas só de uma mão nitidamente humana com luva dessas de fantasias. Só não entendo porque uma tartaruga precisa ficar num tanque pra decidir um lado pra ficar, por exemplo? Será que o SBT não se contenta em nos constranger com um só Ratinho?

Aff, além de ser um saco ficar olhando enquanto o raio do bicho não faz nada (ele também deve achar um saco ficar ali ouvindo aquelas crianças gritando sem conhecer uma boa fonoaudióloga), são as provas mais velhas do mundo. Pô, eu acompanhava isso nos tempos do saudoso Bozo (rima involuntária DETECTED). Uma dica, assista ao programa imaginando o coelhinho ou os ratinhos voando no pescoço dos apresentadores (igual a um antigo filme de comédia da sessão da tarde que eu via, mas esqueci o nome) e tudo fica mais divertido ;)

P.s¹.: O que eu acho? Tanto faz o bicho ou o brinquedo. Não se trata mesmo de programação infantil (leia mais a respeito na minha coluna em http://www.saogoncaloemfoco.com.br/), aquilo ali é um mero espaço pros jabás das empresas anunciantes (algumas do mesmo grupo do homem do baú).

P.s².: Sim, parei pra ver e não foi só uma vez. Minha TV está sem controle remoto e eu prefiro evitar a fadiga.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O fenômeno no Brasil


***Protesto (quase) gratuito modo ON***

Só eu tô de saco cheio de tanta babação de ovo pra cima do Ronaldo? Claro, o cara é prato cheio e quente pra vender jornal, atrair audiência e é duas vezes o jogador que costumava ser (pelo menos em tamanho), mas isso só aborrece a mim?

Que o futebol é um placebo com textura de artigo de primeira necessidade todo mundo sabe. Qualquer um que corra atrás de uma bola na base de caneladas em outros marmanjos é mais bem tratado e reconhecido do que um artista, médico ou gari. E transformar o gordômeno em astro é uma coisa que já deveria ter deixado de ser moda há muito. Pô, o futebol virou o palco do Ronaldo. Agora é Ronaldo e o resto do país. Fala sério, há quanto tempo ele não se destaca pelo futebol? Só aparece em colunas sociais e de fofocas pela vida pessoal. Eu, sinceramente nem lembrava que ele tava no Brasil pra se recuperar de outra lesão/cirurgia no joelho.

Qualquer expressão ofegante (estilo cachorrinho) do chutador de bola aparece mais que o traseiro da mulher-fruta da moda. Com todo um mundo futebolístico rolando por aí o tempo todo e os caras mostram a lingüinha de fora do caneleiro. “Ah, mas FGarcia®, ele contribuiu muito pra história do futebol !”. Eu te digo assim: Lhufas! Pouco me lixei. Não sou chegado em futebol, mas, apesar disso, o bacana aparece em tudo quanto é canto. Ah, o negócio é que ele é um guerreiro e nunca desiste? Bah, dão mais destaque pra um craque do passado de presente meia-boca do que pra atualidades.

Claaaro, tenho que me manter calado quando ele apronta alguma como as das finais do campeonato Paulista, mas ainda protesto quanto à super-exposição de alguém que, provavelmente, veste as calças pelas pernas como todo mundo. Talento, ele tem, mas muita gente em outras áreas também tem e não se vê essa puxação de saco que as mídias em geral resolveram fazer. Caracoles, o cara está em todas! Aparece mais que ex-BBB’s em programas direcionados a donas de casa. ¬¬

***Protesto (quase) gratuito modo OFF***

terça-feira, 31 de março de 2009

O que eu vou comer?


Não mate um animal, cara. Animais são amigos – talvez escravos com carinhas de desenhos animados – mas, não comida. Como você, seu carnívoro descarado, consegue admirar uma bela paisagem de pastos povoados por bois e vacas felizes a comer e c@#$agar enquanto pensa ou degusta uma belo hambúrguer feito de algum primo deles? Eu te digo: ASSASSINO! Você mata para se alimentar! Não sabe que só os animais podem matar para se alimentar? (Falos dos animais de verdade).

Ah, agora você parou pra pensar bem na barbaridade que está cometendo a cada refeição, né? Parou pra pensar que isso no seu prato ou sanduíche pode ser um pedaço da coxa de um bicho que um dia teve vida, respiração e, quiçá, sentimentos! Procriou e tudo mais que nós, mamíferos, fazemos. O que você sentiria se um boi, um porco ou uma galinha (!) juntasse uma galera pra seqüestrar um ente querido seu, arrancar a pele, os órgãos internos e colocasse os músculos pra dourar numa temperatura alta e, depois, degustar sorridente ao som de uma boa música e acompanhado de uma saborosa bebida? Ninguém gosta quando tubarões fazem de tira gosto uns surfistas de vez em quando.

