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terça-feira, 25 de junho de 2013

Remando contra: O Complexo da Maré

A população, o Brasil teve um pouquinho do que as comunidades pobres sofrem constantemente. Eles não vão ter Copa, não vão ter visita do Papa, isso tudo é placebo açucarado perto das balas que realmente são trocadas lá.
No asfalto, foi chamado de vandalismo, um administrador de empresas teve pedido de prisão feito e negado por falta de provas - e olha que o parrudo apareceu claramente procurando e conseguindo briga em frente à prefeitura do Rio - mas quando adentra uma favela, ah, gafanhoto, aí o bicho pega. Nunca se sai de lá sem meia dúzia de pobres e/ou pretos a menos. Vai puxar a ficha, muita ficha fica suja assim que o tiro come.
Mas, a exemplo da ditadura militar, os gritos de lá são sufocados pelos gritos eufóricos de gol ou pelo sucesso do momento. Todo mundo bate no peito e levanta o copo pra cantar que seu nome é favela, mas ninguém vai lá. É só dizer que são vagabundos e pronto. Você tem consciência social.

Justo num momento como esse que o país vive, uma ação de vingancinha vai lá pra dar tiro. Na rua, não teve mascarado de camisa na cara que fosse preso, na favela, já deitam mais de 10. E nem todos são bandidos.
Pacificação. Nem sujeira embaixo do tapete isso pode ser considerado, como fizeram na época do PAN de 2007, quando tinha polícia a cada esquina, parecendo até que o estado se importava. E o melhor de tudo, não se ouvia um tiro, não se via bandido.

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