Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O fenômeno no Brasil


***Protesto (quase) gratuito modo ON***

Só eu tô de saco cheio de tanta babação de ovo pra cima do Ronaldo? Claro, o cara é prato cheio e quente pra vender jornal, atrair audiência e é duas vezes o jogador que costumava ser (pelo menos em tamanho), mas isso só aborrece a mim?

Que o futebol é um placebo com textura de artigo de primeira necessidade todo mundo sabe. Qualquer um que corra atrás de uma bola na base de caneladas em outros marmanjos é mais bem tratado e reconhecido do que um artista, médico ou gari. E transformar o gordômeno em astro é uma coisa que já deveria ter deixado de ser moda há muito. Pô, o futebol virou o palco do Ronaldo. Agora é Ronaldo e o resto do país. Fala sério, há quanto tempo ele não se destaca pelo futebol? Só aparece em colunas sociais e de fofocas pela vida pessoal. Eu, sinceramente nem lembrava que ele tava no Brasil pra se recuperar de outra lesão/cirurgia no joelho.

Qualquer expressão ofegante (estilo cachorrinho) do chutador de bola aparece mais que o traseiro da mulher-fruta da moda. Com todo um mundo futebolístico rolando por aí o tempo todo e os caras mostram a lingüinha de fora do caneleiro. “Ah, mas FGarcia®, ele contribuiu muito pra história do futebol !”. Eu te digo assim: Lhufas! Pouco me lixei. Não sou chegado em futebol, mas, apesar disso, o bacana aparece em tudo quanto é canto. Ah, o negócio é que ele é um guerreiro e nunca desiste? Bah, dão mais destaque pra um craque do passado de presente meia-boca do que pra atualidades.

Claaaro, tenho que me manter calado quando ele apronta alguma como as das finais do campeonato Paulista, mas ainda protesto quanto à super-exposição de alguém que, provavelmente, veste as calças pelas pernas como todo mundo. Talento, ele tem, mas muita gente em outras áreas também tem e não se vê essa puxação de saco que as mídias em geral resolveram fazer. Caracoles, o cara está em todas! Aparece mais que ex-BBB’s em programas direcionados a donas de casa. ¬¬

***Protesto (quase) gratuito modo OFF***

terça-feira, 31 de março de 2009

O que eu vou comer?


Não mate um animal, cara. Animais são amigos – talvez escravos com carinhas de desenhos animados – mas, não comida. Como você, seu carnívoro descarado, consegue admirar uma bela paisagem de pastos povoados por bois e vacas felizes a comer e c@#$agar enquanto pensa ou degusta uma belo hambúrguer feito de algum primo deles? Eu te digo: ASSASSINO! Você mata para se alimentar! Não sabe que só os animais podem matar para se alimentar? (Falos dos animais de verdade).

Ah, agora você parou pra pensar bem na barbaridade que está cometendo a cada refeição, né? Parou pra pensar que isso no seu prato ou sanduíche pode ser um pedaço da coxa de um bicho que um dia teve vida, respiração e, quiçá, sentimentos! Procriou e tudo mais que nós, mamíferos, fazemos. O que você sentiria se um boi, um porco ou uma galinha (!) juntasse uma galera pra seqüestrar um ente querido seu, arrancar a pele, os órgãos internos e colocasse os músculos pra dourar numa temperatura alta e, depois, degustar sorridente ao som de uma boa música e acompanhado de uma saborosa bebida? Ninguém gosta quando tubarões fazem de tira gosto uns surfistas de vez em quando.

Dá o que pensar, né?

Pois bem, agora que coloquei tal situação sob esta perspectiva, decidi dar (UIA!) um outro rumo à minha educação alimentar. E, talvez, quem sabe, persuadir você, que lê, a tomar (UIA!²) um caminho mais saudável e pacífico. O caminho é bem simples: Ao invés de trucidar um bicho e comê-lo (UIA!³) pesando seu organismo por anos, que tal uma onda de vegetarianismo? Dá pra ser? Claaaro!