Dá o que pensar, né?

Pois bem, agora que coloquei tal situação sob esta perspectiva, decidi dar (UIA!) um outro rumo à minha educação alimentar. E, talvez, quem sabe, persuadir você, que lê, a tomar (UIA!²) um caminho mais saudável e pacífico. O caminho é bem simples: Ao invés de trucidar um bicho e comê-lo (UIA!³) pesando seu organismo por anos, que tal uma onda de vegetarianismo? Dá pra ser? Claaaro!

É muito mais tranquilo comer plantas. Afinal, só o que faz ruídos, tem caras com olhos expressivos e sangra pode ser amigo. Uma bela e saudável alface não pode ser sua amiga. Tá esperando o quê? Arranca isso aí do chão e bora passar a faca! Todos eles: Repolhos, couves, cebolas, batatas... quero todos. Todo mundo sabe mesmo que plantas não têm vida... opa, peraê! Têm sim, cara! Ih, lascou-se! Matei os coitados e eles nem pra dar um grunhido, estribucharem ou largar sangue por todo o assoalho! Tsc! Será que, do jeito silencioso deles, me viam chegando perto e reagiam num “Não, porque não me ouve, estou vivo, nãããargh!”. Se você é uma alface, corra para as montanhas!

Dá o que pensar também, né não?

Então, pra não assassinar ninguém, quero declarar oficialmente que, a partir de hoje... não, de agora, eu vou me alimentar de luz. Com a liberdade de fazer uma sopinha de pedras até que se descubra que elas têm essências interiores que configuram vida em algum nível da existência. Quero oficializar, também, que esta é uma crônica irônica (riminha involuntária), pois FGarcia® é onívoro, ou seja, come de tudo (mas, hein?!).

terça-feira, 17 de março de 2009

Eu beijei uma garota


Primeira-dama Garcia pode ficar desprocupada, pois, apesar de não ser a garota do título, também não atentei contra o acordo social de relacionamentos monogâmicos. Tô pra falar (escrever!) sobre o sucesso e pretensa pseudo-polêmica que alguns tentam nos empurrar goela abaixo (UIA!). Trata-se de I Kissed A Girl, sucesso de rádios e pistas cantado pelo piteuzinho Katy Perry.

A música é a história de uma garota que saiu pra curtir uma night e, sem planejar, “ficou” com uma outra garota. E acabou gostando da nova experiência – para sua própria confusão e, possivelmente do namorado. Não tenho nada contra garotas se beijando – mulher é um bicho muito bom meRmo! O que me incomoda é quando alguém tenta fazer a coisa parecer uma provocação à moral e aos bons costumes. Lá se vai longe o tempo em que Madonna escandalizava o mundo com suas performances... er... escandalosas XD. A letra não retrata nada mais que um fato corriqueiro de hoje. Na verdade, acho até que é uma tendência, uma modinha entre as meninas.

O que mais se vê por aí, graças a Deus, é uma maior manifestação de relacionamentos homossexuais (homo-afetivos, sei lá). Sinal de que o mundo evoluiu um pouco. Sou, assumidamente simpatizante da causa da galera do arco-íris, mas não é ao que a música supracitada me remete (UIA!). A coisa fica com um climinha de pegação entre meninas que não são gays, mas que querem dar (O.o) o que falar. Tipo, o Latino, que surge com um disco a cada ano com alguma expressão da moda (Sem noção, Junto e Misturado...) só pra ter seu momento subversivo no ano. Me fez lembrar a dupla T.A.T.U (saca, aquelas gatinhas que faziam pose de casal alternativo). Todo um marketing, por parte das mídias e das próprias cantoras.

O que eu tenho a dizer sobre isso é o seguinte: Grandes coisas uma garota beijar outra. Tantas fazem isso – e muito mais - sem se exibir e o mundo não desabou pro abismo da promiscuidade – embora estejamos indo pra lá num ritmo alucinante.

domingo, 8 de março de 2009

O tempo passa, o tempo voa


O tempo passa, o tempo voa... Não tenho mais o tempo que passou. Temos todo tempo do mundo. Não temos tempo a perder. Temos nosso próprio tempo... Frases que são tão verdadeiras quanto paradoxais. É, cara, o tempo é tudo, é nada, mas, além de tudo – ou no fim de tudo – o tempo é relativo.

