Sempre que vejo um fã de metal se achando o próprio satã eu penso:
- Meu filho, você acha que seu artista preferido anda de capa com um a taça de sangue na mão quando vai às compras (talvez de um bode), por exemplo?
Dani Filth em momento de intimidades com um ursinho. |
É o problema de gêneros e produtos direcionados para a juventude. Tudo o que é novo atrai, se o novo é subversivo, então, aí é que se torna de conhecimento obrigatório. Música, drogas, sexo e toda sorte de assuntos que te despertam uma curiosidade irresistível quando se está saindo da infância e se está buscando um estilo ou uma tribo própria.
Em um livro que tenho aqui em casa (juro que procurei, mas o danado sumiu como que por obra do... er... deixa pra lá), trata-se da biografia do Black Sabbath - pelo menos até idos de 2000 ou 2002, época do lançamento. Mentes mais impressionáveis podem comprar essa ideia de que eles queriam introduzir o mundo da escuridão num público maior, mas EI! Aloou! Eram jovens rebeldes com criações católicas querendo se chocar e chocar o alheio. A coisa mais fácil - e até clichê - é um jovem querer impressionar fazendo o contrário do que a sociedade gostaria de vê-los fazendo.
É daí, também, que vem o Punk, por exemplo. Com temática muito mais leve do que a básica do metal (porque "só" aborda sexo, drogas, rock n' roll e alguns delitos), o Punk trouxe a cultura do 'faça você mesmo' - mais tarde seguida pelo pessoal do grunge, quando o cara não quer ficar estudando música e instrumentos pra ser um astro, só quer fazer aquilo que achava legal os seus ídolos fazendo.
Black Sabbath liderado por Ozzy, que cultuava o inimigo de nossas almas naquele exato momento, tentando removê-lo de dentro de seu coleguinha. |
Sei lá, por sempre ter visto o Black Sabbath como o lado negro da moeda que traz o Led Zeppelin no lado iluminado, eu nunca tive medo ou vontade de ouvir a banda só pra pagar de bad boy. Nunca quis assustar, pra mim é isso mesmo, liberar pensamentos e energias pesadas através de riffs bem, mas beeem pesados. Então, vampirinho da capa do satã, passe maracujina em seu rabinho sombrio, porque temáticas de letras são tão subjetivas quanto livros ou filmes de terror. Você não pode achar que aquilo é o cotidiano dos caras. Ou você acabará como aqueles doentes mentais que atacam pessoas, igrejas e outras idiotices sem utilidade para o mundo. Da mesma forma que conservadores vão te acusar de bruxaria.
Valeu,
Um comentário:
Poser?????
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