Depois de ser o nome de referência na campanha imbecil tá
com pena leva um bandido pra casa’, agora, Rachel S. pode experimentar seu
próprio conselho, pois, defendeu que 20 ou 30 rapazes de índole perfeita
saíssem por aí aplicando voz de prisão, um julgamento duro, porém justo e uma
condenação de fazer inveja a qualquer código penal... medieval. Mas Shehe foi
enganada.
Mas, como era de se desconfiar, esses heroizinhos não eram
tão Bátemas assim, estavam mais para aqueles episódios clichezentos em que um
babaca qualquer se vestia como um herói pra sujar-lhe o nome. Foi bom, me
libertei de uma meia dúzia de fascistas no meu Facebook, agora com o plus de
saber que também eram – que descansem em ignorância – boçais direitistas como
eu mesmo xinguei alguns.
O certo mesmo é que Rachel S defendeu que 20 ou 30 rapazes –
demonstrando coragem e muita honra – juntaram-se pra pegar de porrada e armas
dois ou três pivetes (deixando apenas um pra pagar pelos outros). Muito digno, porá não dizer grandioso. Só que descobriram
que dois deles possuem fichas extensas na polícia.
Crimes como estupro, lesão corporal, furto em condomínio,
ameaça, uso de drogas e recusa ao serviço eleitoral, estão associados ao
histórico de apenas dois dos anjinhos de Sheherazade. Nota-se, já de saída, que
os valentes justiceiros, anjos da penitência da nata da criminalidade carioca
possuem um arsenal mais variado que o bat-cinto.
É, Rachel S, seus heróis defensores da moral e dos bons
costumes, justos e carismáticos são mesmo um achado... ou melhor, dois, até
agora. Quem sabe, você não leve um troféu Bieber 2014, pela sequência tão
alucinada de impropérios em pouco tempo, não é? Deve ser alguma fase que você
está passando, naturalmente.
Sheherazade, aquela que vale a pena ouvir. Conta a lenda que ela enfrentou a tirania do rei e o converteu num homem apaixonado, apenas contando-lhe histórias por mil e uma noites. |
Nem em mil e uma noites essa Sheherazade vai conseguir
encontrar argumentos pra negar que defendeu bandidos ainda mais covardes do que
o que ela achou que fosse um lixo descartável. E agora, S? Quem é a sociedade
limpa que seus bibelôs defendiam ao espancar um adolescente infrator?
Eu, particularmente, torço pelo processo penal justo, mas,
no ruim de tudo, ainda entendo mais um jovem que cresceu sem um pai, traficante
morto, e expulso de casa pela mãe ao cometer um pequeno delito na comunidade
onde morava, do que os jovens de classe média que se armam pra bater nele. Mas,
veja só, eles devem responder ao processo de forma justa, não é? Alguém torce
pelo espancamento e acorrentamento deles?
Vamos todos cantar, ao som de Baby, baby, baby, aquele
refrão: Direitos humanos pra humanos direitos de direita!
Mas, péra, embase o argumento de Rachal S. por mais um segundo:
Ou seja, Sheherazade - a do Senor, não a do sultão - é uma BELIEBER!
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