Não, não vou discorrer (!) sobre a ciência do tempo, nem ficar martelando coisas como “não perca tempo!”. Tá, meu lema é carpe diem, mas isso é particular meu. O legal sobre o tempo é pensar em como a gente pensa que o tempo voa. Sabe, algo assim “mas, já acabou outro carnaval? No outro dia mesmo a gente tava no ano passado!”. Isso me fez divagar (dah, novidade!) sobre a passagem do tempo. É um fato. Tudo envelhece a cada segundo. Mas, será que o tempo passa e quem bobeia fica pra trás, ou a gente muda tanto com o mundo e acaba deixando o tempo pra depois?

Vixe, tá parecendo o tipo de coisa que eu publicava nesse blog láááá nos primórdios, em 2007. Viu como 2007 já ficou pra trás? Não nós. Nós estamos aqui, escrevendo e lendo, mas 2007 ficou no passado. Como diz a música ‘Oração sobre o tempo’ (acho que o nome é esse), no fim, ‘não serei, nem terás sido’. O que eu entendo disso é que o tempo passa, nós passamos e tudo passa. Tudo passará (citei Nelson Ned, cara!). Mas, quem tem a consciência? Nós. O tempo é uma coisa que a gente nomeia, mas nem pode definir como fazemos com o vento – ou o BBB. Enquanto você lê isso, muita coisa já aconteceu e está acontecendo. Mas, lê até o final, hein! Nada de tentar aproveitar o tempo antes de concluir tão salutar leitura. ;)

No fim (fim? Mas o tempo é tão relativo! Vai que é um começo?), o mundo gira e todos estamos aqui, uns vivendo, outros, fingindo – e alguns tentando definir a situação. Sabe a melhor definição de tempo? É assim:

O passado já passou, o presente está acontecendo... e seguindo de perto o futuro. E o futuro? É... agora. Não, é agora. Agora... passou mais tempo. Agora... agora... agora...

FGarcia® é agora.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Novidades televisivas '09


Essa vai para a série “Não vi e não gostei” que estou, solenemente, estabelecendo aqui. Não há uma periodicidade, mas sempre que as forças do mal... er... sempre que a programação televisiva me provocar eu tô aí pra tirar uma com a cara “deles”.

• TV Globo => Falar da Globo é fácil, pois tem a maior visibilidade do Brasil. Ou daS ÍndiaS. “Caminhos do Clone” me oferece a “inédita” (aspas, percebam as aspas) situação: Moncinho papa mocinha, logo depois ela se casa com alguém que a família obrigou, mas vai estar grávida do garanhão. Ou seria do pangaré? Bem, se o negócio era mostrar mais uma história de amor impossível atrapalhado por costumes fundamentalistas, pra quê escrever naS ÍndiaS? E porque o nome no plural? Podemos esperar pra daqui a dois anos algo como “Japão, terra do sol nascente?” (Se pintar mesmo, eu processo!” ;) Faz sentido. Depois de uma passagem de tempo, começam os encontros e desencontros – enquanto vão se reproduzindo com metade do elenco. Nem vou me aprofundar no assunto Malhação, já que é tão eterno quanto o BBB e tão repetitivo quanto. A Sessão da Tarde, com seus filmes de bichinhos esportistas e crianças mágicas também merece menções.

• TV Record => Nada mais justo que deixar em segundo lugar a emissora que persegue isso. A emissora dos mutantes mais esquisitos da ficção. E ainda vejo o autor Tiago Santiago falando que vem uma terceira temporada. Mas, agora é “Promessas de Amor”. Com temática incentivando a proteger a natureza, viagens no tempo, cuidados com alimentação... Ai meu Deus! Mais clichês a caminho. Falando em clichê, temos também “A Lei e o Crime”. É vigoroso e age como se fosse continuação oficial de Tropa de Elite. Com direito a narrativa em off da protagonista que é uma, adivinha, policial. A delegada incorruptível em meio a um elenco (quase) inteiro de personalidades duvidosas. O chefe do tráfico como um pai amoroso e carinhoso com a esposa titular parece mais mocinho do que qualquer outro. É surreal. Além do elenco e de diversas produções, a Record resolveu fazer igual à líder e sonhar alto... O problema é que ainda falta uma identidade própria. A emissora do bispo fica numa de tecnologia Globo com oportunismo SBT. Ficou no meio do caminho.

