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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Quando falar sem pensar era a lei





Sabe um negócio que é de cair o cu da bunda umbigo da barriga? Gente que acha que tem a maior opinião embasada sobre algo porque olhou no jornal da tv ou na capa do tablóide na banca e já quer sair por aí cagando cuspindo sobre tudo. Sabemos que os sentidos são as características que nos fazem nos relacionarmos copm o mundo externo (ao corpo), então, é pelo olfato que relacionamos boas e más experiências co odores, paladar na boca e por aí vai até a visão... A visão é um troço engraçado. Dizem alguns cientistas que é nosso sentido mais fraco, menos exato, mas que não temos noção por não compararmos a outras, pois, seria impossível adotar olhos de uma águia, por exemplo, só pra ver a diferença. Agora, a visão mental das pessoas, essa sim é das piores.

Basta um coleguinha postar algo que uma turba inflamada já estará com seus martelinhos pra julgar e com foices, ancinhos e tochas pra condenar. As pessoas não estão com pique de parar um segundo pra dar um google e saber outros pontos de vista. Simplesmente porque de alguma forma, acham que só aquela olhadela que deram na postagem - que, diga-se, já vem manipulada pra se adequar à visão do 'postador' - é o suficiente pra falar como se soubesse do assunto. É aquele velho clichê da hipocrisia, falar o que quer e escutar o que não quer. Quanta gente você não vê postando frases de efeito de auto-ajuda do tipo 'falar de mim é fácil, difícil é ser eu' ou similares tipo 'quem me vê não sabe o que passei pra chegar até aqui', mas é só o apresentador escalafobético da tv gritar em direção a si que o candengo já tá falando como se aquela notícia, gravada e editada fosse a própria realidade acontecendo diante de seus olhos. Pra quem faz isso, meu mais sincero: Bleh!

Por falar em apresentadores, esses caras pagam de juízes, acham que são cientistas políticos, policiais, economistas e... apresentadores. Apenas respiram senso comum, trabalham pra gente rica que tem muitas amizades em empresariados, politicagens e outras bossas e os pagam pra falarem que pobre tem que morrer, que bandido tem que ser morto, mas não tem um entendido deses que pare pra realmente pensar, se é que conseguiriam. Ninguém pensa 'ei, mas de onde será que sai tanta criminalidade quando se trata de favela?'. Não, é sempre o mesmo discurso demagogo de defender 'trabalhador' e exaltar o ânimo da plateia pouco exigente contra o marginal. Nenhum desses palhaços levanta questões quanto a uma solução na origem do problema, querem é ver tiro comendo solto e tem um monte de distraído que vai na onda.

Outro dia, o tal Forcolen se defendia de críticas quanto à redução da maioridade penal. Sempre levantamos que num país onde juiz bêbado passa pela Lei Seca dirigindo e ainda consegue o afastamento da fiscal que o autuou, defender redução da maioridade penal ou pena de morte é, no mínimo, instaurar uma nova ditadura. Aí, o dito cujo fala que se a maioria nas cadeias e comunidades é negra, então é normal que se crie esse conceito do negro sempre suspeito/culpado. Pô, a gente luta tanto por justiça social e essas relíquias da idade média atrasam nossa conversa em uns 400 anos. E esse tipo ´[e tão prepotente que acha que porque tem um microfone e uma câmera ligados, que eles realmente têm o que falar. Na boa, não fico 1 segundo gastando minha vida diante de um mala desses. Esses caras não tem a menor base pra entrar numa conversa, seriam os caras que pra tratar um vazamento, mandaria alguém (porque só são valentes no estúdio) jogar papelão por cima da poça, mas não pensaria em que defeito o registro ou o encanamento tem.

E o engraçado é que eles e seu público só sabem falar do que é notícia, ou seja, não sabem nada da realidade, apenas escolhem algum tema com frases preconceituosas o suficiente pra ficar muito tempo repetindo-as e alfinetando os que tentam pensar. Não é que defendamos criminalidade, mas é muito diferente um moleque crescer na favela sem nada, muitas vezes num lar desestruturado e se jogar na criminalidade porque não aprende conceitos que pra muitos são leis da natureza, como amor ao próximo ou limite do que pode ou não. Muitos até sabem, mas se você não tem nada num undo que te orienta a competir com o próximo por status... enfim, não vou desviar muito, voltando, é diferente um pivete de um estelionatário empresarial. Não é a mesma origem que essas 'vertentes' criminais possuem.



Olha só, não tem milhares de postagens sobre as criminosas 'gatas' que vira e mexe dão notícia na net. Os playboys que espancaram um pivete no Flamengo e o acorrentaram tinham ficha muito mais suja e pesada que o próprio menor que agrediram... não teve corrente defendendo 'tem tudo que morrer', então, só embaso minha opinião de que esse gado de manobra do senso comum deveria se calar, pois, como eu digo, gosto é tipo bunda, cada um tem o seu, não é porque tem que deve dar e não é porque dá que os outros precisam aceitar. O interessante é que muito preconceituoso adestrado se sente muito gente da gente ouvindo O Rappa, banda que é assumidamente engajada em causas sociais, como você nota no clipe abaixo, A minha Alma (A paz que eu não quero), onde você vê imagens de uns 15 anos atrás reproduzindo o que estamos vendo este mesmo ano, a caminho das praias da Zona Sul carioca, onde o governo do estado e do município estão oprimindo a população pobre. Quem aposta num arrastão programado ou incentivado? Porque se você para os menores antes que cheguem à praia, mas a violência aumenta... bem... pense, desgraça, pense.


E este é o 'Gigante' hoje em dia.


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