É muito mais tranquilo comer plantas. Afinal, só o que faz ruídos, tem caras com olhos expressivos e sangra pode ser amigo. Uma bela e saudável alface não pode ser sua amiga. Tá esperando o quê? Arranca isso aí do chão e bora passar a faca! Todos eles: Repolhos, couves, cebolas, batatas... quero todos. Todo mundo sabe mesmo que plantas não têm vida... opa, peraê! Têm sim, cara! Ih, lascou-se! Matei os coitados e eles nem pra dar um grunhido, estribucharem ou largar sangue por todo o assoalho! Tsc! Será que, do jeito silencioso deles, me viam chegando perto e reagiam num “Não, porque não me ouve, estou vivo, nãããargh!”. Se você é uma alface, corra para as montanhas!

Dá o que pensar também, né não?

Então, pra não assassinar ninguém, quero declarar oficialmente que, a partir de hoje... não, de agora, eu vou me alimentar de luz. Com a liberdade de fazer uma sopinha de pedras até que se descubra que elas têm essências interiores que configuram vida em algum nível da existência. Quero oficializar, também, que esta é uma crônica irônica (riminha involuntária), pois FGarcia® é onívoro, ou seja, come de tudo (mas, hein?!).

terça-feira, 17 de março de 2009

Eu beijei uma garota


Primeira-dama Garcia pode ficar desprocupada, pois, apesar de não ser a garota do título, também não atentei contra o acordo social de relacionamentos monogâmicos. Tô pra falar (escrever!) sobre o sucesso e pretensa pseudo-polêmica que alguns tentam nos empurrar goela abaixo (UIA!). Trata-se de I Kissed A Girl, sucesso de rádios e pistas cantado pelo piteuzinho Katy Perry.

A música é a história de uma garota que saiu pra curtir uma night e, sem planejar, “ficou” com uma outra garota. E acabou gostando da nova experiência – para sua própria confusão e, possivelmente do namorado. Não tenho nada contra garotas se beijando – mulher é um bicho muito bom meRmo! O que me incomoda é quando alguém tenta fazer a coisa parecer uma provocação à moral e aos bons costumes. Lá se vai longe o tempo em que Madonna escandalizava o mundo com suas performances... er... escandalosas XD. A letra não retrata nada mais que um fato corriqueiro de hoje. Na verdade, acho até que é uma tendência, uma modinha entre as meninas.

O que mais se vê por aí, graças a Deus, é uma maior manifestação de relacionamentos homossexuais (homo-afetivos, sei lá). Sinal de que o mundo evoluiu um pouco. Sou, assumidamente simpatizante da causa da galera do arco-íris, mas não é ao que a música supracitada me remete (UIA!). A coisa fica com um climinha de pegação entre meninas que não são gays, mas que querem dar (O.o) o que falar. Tipo, o Latino, que surge com um disco a cada ano com alguma expressão da moda (Sem noção, Junto e Misturado...) só pra ter seu momento subversivo no ano. Me fez lembrar a dupla T.A.T.U (saca, aquelas gatinhas que faziam pose de casal alternativo). Todo um marketing, por parte das mídias e das próprias cantoras.

O que eu tenho a dizer sobre isso é o seguinte: Grandes coisas uma garota beijar outra. Tantas fazem isso – e muito mais - sem se exibir e o mundo não desabou pro abismo da promiscuidade – embora estejamos indo pra lá num ritmo alucinante.

domingo, 8 de março de 2009

O tempo passa, o tempo voa


O tempo passa, o tempo voa... Não tenho mais o tempo que passou. Temos todo tempo do mundo. Não temos tempo a perder. Temos nosso próprio tempo... Frases que são tão verdadeiras quanto paradoxais. É, cara, o tempo é tudo, é nada, mas, além de tudo – ou no fim de tudo – o tempo é relativo.