• SBT => Já que citei a simpática emissora do baú, nada mais justo que fazer uma menção honrosa (ou horrorosa) à sua programação. Temos a novela da esposa do Senor – que nem a protagonista assiste - um programa com a clássica configuração “Hoje em Dia” chamado “Olha Você” – acho que o nome “Mais Você” já tinha sido usado - marionetes... er... crianças vendendo brinquedos para outras crianças e muchas cositas mas. Agora, o que me incomoda mesmo são as empresas que anunciam na “Sessão Premiada”. É repugnante ver alguns atores desafinados cantando “Só Você”, a música que nomeia o perfume assinado por Fábio Júnior. Cantam tão bem quanto um balde d’água caindo no gramado. E aquela do Magrins? Passava há uns meses. Duas amigas. Uma delas, no provador de roupa, com dificuldades de vestir uma calça. A outra, de fora, recomenda o uso do tal emagrecedor. Tudo muito canastrão. A mina que descreve os benefícios do medicamento “cospe” as vantagens como um vendedor de carros ansioso e a “gordinha” do provador não convence com seus gemidos pouco emocionantes.

Dá pra falar (escrever!) mais, mas vou deixar pra uma próxima.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Psicanalisando: Os Mutantes (não a banda)


A bagulho mais clichê e canastrão desde o surgimento do “estilo” de pagode mela-cueca (e sua versão com guitarra, comumente chamado ‘emo’). Não, não estou falando de malhação (não ainda), nem das chamadas de filmes da sessão da tarde. Mas, também, trata-se de uma galerinha irada que apronta as maiores confusões numa aventura cheia de loucuras e agitos da pesada. Falo de (argh!) Os Mutantes.

Sério, meu prêmio para tramas e textos repetitivamente estúpidos (o Troféu-Babaquice ´09, se preferir) já tava indo – como é de praxe, tradição, pompa e circunstância – para Malhação, saca, aquela novelinha que não mostra uma academia há trocentos anos e ainda mantém o nome besta. Por mais uma temporada com “atores” crus e enredos pífios e banalizadores da natureza humana, a novelinha da Globo merece sempre, pelo menos uma menção honrosa – ou horrorosa – pelo controle de (falta de) qualidade da atraçãozinha que produz rostinhos bonitinhos – ou só pop – para o mundo e superlota o mercado de atores sem necessidade. Mas, Os Mutantes é algo pior. Chega a ser maligno o modo como o troço é feito e a falta de capricho – ou só cara de pau mesmo – que apresenta. Gente do céu, é muito ruim. De um amadorismo que nem o SBT consegue com a insossa Revelação (que tem um motivo pra ter ido pra frente... Ma, Oooeeee, vai pra lá, vai pra lááá).

‘Os Mutantes’ surgiu como uma descarada tentativa de pegar carona no sucesso de séries importadas bem como Lost, Heroes e tals. Quando ainda era uma novela (é, quando acabou, virou série. Igualzinho aos mutantes dos gibis que nunca morrem de verdade) a bagaça já dava indícios de que seria de uma canastrice ímpar. Dava pra notar todos os elementos copiados: prisioneiros numa ilha sem chance de fuga, pessoas com poderes especiais lutando umas contra as outras, cientistas loucos produzindo seres alterados geneticamente e por aí vai. Aí, começou a putaria: Vampiros, lobisomens, dinossauros, extraterrestres e outras coisas igualmente mal e ridiculamente exploradas. O nome original era “Caminhos do Coração”... clichê como “Amor e Intrigas”. Nomes genéricos e que descreveriam todas as novelas do mundo. Agora é só “Os Mutantes (por um tempo, com o complemento do nome original)”. E os textos são tão bobos que constrangeriam até os caras do Casseta – já fomos bons nisso – e Planeta. Coisas como “Pega leve, delegado, violência só gera violência” ou “Nossos irmãos são os melhores amigos que temos”. Putz, cara, e como duram... não sei se é por serem ruins ou se são longos mesmo.

Enfim, eu não assisto e passei pelo canal por acidente. Mas, como estão anunciando as últimas semanas da trozoba, resolvi ver a quantas andava o negócio. Só pude perceber que incluíram gêmeos malvados e coisas como “liga do bem” e “mutantes do mal”. Ah, a “liga do bem” faz uma espécie de oração antes de irem para a ação. Não sei como não aproveitaram o largo filão e não nomearam a protagonista de “boazinha” e sua irmã gêmea do mal como “gêmea malvada”. A novela, aliás, série, poderia se chamar “série” e a Record poderia se chamar “emissora de televisão”. Talvez por ter metade do elenco da Globo, e muita gente que pintou em Malhação, o nível simplório seja natural para os produtores. Agora o que me surpreende mesmo é a quantidade de nomes que aparecem nos créditos como “escritores”. Aff, deve ter uma dezena de nomes e só saiu aquilo?! O.O .

