Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

domingo, 6 de abril de 2008

Beleza-Padrão


Bem, vamos logo ao propósito da pauta (ih, tem mesmo isso?!?)

O que é a beleza? É o que VOCÊ acha agradável de se ver (ouvir, falar, fazer, etc)? Ou seria o que alguém determinou?

Se você vai pelo senso comum e acha bonito o que uma multidão também acha (e se acha no direito de pensar que é formadora de opinião), digo-te: BUCHA! Mas, calma, nada de pensar: “Ma, Garcia, e se eu achar bonito mesmo, independente da maioria, mesmo que a maioria também ache?”. Eu mesmo (com toda a tendência controversa e polêmica inerente ao ser) concordo com o senso comum em vários aspectos, mas, nem a pau que eu vou classificar como feio algo ou alguém que foge do padrão pretensamente determinado pela maioria (ou por quem a influencia).

Isso me traz ao ponto que originou a idéia deste post: Preta Gil. Sim, a filha do ministro (que ela não me veja falando assim, hehe) gerou assunto ao se mostrar descontente com piadas, comentários e afins sobre sua forma física. Tá, concordo com ela no que tange ao fato desagradável de ser alvo de mediocridades e impropérios sobre o que não diz respeito a alheios. Só que, vamos, venhamos e convenhamos, a moçoila é uma personalidade pública. Mesmo que seja atriz, cantora e tals, mexeriqueiros de plantão vão falar de sua vida pessoal (fazer o quê? Eu também acho fútil e superficial²).

O que me impele a divagar aqui é algo que eu li sobre Preta, quando ela falou que só não é uma saradona porque não quer. Concordo também nisso, simplesmente, porque as saradonas do pedaço malham forte, e isso não é dádiva de Deus, qualquer um que pague a mensalidade da academia consegue. O que me incomodou foi ver que Preta, mesmo dizendo estar bem resolvida consigo mesma, dá assunto pra mídia de fofoca com sua insatisfação. Afinal, todo mundo sabe que isso é igual a apelido na época de escola. Quando você menos gosta é, justamente, quando a coisa pega.

Com isso, quero dizer (quero, nada, DIGO!), que existem belezas diferentes. PURRA, com tantos biótipos diferentes, como uma mente pode se considerar normal determinando só UMA referência para algo?! Não, não espere que eu caia naquela baboseira de “o que importa é a beleza interior!”, isso é pra filmes da Xuxa e do Didi (onde o elenco é lindo de morrer... RÁ!!!) ou pra cirurgiões... Ah, vai, os caras devem saber quando um coração é bonito ou um rim é feio – nesse momento, gargalho como se não houvesse amanhã!

Uma mulher nunca, repito, NUNCA vai ser interessante só com beleza física. Pode ser atraente (a menos que adote a forma do He-man, aí fica bizarro!), mas, se for burra feito uma porta... aff, é tão útil quanto conhaque pra abastecer carro de fórmula 1. Nesses casos, só serve como status, tipo: Olha a gostosona ali, tô pegando! E depois? Vira pro lado ou arrisca um “Será que chove?” pra puxar assunto? Cuidado, o resultado pode ser desastroso e traumático – Rá!

O negócio é o seguinte, acho que uma pessoa pode ser bem resolvida consigo mesma e tirar críticas de letra (Duvido que o Faustão se incomode com isso – Ô loco, meu, tanto no pessoal quanto no profissional, bichooo!). Pensa bem... A Luciana Gimenez é lindíssima e não conhecida pelo intelecto, por exemplo. Marília Gabriela não é, nem de longe, um símbolo sexual, mas é uma das personalidades públicas mais conceituadas em sua área (o adorável jornalismo) e ainda ataca de atriz. Qual dos dois tipos você acha que dura mais? Alguém conhece uma inteligência que tenha desenvolvido barriga? E celulite? E... que mulher não tem celulite? As saradonas, saca, aquelas pessoas que fazem curso pra gordinhos do amanhã.

FGarcia® malha... malha os outros, mas, se ofender algum recalcado (ops!), pede desculpas.

Um comentário:

André Moraes disse...

É Fernando, tenho que tirar o chapéu. Vc está escrevendo cada vez melhor, com idéias claras e objetivas!
André Macena

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