Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Hedonismo (o que vale é a pegação?)


Que coisa chata é ver uma pessoa solteira se achar incompleta por não estar de namoro. Tem gente que fica se questionando porque não arruma um relacionamento e acha que tem algum problema.

Geralmente, mulheres costumam ter esse pensamento mais frequentemente. O “problema” delas, supostamente (na idéia delas), é o fato de serem fiéis, comportadas e tals. Aí, encontram algum mané que não valoriza uma mulher decente, se decepcionam e partem pra “vingança”. Sabe aquele funk que diz: “Tentei andar na linha, você não me deu valor, agora @$$#%@#” ? Por aí.

Essa vingança é como um descarrego (hein?!). A idéia é não se valorizar e não levar ninguém a sério. Mas, aí, eu te pergunto: Justamente quem não te valorizou é que você tira por referência de avaliação? Digo, uma desilusão amorosa é motivo pra galinhar? Não, não sou moralista e não tenho nada contra uma boa curtição (e como achar sem procurar, né?), mas acho que essa cultura de “pegação” e “beijo na boca” é pra quem sofre de carência afetiva profunda. Porque mais você pautaria sua vida na quantidade de pessoas com quem você trocou fluídos corporais (UIA!)?

Tem gente que valoriza a quantidade, outros, a qualidade. Mas, há muitos fatores influenciando. Não venha reclamar da solteirice se você só freqüenta locais onde “a azaração está bombando”. Não dá pra achar bicho de goiaba em maçã. Também não suporto o papo de “só conheço quem não presta”. Uma auto-avaliação seria legal. E ainda há aqueles casos em que a pessoa reclama de vários relacionamentos mal-sucedidos, mas são as mesmas pessoas que ficam com qualquer um(a) pra não passar pelo “pesadelo” de estar solteiro(a).

Particularmente, acho de uma frivolidade descomunal essa coisa de achar que é grande coisa a “cultura do sabonete”, ou a “cultura da maçaneta”, se preferir (Rá, acabei de nomear). Também acho superficial demais alguém achar que é feliz, APESAR, de solteiro(a). Não tem que se desculpar por não ter namorado(a).

FGarcia® acha anti-higiênico sair por aí a trocar saliva com muitas pessoas. Rá!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Grana curta = Corrupção? O.o


Já vou começar este post com o pé embaixo! Vamos parar com essa palhaçada de dizer que policiais se corrompem porque ganham pouco, p@#$%orra!

Agora, estresse e má remuneração é desculpa para virar bandido? E, o pior, para passar a mão na cabeça dos coitadinhos... Ma, Garcia, eles são as vítimas, então, né?
Digo-te solenemente, caro leitor: WROOONG!!!

É, realmente, lamentável que a desculpa para policiais (ou qualquer outra categoria profissional) fazerem bicos de vagabundos seja a pouca grana. Imagina quantos desempregados, domésticas, vendedores de papelão e pedreiros não cometeriam crimes deitados nesse argumento besta? O mundo pararia para o crime passar, já que a maioria é pobre. E a playboyzada não teria qualquer motivo pra roubar, traficar ou coisa do gênero. A politicada, então, vixe, nem era pra eles... ah, você sabe o que acontece.

FGarcia acredita na polícia. Grana curta não diminui caráter. Foi-se o tempo em que crime era roubar galinha pra alimentar a família.

Post curtinho pra destilar e externar minha indignação em relação a essa desculpa estapafúrdia.


Para melhorar o astral (e ocupar espaço desavergonhadamente), fique com um vídeo supimpinha de quem não ganhava nada pra salvar as pessoas, mesmo assim não desistia! Ca-la-ro que falo do abnegado Super-herói Americano:

(Veja aqui)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Holocausto na Sapucaí ?

Falemos sobre a polêmica do carro alegórico da Viradouro. O carnavalesco Paulo Barros traz o enredo que trata de arrepios. Um dos carros é caracterizado por esculturas de corpos esqueléticos amontoados. Isso, pra representar o holocausto, a matança... genocídio do povo judeu pelos nazistas.

A federação judaica fez um pedido formal para que a escola de samba não apresente o tal carro sob o argumento de que é uma cicatriz na história de seu povo, além de haver sobreviventes daquele horror ainda vivos e que trazem marcas profundas físicas e psicológicas. Não seria o caso de mostrar um fato tão sério e triste durante a maior festa popular do mundo.