Seguindo o lance da clichezada e das frases feitas compradas em camelô, eu digo: Drogas, tô fora!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

E O FUTURO CHEGOU


Não é legal como o futuro parecia brilhante? A ficção – e alguns nerds, profissionais ou não – sempre criaram aquela utopia do mundo perfeito. Máquinas interagindo e nos servindo de forma completa, carros voadores, tudo muito brilhante e tudo muito próspero, né? NOT!

A ficção fez o que uma obra da própria ficção mostrou que a humanidade faria. Falo de Matrix. Na trilogia cinematográfica – e em todos os seus afluentes, nas diversas mídias *CA$HIN* - a história já começa num futuro beeem distante e esse futuro, “pós-apocalíptico/cyberpunk” acontece por causa de uma revolta das máquinas com inteligência artificial – provocadas pelo preconceito da humanidade invejosa – que se defendem e se mostram, obviamente, mais resistentes e preparados para porvir. Parece o futuro, mas só mudaram alguns elementos. Trata-se de uma espécie com poder de manipulação, incapacidade, ou preguiça, para fazer por si só e que domina/escraviza uma espécie com outros interesses e capacidades menos voltadas para domínio e colonizações. Quantas vezes não vimos isso? O futuro da TV repete o passado – e presente – de ricos dominando pobres, brancos subjugando negros, Lex Luthor enrolando Superman e tudo mais.

Em Matrix a dominação começa do homem sobre a máquina, depois a retaliação trás a máquina para a posição de cima (UIA!), superior e assustadora. Como diria a Legião Urbana: “O futuro não é mais como era antigamente”. Talvez, mas nem tanto. A escravidão do povo negro acabou... acharam que era mais interessante alforriar negros e dominar economicamente todo o resto. A “casta” de gente pobre – porém rica de coração, pois, é o que realmente interessa – aumentou de negros para... todo mundo. Você não entende como só te sobra migalhas enquanto tão poucos – e sem justificativa – levam o grosso (UIA!²) da economia nacional e mundial? É, bem vindo ao meu mundo. Talvez com algum choque de ordem – do tamanho do big bang, pra começar – o futuro seja realmente brilhante e organizado, por enquanto ‘ordem e progresso’ é só motivo de piadinhas com rimas infames e uma bela diferenciação da nossa bandeira para a do resto do mundo. Na verdade, os filmes mostram muito o futuro sendo em 2005, 2020, 2040... Já passamos pela primeira leva de futuros brilhantes e, acho eu, que não passamos no teste de boa conduta.

Mas vamos continuar na fé. Ou podemos tentar mudar lutando pelos nossos direitos, não dependendo da TV ou de figurinhas carismáticas da mídia. Oremos. Lembrei de Lulu Santos agora... “Assim caminha a humanidade...”. Já criaram a máquina mais cara do mundo – o tal acelerador de partículas, virtual criador de uma miniatura do big bang e, possivelmente, uma ótima torradeira nas horas vagas – e não encontraram uma cura para a AIDS ou uma prevenção efetiva para o câncer. Na verdade, nem uma solução para a fome, miséria e violência foi apresentada. Me faz pensar se essas invenções do futuro são mesmo verdade ou só especulações... porque, fala sério, todo dia alguém descobre que a solução para o stress é sorrir, mas ninguém resolve algo realmente importante. Na Etiópia, as pessoas não devem sorrir tanto quanto nos “EUAses” ou na Inglaterra, lugares de onde vêm essas pesquisas inúteis. Correndo o risco de parecer redundante: Oremos².

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

OPERAÇÃO: CHOQUE DE ORDEM


A lei existe há quase tanto tempo quanto os dinossauros. Todo mundo sabe o que pode e o que não pode fazer. Todo mundo tem, pelo menos uma vez na vida, um momento “frase feita” quando diz “Olha só, o direito de um começa onde o do próximo termina” (ou o contrário, nem lembro, nem influi tanto no assunto). Beleza, mas tem gente que, simplesmente, não se importa com os códigos de convívio criados para uma convivência razoavelmente justa, harmoniosa e tals. Sempre tem um “féla” (abreviação de “féladaputa”) que resolve que sua necessidade de estacionar um carro na frente da tua garagem é maior que a tua de sair com o carro, tem o que se acha com direitos de desobedecer um sinal fechado e por aí vai. Estou falando tudo isso porque a lei existe, mas todo mundo sabe que não é cumprida. Ah, se fosse... Claro, sabemos que também depende da educação que cada um trás de casa. Mas, uma coisa de cada vez.