Não, não vou discorrer (!) sobre a ciência do tempo, nem ficar martelando coisas como “não perca tempo!”. Tá, meu lema é carpe diem, mas isso é particular meu. O legal sobre o tempo é pensar em como a gente pensa que o tempo voa. Sabe, algo assim “mas, já acabou outro carnaval? No outro dia mesmo a gente tava no ano passado!”. Isso me fez divagar (dah, novidade!) sobre a passagem do tempo. É um fato. Tudo envelhece a cada segundo. Mas, será que o tempo passa e quem bobeia fica pra trás, ou a gente muda tanto com o mundo e acaba deixando o tempo pra depois?

Vixe, tá parecendo o tipo de coisa que eu publicava nesse blog láááá nos primórdios, em 2007. Viu como 2007 já ficou pra trás? Não nós. Nós estamos aqui, escrevendo e lendo, mas 2007 ficou no passado. Como diz a música ‘Oração sobre o tempo’ (acho que o nome é esse), no fim, ‘não serei, nem terás sido’. O que eu entendo disso é que o tempo passa, nós passamos e tudo passa. Tudo passará (citei Nelson Ned, cara!). Mas, quem tem a consciência? Nós. O tempo é uma coisa que a gente nomeia, mas nem pode definir como fazemos com o vento – ou o BBB. Enquanto você lê isso, muita coisa já aconteceu e está acontecendo. Mas, lê até o final, hein! Nada de tentar aproveitar o tempo antes de concluir tão salutar leitura. ;)

No fim (fim? Mas o tempo é tão relativo! Vai que é um começo?), o mundo gira e todos estamos aqui, uns vivendo, outros, fingindo – e alguns tentando definir a situação. Sabe a melhor definição de tempo? É assim:

O passado já passou, o presente está acontecendo... e seguindo de perto o futuro. E o futuro? É... agora. Não, é agora. Agora... passou mais tempo. Agora... agora... agora...

FGarcia® é agora.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Novidades televisivas '09


Essa vai para a série “Não vi e não gostei” que estou, solenemente, estabelecendo aqui. Não há uma periodicidade, mas sempre que as forças do mal... er... sempre que a programação televisiva me provocar eu tô aí pra tirar uma com a cara “deles”.

• TV Globo => Falar da Globo é fácil, pois tem a maior visibilidade do Brasil. Ou daS ÍndiaS. “Caminhos do Clone” me oferece a “inédita” (aspas, percebam as aspas) situação: Moncinho papa mocinha, logo depois ela se casa com alguém que a família obrigou, mas vai estar grávida do garanhão. Ou seria do pangaré? Bem, se o negócio era mostrar mais uma história de amor impossível atrapalhado por costumes fundamentalistas, pra quê escrever naS ÍndiaS? E porque o nome no plural? Podemos esperar pra daqui a dois anos algo como “Japão, terra do sol nascente?” (Se pintar mesmo, eu processo!” ;) Faz sentido. Depois de uma passagem de tempo, começam os encontros e desencontros – enquanto vão se reproduzindo com metade do elenco. Nem vou me aprofundar no assunto Malhação, já que é tão eterno quanto o BBB e tão repetitivo quanto. A Sessão da Tarde, com seus filmes de bichinhos esportistas e crianças mágicas também merece menções.

• TV Record => Nada mais justo que deixar em segundo lugar a emissora que persegue isso. A emissora dos mutantes mais esquisitos da ficção. E ainda vejo o autor Tiago Santiago falando que vem uma terceira temporada. Mas, agora é “Promessas de Amor”. Com temática incentivando a proteger a natureza, viagens no tempo, cuidados com alimentação... Ai meu Deus! Mais clichês a caminho. Falando em clichê, temos também “A Lei e o Crime”. É vigoroso e age como se fosse continuação oficial de Tropa de Elite. Com direito a narrativa em off da protagonista que é uma, adivinha, policial. A delegada incorruptível em meio a um elenco (quase) inteiro de personalidades duvidosas. O chefe do tráfico como um pai amoroso e carinhoso com a esposa titular parece mais mocinho do que qualquer outro. É surreal. Além do elenco e de diversas produções, a Record resolveu fazer igual à líder e sonhar alto... O problema é que ainda falta uma identidade própria. A emissora do bispo fica numa de tecnologia Globo com oportunismo SBT. Ficou no meio do caminho.

