Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sorria, você está no Rio!


Comentários tendenciosos e (um tanto quanto) levianos me trouxeram aqui novamente (Ha, como se qualquer outro motivo não pudesse fazer isso, hehe).

Todo mundo sabe da “rixa” que há entre cariocas e paulistas em diversos aspectos. Já ouvi o (falecido) Mário Covas falar que o carnaval do Rio é mais animado que o de sampa porque “enquanto alguns fazem festa outros trabalham”, ou a opinião de uma paulistana a favor do exército nas ruas do Rio porque só assim mesmo já que a coisa não tem mais jeito e, as mais recentes, devido à grande repercussão do filme Tropa de elite.

Tem gente realmente achando que o filme é uma reprodução cinematográfica fiel à realidade (obviamente por mostrar corrupção e violência no decorrer da história). Vi na net, um texto sobre ‘Tropa de elite’ e ‘Notícias de uma guerra particular’ onde há um comentário, no mínimo, tendencioso. É o clássico comentário que fazem com um certo ar de desaforo ou retaliação “branca”. A frase que eu cito é sobre o autor que, paulistano, (logicamente) se incomodou com “ofensas” a respeito de sua naturalidade (paulistano, cacimba!). Ele afirma que, num lugar onde pessoas se afirmam dizendo pertencer à alguma gangue (o termo foi esse, mas facção tem mais a ver) e ofendendo os outros nas ruas, só podemos considerar que o estado é de guerra civil.

Oras, fiquei mordido com isso, porque você tem que conviver num lugar para dizer o que ocorre lá e não disparar afirmações (pendendo à leviandade) com base em um filme (que NÃO é documentário) , fatos e visitas esporádicos.

Não agüento mais ver o filme de José Padilha (‘tropa’, carai!) sendo criticado como se fosse uma distorção da realidade. Será que essa gente, que fala impropérios como se fosse ‘bom dia’, nunca ouviu falar em ficção? Que recalque, malandragem! É como assistir algum filme de Charles Bronson e falar: “ Olha lá, estadunidenses são perigosos. Saem por aí fazendo justiça com as próprias mãos!” (UIA!)

O que eu acho é que o Rio aparece muito nos noticiários pela violência, mas nem de longe que o que ocorre aqui SÓ ocorre aqui. É tão superficial falar que ‘Rj = violência’ quanto dizer que a violência e corrupção é coisa do Brasil. Quem me conhece sabe que eu não sou um patriota fervoroso (nem bairrista), mas há que se lembrar que alguns países ao redor do mundo penalizam vários de seus condenados com a morte e, mesmo assim, o crime não foi erradicado.

Sou da turma do Wagner Montes nesse assunto. Pára de falar mal do Brasil ou qualquer estado por desaforo!!! É muita tolice (alguém fala mesmo assim?) reclamar do lugar onde você está como se fosse o fim do mundo (Se você mora num lugar é perfeitamente normal achar que lá é mais isso ou aquilo do que outro lugar, mas falar generalizando é igualmente irritante (você nem convive lá e quer tecer conclusões, dá um tempo!). Violência acontece em qualquer lugar e, não custa repetir, eu sempre digo: Violência é normal e até acontece pouco, se você reparar que no meio de milhões de pessoas, nem metade da população morreu ainda. (Aff, sarcasmo sinistro!).


Ironia modo ON
Rio de Janeiro é tão sinônimo de paraíso no caos quanto pobre é igual a bandido, a policia toda é corrupta e japonês é tudo igual (?!).
Ironia modo OFF

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