O carnavalesco (Paulo Barros, catzo! Já disse isso!) alega que a alegoria fala sobre o arrepio pela barbárie a que o povo judeu foi submetido. Além do quê, o carro passará somente com a escultura, não haverá destaques nem bailarinos sambando sobre a mesma (o que, segundo Barros, aí sim, caracterizaria desrespeito). Para Paulo, é importante que se mostre um fato como esse para lembrarmos da importância e o cuidado com pensamentos tão primários (pra não dizer selvagens, estúpidos e ‘morde-fronha’...).

Na minha opinião, a imagem do carro-alegórico é forte e, sim, é uma cicatriz com cara de ferida aberta. Entretanto, todos os anos, diversas escolas de samba abordam temas como escravidão e religião. Não acho que um carro com negros amarrados a troncos ou exibição de imagens de santos, por exemplo, seja um tabu impossível de se mostrar na Marquês de Sapucaí.

Temos que lembrar que aquilo é um desfile de sambas de enredo. Tá valendo nota, tá valendo um título que vem com uma grana violenta pra quem se sagrar campeão. Imagina só: Você fica incumbido de elaborar uma monografia (palestra, discurso, o que for) e não pode falar de um assunto que seria sério demais pra se tratar em troca de reconhecimento profissional. Aplaudir, então, é inaceitável!

Uma imagem forte vale mais que mil polêmicas.
Aliás, só porque uma imagem é forte, não quer dizer, necessariamente, que é ofensiva.

FGarcia® é polêmico, mas não é ofensivo.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Injúria racial


O dia era 24 de Janeiro de 2008. Vejo nos noticiários de todos os canais (todos, nada, mas, a maioria) um caso de injúria racial.

O caso: Funcionária (que preferiu não se identificar) da lanchonete de um shopping (que também não quis se identificar – hehehe – brincadeira) é agredida verbalmente por uma cliente (a distinta senhora produtora Ana Cristina Paiva, 40 anos). Ana, segundo testemunhas, agrediu a funcionária (de ‘neguinha da rocinha’) depois que seu cartão não funcionou na compra de pipoca e refrigerante (eu mesmo já vi civilizações desaparecerem e guerras começarem por causa de um picolé e três anéis de latinha de 7UP). Não sei se é mesmo o caso da jovem morar na Rocinha ou se foi só uma tentativa (baixa) de diminuir a pessoa.

Acho tudo isso uma baixaria... não, o racismo é burrice (hmm, já ouvi isso em algum lugar), baixaria é a necessidade de diferenciar discriminação de injúria. No final, é tudo racismo. Eu, por exemplo, me sinto ofendido pelo que a piranh... nobre madame fez à moça da lanchonete. Aliás, me ofende que pessoas assim caminhem entre seres humanos como se fossem normais (se cair de quatro, nem levanta mais. Vai parar no primeiro pasto!).

Mas, existe uma necessidade e uma diferença (dah! Óbvio!) injúria e discriminação. É que o primeiro é dirigido apenas a uma pessoa. No caso, a ofensa foi à pessoa da funcionária e não, à toda raça negra.

Se discriminação é ofender a um grupo, chamar cinco negros de ‘neguinhos da rocinha’ é o quê? Você poderia dizer que ofendeu pessoalmente os cinco? Haha...divaguei involuntariamente.

O que eu acho: NHÁ, é mole, né? Você ofende uma pessoa pela cor de pele (pelamordedeus, chamar de negro nem deveria ser considerado ofensa! - Pensa bem.) e diz que só ofendeu UMA pessoa? Sério mesmo que se fosse outra pessoa, da mesma cor, a vagab...distinta senhora não teria ofendido?

A verdade é que foi por isso, meu caro garciaramaníaco (Eitcha, prêmio por originalidade aqui!) que a diferenciação nasceu. Porque, justamente (seu Juvenal Anthena), pessoas que praticavam crime de racismo alegavam que tinham cometido injúria...

FGarcia® fica injuriado com racismo.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Violência blockbuster


Venho divagar sobre a temática do filme ‘Tropa de Elite’ (Sério que você não sabe? Então clique aqui) e compará-lo a outros sucessos recentes da cultura pop e, logicamente, minha opinião (Afinal, o blog É MEU e o texto É MEU – Rarááááá!!!).

Pois, bem, Há quem não tenha entendido a simples idéia de mostrar um filme urbano sobre violência pela visão de um policial (honesto, mas anti-herói – graças a Deus!). Para essas pessoas eu digo o seguinte: Cidade de Deus e 24 horas.
Porque eu citei especificamente essas obras? Em primeiro lugar, por que eu quis, e porque é uma obra nacional (se você está no Brasil) e uma da gringolândia. As produções mostram ficção num pano de fundo bem real (violência).