• SBT => Já que citei a simpática emissora do baú, nada mais justo que fazer uma menção honrosa (ou horrorosa) à sua programação. Temos a novela da esposa do Senor – que nem a protagonista assiste - um programa com a clássica configuração “Hoje em Dia” chamado “Olha Você” – acho que o nome “Mais Você” já tinha sido usado - marionetes... er... crianças vendendo brinquedos para outras crianças e muchas cositas mas. Agora, o que me incomoda mesmo são as empresas que anunciam na “Sessão Premiada”. É repugnante ver alguns atores desafinados cantando “Só Você”, a música que nomeia o perfume assinado por Fábio Júnior. Cantam tão bem quanto um balde d’água caindo no gramado. E aquela do Magrins? Passava há uns meses. Duas amigas. Uma delas, no provador de roupa, com dificuldades de vestir uma calça. A outra, de fora, recomenda o uso do tal emagrecedor. Tudo muito canastrão. A mina que descreve os benefícios do medicamento “cospe” as vantagens como um vendedor de carros ansioso e a “gordinha” do provador não convence com seus gemidos pouco emocionantes.

Dá pra falar (escrever!) mais, mas vou deixar pra uma próxima.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Psicanalisando: Os Mutantes (não a banda)


A bagulho mais clichê e canastrão desde o surgimento do “estilo” de pagode mela-cueca (e sua versão com guitarra, comumente chamado ‘emo’). Não, não estou falando de malhação (não ainda), nem das chamadas de filmes da sessão da tarde. Mas, também, trata-se de uma galerinha irada que apronta as maiores confusões numa aventura cheia de loucuras e agitos da pesada. Falo de (argh!) Os Mutantes.

Sério, meu prêmio para tramas e textos repetitivamente estúpidos (o Troféu-Babaquice ´09, se preferir) já tava indo – como é de praxe, tradição, pompa e circunstância – para Malhação, saca, aquela novelinha que não mostra uma academia há trocentos anos e ainda mantém o nome besta. Por mais uma temporada com “atores” crus e enredos pífios e banalizadores da natureza humana, a novelinha da Globo merece sempre, pelo menos uma menção honrosa – ou horrorosa – pelo controle de (falta de) qualidade da atraçãozinha que produz rostinhos bonitinhos – ou só pop – para o mundo e superlota o mercado de atores sem necessidade. Mas, Os Mutantes é algo pior. Chega a ser maligno o modo como o troço é feito e a falta de capricho – ou só cara de pau mesmo – que apresenta. Gente do céu, é muito ruim. De um amadorismo que nem o SBT consegue com a insossa Revelação (que tem um motivo pra ter ido pra frente... Ma, Oooeeee, vai pra lá, vai pra lááá).

‘Os Mutantes’ surgiu como uma descarada tentativa de pegar carona no sucesso de séries importadas bem como Lost, Heroes e tals. Quando ainda era uma novela (é, quando acabou, virou série. Igualzinho aos mutantes dos gibis que nunca morrem de verdade) a bagaça já dava indícios de que seria de uma canastrice ímpar. Dava pra notar todos os elementos copiados: prisioneiros numa ilha sem chance de fuga, pessoas com poderes especiais lutando umas contra as outras, cientistas loucos produzindo seres alterados geneticamente e por aí vai. Aí, começou a putaria: Vampiros, lobisomens, dinossauros, extraterrestres e outras coisas igualmente mal e ridiculamente exploradas. O nome original era “Caminhos do Coração”... clichê como “Amor e Intrigas”. Nomes genéricos e que descreveriam todas as novelas do mundo. Agora é só “Os Mutantes (por um tempo, com o complemento do nome original)”. E os textos são tão bobos que constrangeriam até os caras do Casseta – já fomos bons nisso – e Planeta. Coisas como “Pega leve, delegado, violência só gera violência” ou “Nossos irmãos são os melhores amigos que temos”. Putz, cara, e como duram... não sei se é por serem ruins ou se são longos mesmo.

