Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

terça-feira, 31 de março de 2009

O que eu vou comer?


Não mate um animal, cara. Animais são amigos – talvez escravos com carinhas de desenhos animados – mas, não comida. Como você, seu carnívoro descarado, consegue admirar uma bela paisagem de pastos povoados por bois e vacas felizes a comer e c@#$agar enquanto pensa ou degusta uma belo hambúrguer feito de algum primo deles? Eu te digo: ASSASSINO! Você mata para se alimentar! Não sabe que só os animais podem matar para se alimentar? (Falos dos animais de verdade).

Ah, agora você parou pra pensar bem na barbaridade que está cometendo a cada refeição, né? Parou pra pensar que isso no seu prato ou sanduíche pode ser um pedaço da coxa de um bicho que um dia teve vida, respiração e, quiçá, sentimentos! Procriou e tudo mais que nós, mamíferos, fazemos. O que você sentiria se um boi, um porco ou uma galinha (!) juntasse uma galera pra seqüestrar um ente querido seu, arrancar a pele, os órgãos internos e colocasse os músculos pra dourar numa temperatura alta e, depois, degustar sorridente ao som de uma boa música e acompanhado de uma saborosa bebida? Ninguém gosta quando tubarões fazem de tira gosto uns surfistas de vez em quando.

Dá o que pensar, né?

Pois bem, agora que coloquei tal situação sob esta perspectiva, decidi dar (UIA!) um outro rumo à minha educação alimentar. E, talvez, quem sabe, persuadir você, que lê, a tomar (UIA!²) um caminho mais saudável e pacífico. O caminho é bem simples: Ao invés de trucidar um bicho e comê-lo (UIA!³) pesando seu organismo por anos, que tal uma onda de vegetarianismo? Dá pra ser? Claaaro!

É muito mais tranquilo comer plantas. Afinal, só o que faz ruídos, tem caras com olhos expressivos e sangra pode ser amigo. Uma bela e saudável alface não pode ser sua amiga. Tá esperando o quê? Arranca isso aí do chão e bora passar a faca! Todos eles: Repolhos, couves, cebolas, batatas... quero todos. Todo mundo sabe mesmo que plantas não têm vida... opa, peraê! Têm sim, cara! Ih, lascou-se! Matei os coitados e eles nem pra dar um grunhido, estribucharem ou largar sangue por todo o assoalho! Tsc! Será que, do jeito silencioso deles, me viam chegando perto e reagiam num “Não, porque não me ouve, estou vivo, nãããargh!”. Se você é uma alface, corra para as montanhas!

Dá o que pensar também, né não?

Então, pra não assassinar ninguém, quero declarar oficialmente que, a partir de hoje... não, de agora, eu vou me alimentar de luz. Com a liberdade de fazer uma sopinha de pedras até que se descubra que elas têm essências interiores que configuram vida em algum nível da existência. Quero oficializar, também, que esta é uma crônica irônica (riminha involuntária), pois FGarcia® é onívoro, ou seja, come de tudo (mas, hein?!).

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