Eu só vejo meus compatriotas (se você é brasileiro) criticando as produções nacionais (se você é... ah, já disse isso!). Porque mostrar a ficção baseada na realidade do Rio de Janeiro é ofensivo? Quem faz esse tipo de crítica contesta a paranóia adrenalínica, e exacerbada, anti-terrorismo de 24 horas ? (faria sentido, afinal, também envolve ficção e uma instituição contra o crime).

O negócio é que a estrangeirolândia (falo mais dos EUAs) falou em lançar ‘Tropa de Elite’ em seu território como a história do policial que entra para o B.O.P.E para se tornar capitão (O Matias, oras, e isso NÃO É SPOILER!). Ignoraram o fato de que o fio condutor da trama é o Capitão Nascimento. E porque? Porque o capitas é um pouco não-ortodoxo em seus métodos e isso poderia gerar uma má publicidade, dar mau exemplo (pra quem tem miolo mole), sei lá. (Aff... Eles produzem esse tipo de filmes todos os dias no café da manhã e NINGUÉM tira as calças pelo pescoço por expor a ferida aberta da violência).

Veja quantos filmes envolvendo instituições civis e militares nacionais (do país que for) são feitos. Mas, só no Brasil parece haver esse recalque quanto a histórias cruas, embora ficcionais, que se mostrem incômodamente familiares. Talvez, o caminho para a não reclamação seja mostrar tanques de guerra, armas nucleraes e carros explodindo a cada batida. Pra mim, não passa de histeria coletiva.

FGarcia filmaria Nascimento, Zé Pequeno e Jack Bauer, num explosivo blockbuster, 'aprontando as mais loucas confusões', mas, um abandonou a guerra, outro foi dançar no colo do capiroto e o terceiro não tem UMA hora disponível. (A filmagem ficaria por conta do Papa).

Quem poderei chamar? Chuck “levo MacGyver no bolso” Norris, oras!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Novelas em 7,5 passos


Bem, amigolhes, venho falar sobre novelas, saca? Aqueles seriados compridérrimos que se revezam com as mesmas situações e personagens? (Em alguns casos, até repetem nomes de personagens – Susana Vieira e Regina Duarte que o digam). Vou enumerar algumas situações-clichês que não podem faltar para essas produções:

1 - Comece a novela com fatos anteriores ao tempo normal da trama. Passagens de tempo são legais pra variar o elenco e movimentar a história como se fosse uma nova. (E você sente que conhece o pessoal há tempos)
2 - Mostre um casal bem água-com-açúcar se apaixonando à primeira vista. E alguém (maléfico, claro) que se apaixona por uma das partes do casal e trama ‘as mais loucas confusões’ para vê-los separados.

3 - Golpes... golpes são o ‘must’ (!!!). E todos eles podem figurar lá à vontade. O golpe da barriga (o exame falso de gravidez é sensacional – todo mundo faz facilmente), o golpe do baú (já repararam que os casamentos já valem apenas com um ‘Sim’?) e outros.

4 - Irmãos gêmeos... como diria Gilberto Braga (autor de Celebridade e Paraíso tropical, entre várias), tem que ter um bom e um mau! Sem comentários.

5 - Vilões precisam: Ficar cegos ou paralíticos, se curarem e fingir que não sararam; colocar drogas ou armas entre os pertences dos protagonistas e armarem alguma depois de um ‘boa noite, Cinderela’. Sem essa de não matar, enlouquecer ou prender o vilão no final da novela. Ou, você mostra a bandidagem se dando bem... é politicamente incorreto, mas, o público aplaude porque é bem real.

6 - Dobradinha ‘negros e pobres’. Com negros, você gera uma situação de discussão racial e com pobres, social. Obviamente, vamos ter acusações de crimes e golpe do baú, além das humilhações costumeiras. (Sem contar novelas de época). E não posso deixar de comentar como pobres e ricos são amigos na TV. (Como diria PapaiGarcia: “Ricos chamam pobres pras festas...pra trabalharem!”)