Pois bem, para que se cumpra o que já existe, a atual prefeitura criou uma secretaria especialmente designada a cuidar da ordem pública... ou, pelo menos, para que seja viável a existência de uma. À operação que está cuidando do caos urbano que existe no Rio de Janeiro, RJ foi dado o nome de “Choque de Ordem”. O nome é forte e admito que gosto. Nem adianta falar que o camelô tá ali trabalhando e que é melhor do que roubar... não justifica termos que viver entre os restos de alimento e embalagens que eles largam pelo chão. Nada me convence a viver no chiqueiro por causa do comércio informal. Como o Brasil é conhecido mundialmente (sério!) pelo jeitinho, não sei até onde, nem quando, essa campanha vai durar e se é de fundamento social ou eleitoreiro (Mas já? Nunca é cedo pra pensar na reeleição). Mas torço e levo fé que dê em alguma coisa.

Por posts anteriores e razoavelmente recentes, você percebe que nem votei no atual prefeito, Eduardo Paes, mas o homem tá lá, né, cara? Como cidadão (“como” não é o verbo, se fosse, combinaria com “cidadã”) eu quero que minha cidade evolua. E não digo evoluir como um pokemon – que sempre vira um bicho esquisito que não serve pra nada na prática – tô falando de ter uma cidade maravilhosa em termos práticos. Não só em turismo – incluindo o sexual, pros que curtem – ou carnaval. Quero um Rio decente o ano todo e na cidade toda. Centro, Barra e Zona Sul são legais - eu mesmo freqüento sempre (se me permite a redundância) – mas faço votos de que tudo se cumpra a contento e em todas as localidades. Mas – e sempre tem um “mas”, acho que é porque rima com “pé atrás” – como sabemos que este é o país da conveniência e do “uma mão lava a outra”, fica meu registro de “São Tomé”. Só vou vibrar mesmo depois que medidas de longo e eterno prazos forem tomadas. É fácil tirar um camelô da rua e apreender a mercadoria – pirata ou não – mas se não oferecer meios de se regularizar ou manter a fiscalização e repressão à desordem, não vai dar em nada.

Uma coisa é boa de se constatar, pelo menos a coisa saiu do papel logo no início do mandato. Se for eleitoreiro ou não, que se dane, que dure pra sempre e sirva de exemplo para tantos outros governos. O estadual bem que poderia fazer isso na polícia em relação à criminalidade ao invés de se contentar com números frios. Mas, voltando à vaca fria – e eu ainda mantenho meu juramento de que vou descobrir porque essa expressão existe – gostei dess atitude da nova prefeitura. Não consigo entender como as pessoas simplesmente conseguem viver em meio a tanta bagunça e ahcar normal ou necessário. Eu ando pelas ruas – a pé ou de busão, carro, tanto faz – e só consigo pensar naqueles filmes estadunidenses em que eles retratam localidades das Américas, Central e do Sul, como lugarejos quase tribais no meio da selva. Faço idéia do que parecemos para pessoas que são criadas no primeiro mundo (índios, vivendo em palafitas, entre o Rio Amazonas e a praia de Copacabana, com macaquinhos nos ombros, ouvindo samba, comendo acarajé com feijoada e bebendo caipirinha – de Sagatiba, nham! – e vestindo uma camisa camuflada do exército ou da seleção de futebol.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Maysa e o BBB9


“Maysa: Quando fala ao coração”, que contou a vida da cantora, compositora e boêmia Maysa (o Cazuza da era pré-anos 80) reinou absoluta em audiência e aceitação na primeira semana de exibição (de 05 a 09/01/2009). Foram tantos comentários favoráveis que ouvi e li que fiquei feliz por ter acompanhado ignorando meus instintos mais básicos que diziam “É escrita pelo Manoel Carlos, cooorraaa!!!”. O volume de opiniões encantadas com o capricho com que foi feita a minissérie só rivalizou (pudera!) com as frases descontentes. Mas, não, não críticas à série (que eu comento mais à frente), mas sim, críticas à segunda semana da obra de Maneco e Jaime Monjardim. Não críticas (ok, terceira vez que eu uso essa palavra, agora ela é só minha por direito) à minissérie (pô, depois eu falo sobre isso, cara!). Eram reclamações quanto ao horário. Um trabalho tão cuidadoso relegado a um horário para seletos insones que não precisam – ou não querem – acordar cedo.

Maysa, na segunda semana, foi empurrada (UIA!) pelo BBB9. Não é uma manchete sensacionalista de um desses tablóides de R$ 0,50. É uma constatação. E por quê? Porque a Globo parece entender (?!) que o horário, dito, nobre é para o Homer Simpson, e a casta de seres com um pouco mais de iluminação intelectual que fique com a madrugada. Pescou a situação? Tremendo incentivo à não-inteligência, visto que para curtir Big Brother basta desligar o cérebro e exercitar a milenar arte de falar da vida alheia. Do latim: Mexericus Fofocarium. E nem se trata de conhecidos seus. Tá, talvez eu tenha deixado escapar que faço parte dos fãs de belas artes e contrários a esse tipo de superficialidade. Mas, não sou contra atrações populares. Só que... por quê a emissora faz campanha para se ler livros enquanto os bons trabalhos vêm depois do BBB?

