A cidade não para, só cresce. E poderia ser chamada de brejo da cruz, já que há tanta gente que não sabemos de onde vêm e como sobrevivem. O que acontece: Tem pessoas demais nas cidades e pessoas de menos respeitando isso. Vivemos em sociedade há tanto tempo e ainda não aprendemos. Sempre o clássico egoísmo, o egocentrismo e a intolerância. Vivemos em tempos e lugares onde queremos muita compreensão, mas não oferecemos muito disso no reverso da medalha.
Pessoas que se acham tão injustiçadas, mas sempre acham justo o sofrimento alheio. Ou o contrário, achamos que só com a gente as coisas não vão bem. Isso não é só no nível psicológico, mas no sócio-antropológico mesmo. Porque criticar algo no próximo que nos é diferente ao invés de procurarmos semelhanças? A união não faz mais a força? Será que não existe algum objetivo em comum?
Existe um objetivo em comum, mas voltamos ao tal egoísmo que supracitei.Cada um quer de um jeito e cada um acha que é uma coisa. Tem gente que gostaria de salários mais justos, tem os que querem assistir novel ou futebol em horários que os permitam acordar cedo para o trabalho no dia seguinte. Há os que querem passar pela cidade sem ter que topar com algum ser sujo e inconveniente pelas ruas da cidade...
Pessoas parecem invisíveis para alguns. Invisíveis, mas não intangíveis. E quando se esbarram, esses mundos se chocam, alguém se fere, alguém morre. Alguém fica em choque. É a hora que alguém lembra que existem muitos mundos diferentes no planeta. Nessa hora, alguém reclama que a violência e a miséria estão dominando a cidade. Depois passa, vem o próximo show, novela, futebol, jogos olímpicos, Enem, etc.
Crônicas, divagações e contestações sobre injustiças sociais, cultura pop, atualidades e eventuais velharias cult, enfim, tudo sobre a problemática contemporânea.
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