7 - E, por fim, se isso tudo ficar repetitivo, para dar uma oxigenada na rotina, reúna uma dúzia de pseudo-desconhecidos numa casa repleta de câmeras (sem um roteiro aparente, não esqueça, deve parecer natural – humpf, como se alguém agisse naturalmente sabendo que estão filmando). Não pode faltar o ‘mocinho’ (bleh!), o casal-água-com-açúcar, o vilão manipulador e um fofoqueiro que fique lá e cá pra gerar discórdia, algum drama de quem sofreu horrores na vida e a corrida por muito...muito dinheiro. Ah, deixe o público participar. Atrai audiência.

0,5 – Menção honrosa para os grandes e misteriosos assassinatos e/ou crimes. Pode ser o assassinato de alguém que sacaneou metade do elenco, pode ser a explosão de um grande estabelecimento, algum assassino serial... E não esqueça as doenças/deficiências em algum personagem de destaque. Faça o público chorar, ter pena... ganhe sua emoção! ha-ha .

Em tempo, nomes não precisam ser criativos, por exemplo, a Record tem uma novela no ar chamada "Amor e intrigas"... o que eu acho? Esse nome resume todas as novelas. ha-ha²!


FGarcia® Não vê, muito, novela porque uma história que leva mais de 10 horas (cof Senhor dos anéis cof) pra ser contada não pode ter coesão.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Lá vem mais um BBB


Pra iniciar os trabalhos bloguísticos de 2008, vou divagar sobre o que, com certeza, vai ser assunto em 9 de cada 10 grupos de debate Brasil a fora: O Big Brother Brasil.

Pois bem, pra começo de conversa, deixo bem claro que acho essa coisa uma tremenda celebração à idiotice. Pensa bem: Não faz sentido um bando de desconhecidos (sempre envolvidos com alguém ligado à emissora provedora de toda a patuscada). Ficam numa casa com mais conforto do que eu, por exemplo, e não fazem nada que não tenha cara de já ter sido previamente programado.

Daqui a umas semanas, o povo vai definir pra quem torce, a Globo vai ‘sugestionar’ pra quem você deve torcer e o pessoal da edição vai definir quem você vai rejeitar. Isso, porque eles sabem que o povo não daria a agilidade necessária pra esse tipo de engodo. Já pensou, deixar o povo decidir mesmo quem ganha ou não essa bagaça? Se a lógica (?!?) desse programa é ser um jogo onde famosos ‘quem?’ disputam uma grana violenta, nada mais lógico que quem tiver mais manha nas tramóias saia vitorioso, né? Não é?
Ao que parece, não. O povo rejeita (ou é levado a rejeitar) quem arma jogadas (sacou? Jogo? Hein?) e idolatra os ‘mártires’ que se mostram coitadinhos e bonzinhos.

Ôôôôrra, malandragem, isso me faz pensar que o tal do Alemão ainda tá na mídia enquanto outro BláBláBlá vai começar! Tão querendo acumular? Fora as minas que vão posar nuas (e tomara que sigam a moda da pornografia – hehehehe), vamos passar mais um punhado de meses aturando esses não-artistas entupindo programas de ‘dona-de-casa’ com fofocas tão úteis quanto um vírus. Sônia Abrão já deve estar como? Esfregando as mãos e dizendo: ‘Ah, agora sim, vou ter com o que encher lingüiça até o ano que vem!’ hahahahaha!

Bem, enquanto a Globo prepara-se para faturar muitos cascalhos (mais que um criança esperança da vida) e o povo fica com o dedo coçando pra votar, como que numa novela interativa, eu só penso no seguinte: Quem contribui com ligações que pagam os prêmios dos vácuos de mídia daquela casa pode reclamar da vida no Brasil?

FGarcia® não vê BBB, mas, sabe que vai participar de muitas discuss... debates a respeito.

domingo, 30 de dezembro de 2007

De volta para o futuro


Bem, lá vamos nós denovo: Chega o final do ano e toda aquela comoção, votos de felicidades e sei lá mais o quê. Este post, mesmo, vai soar totalmente diferente no dia primeiro de janeiro porque é de temática datada e específica. Pode se dizer que, ao mesmo tempo, voltamos ao passado (pela repetição) e voltamos ao futuro (por repetir as coisas num ano diferente à frente).

A essa altura, deu pra sacar que a foto é do capacitor de fluxo, né? (Ma, Cuma você não sabe o que é? É o aparelho que permite o delorian viajar no tempo em ‘De volta para o futuro’, CATZO!!!) Sacou o esquema? Hein, hein? Futuro, volta? (Bah, prossigamos)

O que me traz a este último post do ano com esse assunto é o fato de sempre desejarmos mais isso, menos daquilo ou, ainda, que algo continue do jeito que é. Isso é repetido ritualísticamente todo ano e pra quê? Todo ano é igual. Tá, mudam alguns fatos e eventos, mas é tudo igual!