Faço aqui meu protesto – silencioso – contra os inícios de ano em que as novidades (em forma de minisséries e especiais) precisam esperar o maldito BBB para aparecerem. Convenhamos, quem tem um gosto mais... bem, exigente - \o/ - precisa de um sono legal pra poder assistir a um bom programa e dormir bem. Quem curte BBB curte o horário que for, o dia todo em muitos casos. Essa galera pode chegar nos trabalhos e aulas com duas noites de sono que, ainda assim, vão comentar e fofocar empolgadíssimos por três meses. E você, que só queria um alento cultural para sua preciosa mente antes de ir pra cama, fica com o horário que nem o filho do diretor deve agüentar acordado pra ver.

As pessoas confabulavam: Será que a série foi uma homenagem do filho à mãe? Ou um desaforo do filho da mãe? Agora, uma minha (hum, cacofonias rock!): Só eu lembrei do Cazuza? Posso dizer que quando fala ao coração, o tempo não pára? (Já posso escrever “pára” sem o acento?). Bem, levantei essas questões porque uma mulher voluntariosa com coragem pra fazer o que a maioria tinha vergonha até de pensar pra não ir contra a opinião do (bleh!) senso comum me faz pensar no – saudoso - jovem Agenor (o Cazuza, carai!), que também falava e fazia o que queria. Fiz uma comparação traçando um método de “trabalho” entre os astros. Gente à frente de seus respectivos tempos e que nos deixaram de formas dolorosas. Se provocaram seus destinos, sabe-se lá, não se pode culpar os Mamonas por provocar seus destinos ao entrarem para a música ou num avião, saca?

Mas, no frigir dos ovos, a série acabou, muitos não viram - quer por pirraça pra evitar o BBB, quer por sono no horário tardio – e ficaram as reclamações que perdurarão por – no mínimo – mais um ano, visto que, sabemos que a franquia BBB tem contrato previsto para 10 edições. Se vão prorrogar, sabe-se lá. Enquanto isso, oremos.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Maysa: Quando fala ao... PONTO ELETRÔNICO!


Não é supimpinha quando apresentadores nos brindam com seus divertidos mascotes? Silvio Santos resolveu que uma menininha de cachinhos bem feitos deveria ser o carro-chefe de um programa (co)apresentado por ele (afinal, o programa é deeele, a emissora é deeeele...). O grande barato é que a menina nem disfarça que está recebendo informações por um ponto eletrônico. Também, pudera, apesar de não ser mais tão miudinha e estar (logicamente) crescendo a olhos vistos, ela ainda é bem pequena. Não, não se trata de uma nova Simony (será?), afinal, ela não usava um desses pontos quando surgiu pelo programa do mago do banquinho, Raul Gil. Estamos falando dela, a musa do Top 5 do CQC, a pequena notável, não a Carmem Miranda, mas sim, MAYSA! Quando fala ao coração... quer dizer, nesse caso, quando falam ao ponto eletrônico em seu ouvido! Rá!

Nada de marionetes, bonequinhos ou papagaios perspicazes. Eu até achava que o Roque ou o Lombardi teriam mais potencial nessa onda, mas Seu Abravanel cismou (e pode fazê-lo a hora que quiser, afinal pode pagar) com a antiga parceirinha mirim (Robin?!) de Raul Gil (saca, aquele senhor que também utiliza criancinhas falantes como animações de palco). Talvez, por ter visto que o seu Gil leva jeito para lançar nacionalmente (na vizinhança dele) criancinhas que correspondam com suas peripécias no palco, o mago do baú optou por contratar a menina-robô-anão-puppet mais amada de todos os tempos da última semana do Brasil por uma grana que muito jogador de futebol não vai ver durante toda sua vida de correr e chutar bolas (UIA!).

Bem, cada apresentador tem o Louro José que merece. Agora, porque colocar uma presepada mal ensaiada dessa? E, ainda por cima, numa das atrações mais “corta-tesão” da televisão brasileira? Pô, já é um saco ter que ver alguém adivinhando em que número estão os mil reais – isso, entre os cansativos jabás, que eles chamam carinhosamente de “recadinhos” (blá!) – e ainda temos que topar com a infante moçoila gaguejando e tropeçando nas falas enquanto orienta e conversa com criancinhas de sua faixa-etária – num papo tão produtivo quanto pareceu na minha descrição. Claro, isso quando não são as ex-crianças-chatas, que hoje são pré-adolescentes com os mesmos belos atributos da frase anterior, nos entupindo de frases repetitivas (lavagem cerebral ou treinamento para vendedores de enciclopédia?), vícios de linguagem e trejeitos irritantes.