Enfim, eu não assisto e passei pelo canal por acidente. Mas, como estão anunciando as últimas semanas da trozoba, resolvi ver a quantas andava o negócio. Só pude perceber que incluíram gêmeos malvados e coisas como “liga do bem” e “mutantes do mal”. Ah, a “liga do bem” faz uma espécie de oração antes de irem para a ação. Não sei como não aproveitaram o largo filão e não nomearam a protagonista de “boazinha” e sua irmã gêmea do mal como “gêmea malvada”. A novela, aliás, série, poderia se chamar “série” e a Record poderia se chamar “emissora de televisão”. Talvez por ter metade do elenco da Globo, e muita gente que pintou em Malhação, o nível simplório seja natural para os produtores. Agora o que me surpreende mesmo é a quantidade de nomes que aparecem nos créditos como “escritores”. Aff, deve ter uma dezena de nomes e só saiu aquilo?! O.O .

Seguindo o lance da clichezada e das frases feitas compradas em camelô, eu digo: Drogas, tô fora!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

E O FUTURO CHEGOU


Não é legal como o futuro parecia brilhante? A ficção – e alguns nerds, profissionais ou não – sempre criaram aquela utopia do mundo perfeito. Máquinas interagindo e nos servindo de forma completa, carros voadores, tudo muito brilhante e tudo muito próspero, né? NOT!

A ficção fez o que uma obra da própria ficção mostrou que a humanidade faria. Falo de Matrix. Na trilogia cinematográfica – e em todos os seus afluentes, nas diversas mídias *CA$HIN* - a história já começa num futuro beeem distante e esse futuro, “pós-apocalíptico/cyberpunk” acontece por causa de uma revolta das máquinas com inteligência artificial – provocadas pelo preconceito da humanidade invejosa – que se defendem e se mostram, obviamente, mais resistentes e preparados para porvir. Parece o futuro, mas só mudaram alguns elementos. Trata-se de uma espécie com poder de manipulação, incapacidade, ou preguiça, para fazer por si só e que domina/escraviza uma espécie com outros interesses e capacidades menos voltadas para domínio e colonizações. Quantas vezes não vimos isso? O futuro da TV repete o passado – e presente – de ricos dominando pobres, brancos subjugando negros, Lex Luthor enrolando Superman e tudo mais.

Em Matrix a dominação começa do homem sobre a máquina, depois a retaliação trás a máquina para a posição de cima (UIA!), superior e assustadora. Como diria a Legião Urbana: “O futuro não é mais como era antigamente”. Talvez, mas nem tanto. A escravidão do povo negro acabou... acharam que era mais interessante alforriar negros e dominar economicamente todo o resto. A “casta” de gente pobre – porém rica de coração, pois, é o que realmente interessa – aumentou de negros para... todo mundo. Você não entende como só te sobra migalhas enquanto tão poucos – e sem justificativa – levam o grosso (UIA!²) da economia nacional e mundial? É, bem vindo ao meu mundo. Talvez com algum choque de ordem – do tamanho do big bang, pra começar – o futuro seja realmente brilhante e organizado, por enquanto ‘ordem e progresso’ é só motivo de piadinhas com rimas infames e uma bela diferenciação da nossa bandeira para a do resto do mundo. Na verdade, os filmes mostram muito o futuro sendo em 2005, 2020, 2040... Já passamos pela primeira leva de futuros brilhantes e, acho eu, que não passamos no teste de boa conduta.