Serei mais específico:

*Todo janeiro se arrasta pra quem torrou grana nas 2.057 festinhas, confraternizações e ‘amigos ocultos’ de dezembro (fora as viagens);
*Sempre rola aquele ‘esquenta’ pro carnaval (e viagens);
*Em março, acaba o verão, feriados seguidos (e viagens) e chove horrores;
*Vem páscoa (e viagens) e todos os anúncios típicos de quem comemora a morte e ressurreição do coelhinho da páscoa;
*Dia das mães e tome ofertas persuasivas do comércio;
*Férias (pra quem tem – e viagens)) no meio do ano, festinhas juninas e julinas e, talvez, algum frio;
*Agosto tem dia dos pais e é igualmente longo pra quem torrou a grana das férias...er...nas férias (e nas viagens).
*Chega a primavera, feriado da independência, comemoração da santa padroeira das crianças... hmm, não,não é bem isso ... é do Brasil (a comunidade não-católica agradece todos os feriados santos – e as viagens – horay!)
*Temos, então, mais alguns feriados – e mais algumas viagens (Cacilda, não sei como esse país não pára!), começam os preparativos pra comemorar o nascimento de papai Noel.
*Depois que passa o natal, preparamo-nos pro ano novo e, adivinha? Começa janeiro e o mês se arrasta pra quem...

Aliás, não é engraçado como nosso calendário (que é contado a partir do nascimento de Cristo) não começa em 25 de dezembro? Ora, bolas! Se o homem nasceu em 25 de dezembro, porque o ano novo começa em 1º de janeiro?

Bem, isso é outro assunto e levaria uns 652 posts pra explicar cada manipulação e modificação feita até chegarmos aos dias de hoje.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sorria, você está no Rio!


Comentários tendenciosos e (um tanto quanto) levianos me trouxeram aqui novamente (Ha, como se qualquer outro motivo não pudesse fazer isso, hehe).

Todo mundo sabe da “rixa” que há entre cariocas e paulistas em diversos aspectos. Já ouvi o (falecido) Mário Covas falar que o carnaval do Rio é mais animado que o de sampa porque “enquanto alguns fazem festa outros trabalham”, ou a opinião de uma paulistana a favor do exército nas ruas do Rio porque só assim mesmo já que a coisa não tem mais jeito e, as mais recentes, devido à grande repercussão do filme Tropa de elite.

Tem gente realmente achando que o filme é uma reprodução cinematográfica fiel à realidade (obviamente por mostrar corrupção e violência no decorrer da história). Vi na net, um texto sobre ‘Tropa de elite’ e ‘Notícias de uma guerra particular’ onde há um comentário, no mínimo, tendencioso. É o clássico comentário que fazem com um certo ar de desaforo ou retaliação “branca”. A frase que eu cito é sobre o autor que, paulistano, (logicamente) se incomodou com “ofensas” a respeito de sua naturalidade (paulistano, cacimba!). Ele afirma que, num lugar onde pessoas se afirmam dizendo pertencer à alguma gangue (o termo foi esse, mas facção tem mais a ver) e ofendendo os outros nas ruas, só podemos considerar que o estado é de guerra civil.

Oras, fiquei mordido com isso, porque você tem que conviver num lugar para dizer o que ocorre lá e não disparar afirmações (pendendo à leviandade) com base em um filme (que NÃO é documentário) , fatos e visitas esporádicos.

Não agüento mais ver o filme de José Padilha (‘tropa’, carai!) sendo criticado como se fosse uma distorção da realidade. Será que essa gente, que fala impropérios como se fosse ‘bom dia’, nunca ouviu falar em ficção? Que recalque, malandragem! É como assistir algum filme de Charles Bronson e falar: “ Olha lá, estadunidenses são perigosos. Saem por aí fazendo justiça com as próprias mãos!” (UIA!)

O que eu acho é que o Rio aparece muito nos noticiários pela violência, mas nem de longe que o que ocorre aqui SÓ ocorre aqui. É tão superficial falar que ‘Rj = violência’ quanto dizer que a violência e corrupção é coisa do Brasil. Quem me conhece sabe que eu não sou um patriota fervoroso (nem bairrista), mas há que se lembrar que alguns países ao redor do mundo penalizam vários de seus condenados com a morte e, mesmo assim, o crime não foi erradicado.