Não sei se o nome dela se escreve com ‘I’ ou ‘Y’, mas mantive o ‘Y’ pra firmar a piada com a série homônima da TV Globo (cada emissora tem a Maysa que merece). Minhas considerações finais são: Assim que estiver em minhas mãos, rasgarei meu diploma de Comunicação Social, pois, quando você não sabe de algo, não pergunta ao comunicador... você pergunta é pra Maysa!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O Clone das Ìndias


Eu sei que o BBB9 vem antes, mas tenho mais urgência para o que virá depois do final de A Favorita. Acontece que a novela do autor João Emanuel Carneiro será substituída por outra (ou seria mais uma?) de Glória Perez. Até aí, nada de mais, pois as novelas se sucedem numa obrigação absurda e carente de inspiração (quase sempre), já que se escreve pra manter o público hipnotizado e não lembrar que novela e futebol não nasceram na gente e o mundo seguiria normalmente sem isso. Mas, como as novelas são feitas em escala industrial, lá vem outra e, não bastasse ter todos os elementos das anteriores, ainda promete dar um revival nos fãs da inesquecível O Clone.

Bem, é bem verdade que a obra ainda nem estreou, mas as chamadas dão uma idéia do que será, pelo menos a primeira fase (sempre tem uma). O negócio (da China? Não, país e horário errados) é que as chamadas já mostram a marca registrada de Glória Perez: Alguma cultura diferente da nossa, um casal de culturas ou famílias diferentes (ou rivais) que precisam lutar contra todos os obstáculos para viverem seu graaande amor. A Juliana Paes está uma indígen... indiana perfeita (no visual, só depois de ver a interpretação podemos ver como ela se sai). Mas, se fosse pro Marrocos e se convertesse ao islamismo, será que não adotaria o nome muçulmano de Jade?

A verdade, é que – não com o mesmo talento, paciência e contrato – você também pode pegar um avião e, em menos de duas cenas, tomar (UIA!) o caminho das Índias – que, por sinal, poderíamos chamar de caminho do clone, ou ainda, rastro do clone. Digo isso porque, se você cismar que tem que escrever uma novela – porque, depois de malhação, todo mundo é ator, todo mundo é autor - seus problemas acabaram! Chegou o “Curso relâmpago para roteiros de novelas da Glória Perez”. Bem, se quiser o curso completo, me liga que eu informo formas de pagamento e o precinho salga... camarada, mas, por enquanto, fique com os principais itens:

- Famílias rivais -> Seja por culturas conflitantes, ódio entre os pais ou alguma outra questão polêmica (idades diferentes e tals), não importa, o amor tem que parecer impossível.

- Questões de cunho social -> Consciência social é uma marca de várias novelas. Glória Perez não deixa isso de lado. Alerta para doenças, violência contra crianças, perigos da internet, etc, etc...

- Serviço cultural -> Como eu disse antes, culturas diferentes da nossa. Mas, só uma por novela, você não vai querer desperdiçar as idéias. Ah, e o legal é reservar espaço para os patriarcas das famílias. Os coroas adoooram seus discursos tradicionalistas sempre em comparação – quase sempre pejorativa – aos nossos hábitos e jeitinhos.

- Diversos -> No geral, não esqueça o casal combinando de fugir – e sendo frustrado – as passagens de tempo, a filharada que cada protagonista poderá arranjar enquanto estiver separado, as chantagens emocionais dos rivais amorosos. Sempre há a abordagem informática na jogada. Desde os tempos de internet, quando lan houses estavam longe de serem populares, até os tempos de Orkut, second life e outros. Dança, muita dança típica, mas não esqueça de fazer a cultura de fora parecer ditatorial. Com flexibilidade de comportamento não se escreve uma boa história de amor impossível. ;)

No fim das contas a gente se pergunta: Será que será (mas, hein?) um clone indiano de O Clone? Será que, no futuro, vamos nos referir às obras novelísticas da senhora Perez como “O Clone Marroquino” e O Clone Indiano”? E o mais importante, será que as (já) reclamações vão influenciar (bagunçar) o andamento da trama? Escolha um país oriental e mãos à obra. Podem me cobrar se não for nada disso, aliás, pode debitar do valor que você vai pagar pelo curso. Inshalá!
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