Mas vamos continuar na fé. Ou podemos tentar mudar lutando pelos nossos direitos, não dependendo da TV ou de figurinhas carismáticas da mídia. Oremos. Lembrei de Lulu Santos agora... “Assim caminha a humanidade...”. Já criaram a máquina mais cara do mundo – o tal acelerador de partículas, virtual criador de uma miniatura do big bang e, possivelmente, uma ótima torradeira nas horas vagas – e não encontraram uma cura para a AIDS ou uma prevenção efetiva para o câncer. Na verdade, nem uma solução para a fome, miséria e violência foi apresentada. Me faz pensar se essas invenções do futuro são mesmo verdade ou só especulações... porque, fala sério, todo dia alguém descobre que a solução para o stress é sorrir, mas ninguém resolve algo realmente importante. Na Etiópia, as pessoas não devem sorrir tanto quanto nos “EUAses” ou na Inglaterra, lugares de onde vêm essas pesquisas inúteis. Correndo o risco de parecer redundante: Oremos².

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

OPERAÇÃO: CHOQUE DE ORDEM


A lei existe há quase tanto tempo quanto os dinossauros. Todo mundo sabe o que pode e o que não pode fazer. Todo mundo tem, pelo menos uma vez na vida, um momento “frase feita” quando diz “Olha só, o direito de um começa onde o do próximo termina” (ou o contrário, nem lembro, nem influi tanto no assunto). Beleza, mas tem gente que, simplesmente, não se importa com os códigos de convívio criados para uma convivência razoavelmente justa, harmoniosa e tals. Sempre tem um “féla” (abreviação de “féladaputa”) que resolve que sua necessidade de estacionar um carro na frente da tua garagem é maior que a tua de sair com o carro, tem o que se acha com direitos de desobedecer um sinal fechado e por aí vai. Estou falando tudo isso porque a lei existe, mas todo mundo sabe que não é cumprida. Ah, se fosse... Claro, sabemos que também depende da educação que cada um trás de casa. Mas, uma coisa de cada vez.

Pois bem, para que se cumpra o que já existe, a atual prefeitura criou uma secretaria especialmente designada a cuidar da ordem pública... ou, pelo menos, para que seja viável a existência de uma. À operação que está cuidando do caos urbano que existe no Rio de Janeiro, RJ foi dado o nome de “Choque de Ordem”. O nome é forte e admito que gosto. Nem adianta falar que o camelô tá ali trabalhando e que é melhor do que roubar... não justifica termos que viver entre os restos de alimento e embalagens que eles largam pelo chão. Nada me convence a viver no chiqueiro por causa do comércio informal. Como o Brasil é conhecido mundialmente (sério!) pelo jeitinho, não sei até onde, nem quando, essa campanha vai durar e se é de fundamento social ou eleitoreiro (Mas já? Nunca é cedo pra pensar na reeleição). Mas torço e levo fé que dê em alguma coisa.

Por posts anteriores e razoavelmente recentes, você percebe que nem votei no atual prefeito, Eduardo Paes, mas o homem tá lá, né, cara? Como cidadão (“como” não é o verbo, se fosse, combinaria com “cidadã”) eu quero que minha cidade evolua. E não digo evoluir como um pokemon – que sempre vira um bicho esquisito que não serve pra nada na prática – tô falando de ter uma cidade maravilhosa em termos práticos. Não só em turismo – incluindo o sexual, pros que curtem – ou carnaval. Quero um Rio decente o ano todo e na cidade toda. Centro, Barra e Zona Sul são legais - eu mesmo freqüento sempre (se me permite a redundância) – mas faço votos de que tudo se cumpra a contento e em todas as localidades. Mas – e sempre tem um “mas”, acho que é porque rima com “pé atrás” – como sabemos que este é o país da conveniência e do “uma mão lava a outra”, fica meu registro de “São Tomé”. Só vou vibrar mesmo depois que medidas de longo e eterno prazos forem tomadas. É fácil tirar um camelô da rua e apreender a mercadoria – pirata ou não – mas se não oferecer meios de se regularizar ou manter a fiscalização e repressão à desordem, não vai dar em nada.