Sou da turma do Wagner Montes nesse assunto. Pára de falar mal do Brasil ou qualquer estado por desaforo!!! É muita tolice (alguém fala mesmo assim?) reclamar do lugar onde você está como se fosse o fim do mundo (Se você mora num lugar é perfeitamente normal achar que lá é mais isso ou aquilo do que outro lugar, mas falar generalizando é igualmente irritante (você nem convive lá e quer tecer conclusões, dá um tempo!). Violência acontece em qualquer lugar e, não custa repetir, eu sempre digo: Violência é normal e até acontece pouco, se você reparar que no meio de milhões de pessoas, nem metade da população morreu ainda. (Aff, sarcasmo sinistro!).


Ironia modo ON
Rio de Janeiro é tão sinônimo de paraíso no caos quanto pobre é igual a bandido, a policia toda é corrupta e japonês é tudo igual (?!).
Ironia modo OFF

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Placebol

Fim de campeonato (oficialmente) e é hora para um balanço geral (“Escraaaaacha!”). No geral, foi como todos os outros: A marmanjada ganhando pra correr e chutar bola enquanto são criticados ou enaltecidos pelo público e imprensa. Mesmo público que chora por ficar umas horinhas em fila de banco, mas passa três (3) dias (disse:DIAS!) pra comprar ingresso de jogos.

O milésimo gol de Romário saiu ainda no início do campeonato (quando o Vasco e o Botafogo, lindos cavalos paraguaios, iludiam suas respectivas torcidas com suas campanhas enganosas de briga por liderança e vaga na libertadores). Os “framengu” fizeram uma campanha admirável (o inverso das melancólicas passagens de Vasco e Botafogo pelo ano de 2007) com sua vaga na libertadores e a quase vice-liderança do brasileiro. O tricolor carioca (Fluminense, oras!) também fez muito bem com o quarto lugar (o que daria a vaga na libertadores se essa já não tivesse sido garantida pelo título da copa do Brasil).

Tá, o (muito comentado) rebaixamento do Corinthians não vai ser o último assunto deste post, mas gostaria de comentar, só, que ver Carlos Alberto Parreira apontar possíveis problemas que teriam levado a isso e possíveis soluções pro ano que vem foi hilário. É a mesma pessoa que, apática, viu sua equipe (a seleção brasileira, porra!) levar um sabãozinho dos franceses de forma esdrúxula. E a resposta dele a respeito foi o quê? O negócio é lamber as feridas e bola pra frente. Sim, achei escroto da parte dele e mais alguns medalhões falarem isso, mas concordo. Eles jogam/trabalham por dinheiro, é a profissão deles. Você fica explicando alguma mancada no serviço ou age: “Tá, chefe, não vai se repetir”? A torcida é que precisa rever as prioridades e o que realmente é relevante na sua vida.

A polêmica do possível primeiro pentacampeão brasileiro ( Post: "Pintou um penta?!") foi destaque bem antes do final do campeonato (umas quatro rodadas antes quando do título antecipado do São Paulo). Bem, sobre isso, gostaria de responder o que um amável leitor misterioso despejou na área de comentários do referido post sobre esse assunto (O mesmo post que eu indiquei no outro parênteses, CATZO!):

Caríssimo(a) “anônimo”,

sim, sou vascaíno, mas não dou a mínima pra quantos títulos o Vasco tem. E, amigavelmente, gostaria de dizer um segredinho pra você: NÃO importa quantos títulos seu clube do coração tem, ele NÃO sabe que você existe. Ele NÃO vai te emprestar a taça pra tirar onda, ele NÃO vai te pagar pela calorosa torcida e nem vai dividir a renda dos jogos contigo. Na verdade, você ajudou a financiar o espetáculo se foi aos estádios ver jogos (e isso é assunto de cada um). Quanto a suas palavras carinhosas, te desejo o mesmo com intensidade e em dobro. E como destaque final do MEU direito de resposta (no MEU blog) , gostaria de te dizer: Vaga na Libertadores NÃO é título e muito, disse MUITO obrigado por acessar este espaço e postar sua opinião (sério, muita gente não dispensa essa atenção). A coisa toda é feita pra você que quer debater qualquer assunto mesmo. E seu vocabulário é deveras requintado. Poderia ser menos polido pra eu entender as considerações que teces? Fomentaria o ardor do hábito da leitura que vive em nós e teria minha total aquiescência, morou?

Beijundas!
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