Uma coisa é boa de se constatar, pelo menos a coisa saiu do papel logo no início do mandato. Se for eleitoreiro ou não, que se dane, que dure pra sempre e sirva de exemplo para tantos outros governos. O estadual bem que poderia fazer isso na polícia em relação à criminalidade ao invés de se contentar com números frios. Mas, voltando à vaca fria – e eu ainda mantenho meu juramento de que vou descobrir porque essa expressão existe – gostei dess atitude da nova prefeitura. Não consigo entender como as pessoas simplesmente conseguem viver em meio a tanta bagunça e ahcar normal ou necessário. Eu ando pelas ruas – a pé ou de busão, carro, tanto faz – e só consigo pensar naqueles filmes estadunidenses em que eles retratam localidades das Américas, Central e do Sul, como lugarejos quase tribais no meio da selva. Faço idéia do que parecemos para pessoas que são criadas no primeiro mundo (índios, vivendo em palafitas, entre o Rio Amazonas e a praia de Copacabana, com macaquinhos nos ombros, ouvindo samba, comendo acarajé com feijoada e bebendo caipirinha – de Sagatiba, nham! – e vestindo uma camisa camuflada do exército ou da seleção de futebol.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Maysa e o BBB9


“Maysa: Quando fala ao coração”, que contou a vida da cantora, compositora e boêmia Maysa (o Cazuza da era pré-anos 80) reinou absoluta em audiência e aceitação na primeira semana de exibição (de 05 a 09/01/2009). Foram tantos comentários favoráveis que ouvi e li que fiquei feliz por ter acompanhado ignorando meus instintos mais básicos que diziam “É escrita pelo Manoel Carlos, cooorraaa!!!”. O volume de opiniões encantadas com o capricho com que foi feita a minissérie só rivalizou (pudera!) com as frases descontentes. Mas, não, não críticas à série (que eu comento mais à frente), mas sim, críticas à segunda semana da obra de Maneco e Jaime Monjardim. Não críticas (ok, terceira vez que eu uso essa palavra, agora ela é só minha por direito) à minissérie (pô, depois eu falo sobre isso, cara!). Eram reclamações quanto ao horário. Um trabalho tão cuidadoso relegado a um horário para seletos insones que não precisam – ou não querem – acordar cedo.

Maysa, na segunda semana, foi empurrada (UIA!) pelo BBB9. Não é uma manchete sensacionalista de um desses tablóides de R$ 0,50. É uma constatação. E por quê? Porque a Globo parece entender (?!) que o horário, dito, nobre é para o Homer Simpson, e a casta de seres com um pouco mais de iluminação intelectual que fique com a madrugada. Pescou a situação? Tremendo incentivo à não-inteligência, visto que para curtir Big Brother basta desligar o cérebro e exercitar a milenar arte de falar da vida alheia. Do latim: Mexericus Fofocarium. E nem se trata de conhecidos seus. Tá, talvez eu tenha deixado escapar que faço parte dos fãs de belas artes e contrários a esse tipo de superficialidade. Mas, não sou contra atrações populares. Só que... por quê a emissora faz campanha para se ler livros enquanto os bons trabalhos vêm depois do BBB?

Faço aqui meu protesto – silencioso – contra os inícios de ano em que as novidades (em forma de minisséries e especiais) precisam esperar o maldito BBB para aparecerem. Convenhamos, quem tem um gosto mais... bem, exigente - \o/ - precisa de um sono legal pra poder assistir a um bom programa e dormir bem. Quem curte BBB curte o horário que for, o dia todo em muitos casos. Essa galera pode chegar nos trabalhos e aulas com duas noites de sono que, ainda assim, vão comentar e fofocar empolgadíssimos por três meses. E você, que só queria um alento cultural para sua preciosa mente antes de ir pra cama, fica com o horário que nem o filho do diretor deve agüentar acordado pra ver.

As pessoas confabulavam: Será que a série foi uma homenagem do filho à mãe? Ou um desaforo do filho da mãe? Agora, uma minha (hum, cacofonias rock!): Só eu lembrei do Cazuza? Posso dizer que quando fala ao coração, o tempo não pára? (Já posso escrever “pára” sem o acento?). Bem, levantei essas questões porque uma mulher voluntariosa com coragem pra fazer o que a maioria tinha vergonha até de pensar pra não ir contra a opinião do (bleh!) senso comum me faz pensar no – saudoso - jovem Agenor (o Cazuza, carai!), que também falava e fazia o que queria. Fiz uma comparação traçando um método de “trabalho” entre os astros. Gente à frente de seus respectivos tempos e que nos deixaram de formas dolorosas. Se provocaram seus destinos, sabe-se lá, não se pode culpar os Mamonas por provocar seus destinos ao entrarem para a música ou num avião, saca?

Mas, no frigir dos ovos, a série acabou, muitos não viram - quer por pirraça pra evitar o BBB, quer por sono no horário tardio – e ficaram as reclamações que perdurarão por – no mínimo – mais um ano, visto que, sabemos que a franquia BBB tem contrato previsto para 10 edições. Se vão prorrogar, sabe-se lá. Enquanto isso, oremos.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Maysa: Quando fala ao... PONTO ELETRÔNICO!


Não é supimpinha quando apresentadores nos brindam com seus divertidos mascotes? Silvio Santos resolveu que uma menininha de cachinhos bem feitos deveria ser o carro-chefe de um programa (co)apresentado por ele (afinal, o programa é deeele, a emissora é deeeele...). O grande barato é que a menina nem disfarça que está recebendo informações por um ponto eletrônico. Também, pudera, apesar de não ser mais tão miudinha e estar (logicamente) crescendo a olhos vistos, ela ainda é bem pequena. Não, não se trata de uma nova Simony (será?), afinal, ela não usava um desses pontos quando surgiu pelo programa do mago do banquinho, Raul Gil. Estamos falando dela, a musa do Top 5 do CQC, a pequena notável, não a Carmem Miranda, mas sim, MAYSA! Quando fala ao coração... quer dizer, nesse caso, quando falam ao ponto eletrônico em seu ouvido! Rá!

Nada de marionetes, bonequinhos ou papagaios perspicazes. Eu até achava que o Roque ou o Lombardi teriam mais potencial nessa onda, mas Seu Abravanel cismou (e pode fazê-lo a hora que quiser, afinal pode pagar) com a antiga parceirinha mirim (Robin?!) de Raul Gil (saca, aquele senhor que também utiliza criancinhas falantes como animações de palco). Talvez, por ter visto que o seu Gil leva jeito para lançar nacionalmente (na vizinhança dele) criancinhas que correspondam com suas peripécias no palco, o mago do baú optou por contratar a menina-robô-anão-puppet mais amada de todos os tempos da última semana do Brasil por uma grana que muito jogador de futebol não vai ver durante toda sua vida de correr e chutar bolas (UIA!).

Bem, cada apresentador tem o Louro José que merece. Agora, porque colocar uma presepada mal ensaiada dessa? E, ainda por cima, numa das atrações mais “corta-tesão” da televisão brasileira? Pô, já é um saco ter que ver alguém adivinhando em que número estão os mil reais – isso, entre os cansativos jabás, que eles chamam carinhosamente de “recadinhos” (blá!) – e ainda temos que topar com a infante moçoila gaguejando e tropeçando nas falas enquanto orienta e conversa com criancinhas de sua faixa-etária – num papo tão produtivo quanto pareceu na minha descrição. Claro, isso quando não são as ex-crianças-chatas, que hoje são pré-adolescentes com os mesmos belos atributos da frase anterior, nos entupindo de frases repetitivas (lavagem cerebral ou treinamento para vendedores de enciclopédia?), vícios de linguagem e trejeitos irritantes.

Não sei se o nome dela se escreve com ‘I’ ou ‘Y’, mas mantive o ‘Y’ pra firmar a piada com a série homônima da TV Globo (cada emissora tem a Maysa que merece). Minhas considerações finais são: Assim que estiver em minhas mãos, rasgarei meu diploma de Comunicação Social, pois, quando você não sabe de algo, não pergunta ao comunicador... você pergunta é pra Maysa!
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