Equipes de animais antropomórficos são legais, né? Desde
Robin Wood, da Disney que fazia sentido animais lutarem contra o mal. Então,
pensei naqueles animais que alimentaram o infanto nerd juvenil dentro de mim
(UIA!) com aventuras aventurescas, frases de efeito e muita diversão na
infância/adolescência. Antes, eu pensei em usar aqui Thundercats, mas não é o
caso, pois são mais uma espécie de humanóides com traços de gatos do que
animais que levantaram e andaram como a gente (sim, é preciso haver regras).
Vamos lá? Vamos.
Street
Sharks
Esse tá na lista porque eu lembro que existiu, mas não
lembro de nada da série. Aliás, só lembro que a certa altura pintavam uns
dinossauros e o desenho virava tipo um crossover, parceria, sei lá. Mas é anos
’90, são animais antropomórficos mutantes aventureiros, então, está aqui. E eu
sei que muita abertura de desenho antigo salvava a primeira impressão da obra,
mas esse pareceu ser legal. Vou conferir outra hora.
Ewoks –
Caravana da Coragem
O último Star Wars saiu no cinema em 1983 e em 1984 George
Lucas safadamente lançou Caravana da Coragem, pra pegar carona na febre Star
Wars entre os pequenos, que gostavam das aventuras dos atrevidos ewoks (as
versões pocket dos wookies, rá!). Foram dois filmes e um desenho animado de
muito sucesso. Quando criança eu até gostava, mas não me convence mais esses
bichos de pelúcia derrotando tropas do império na batalha de Endor. Sinto
muito. Não. Rá!
Transformers: Beast
Wars
Por incrível que pareça, essa foi a franquia Transformers
que mais acompanhei. As convencionais, confesso que não assistia muito, apesar
de ter tido um robô que virava caminhão maneiríssimo de metal e um carro
esporte de plástico... Foi essa versão que mais assisti. Também, pudera, robês
gigantes se porrando sem humanos pra servirem de donzelas em perigo. Deu uma
treta lá que o líder dos Predacons (Deceppticons, nesse universo) Megatron
voltou no tempo pra impedir os Maximals (autobots dessa série). Cabia a Optimus
Primal (olha o trocadilho) liderar sua tchurma pra impedir. O mais legal é que
os robôs porradeiros não viravam veículos, mas animais pré-históricos.
Gorgonóides
Tá, esses aqui são tipo animais do espaço. Gosto muito do
filme Pequenos Guerreiros (1998) onde dois designers de brinquedos têm um
embate ideológico, um quer criar bonecos militares sinistrões, o outro quer
criar extra-terrestres pacíficos com o intuito educativo de ensinar às crianças
sobre nosso planeta pela visão de quem também não o conhece ainda. Dá uma
pendenga lá que a empresa fabrica os bonecos com chips avançadíssimos para
armas militares e os brinquedos ganham vida. Só que os bonecos militares cismam
que os Gorgonóides são o exército inimigo e a guerra vai afetar a vizinhança
toda de forma séria.
Battletoads
Battletoads não seguiu o caminho mais comum, da mídia
desenhada para os games e HQs, na verdade, foi um investimento declaradamente
na intenção de pegar carona no sucesso das Tartarugas Ninja. Com o sucesso da
franquia, criaram os sapos antropomórficos companheiros com missão de resgate
de amigos e derrotar o mal. É tão sem vergonha a influência que usaram uma
piada que já tiha rolado no primeiro desenho das comedoras de pizza. Uma vez,
alguém chamou-os de anfíbios e eles corrigiam ‘somos répteis’. Pronto, agora
tem réptil ninja e anfíbio guerreiro. E aquela maldita fase impossível das
motocas voadoras dos sapos mutantes. Aff...
Super-Patos
Esse aqui é uma propaganda institucional do time de hóckei
no gelo, Anaheim Might Ducks. Teve o filme com o Emílio Estevez (o irmão mais
talentoso e veterano, porém menos famoso de Charlie Sheen) como técnico de uma
divisão infanto-juvenil do time de hóckey e se chamou ‘D2: The Might Ducks’.
Então, veioo desenho e chegou a ser atração no Disney World. Ouvi em algum
lugar que tinha sido mesmo uma negociação entre o time e a Disney pra
popularizar seu mascote (aquela cara de pato com máscara de hóckei). Fizeram
muito bem e ainda ligaram todo o universo de patos da Disney. É só ver que o
Darkwing Duck vivia na cidade de St. Canard, nome do herói de seu planeta
gelado povoado por patos humanóides, que se sacrificou para que sua equipe, os
Super Patos, sobrevivesse chegando à Terra. Legal, né?
Ratos
Motoqueiros de Marte
Na correria de exageros temáticos que foi a década de 1990
no quesito ‘poluição visual’ e distorção de conceitos, temos os ratos do
Esquadrão Marte, ou Camundongos Motoqueiros de Marte em tradução mais literal
do nome original. Vários são os elementos que podem tornar esse desenho (e o
joguinho de corrida para SNES) um clássico Cult: Os vícios anos ’90 estão ali
na forma de “resolver” os ferimentos dos ratos ao sobreviverem ao massacre de
Marte (braços biônicos e tapa-olhos), paródias a Elvis Presley, Exterminador do
Futuro (pensando bem, cada um tem um traço do T-800, os óculos escuros, o olho
vermelho biônico e o braço metálico), e a referência à marca Harley-Davidson no
nome da personagem Charlene Charley Davidson.
Cow-Boys de
Moo Mesa
Bois andando a cavalo (tipo Pato Donald comendo peru de ação de graças)... Era um western propriamente dito,
só que com elementos de ficção científica – as mutações, tão populares até os
anos de 1990 – e alguma coisa steampunk. Western porque se passa literalmente
no velho oeste estadunidense, ficção científica porque envolve mutações por
meio de um meteoro e steampunk porque tinham aquelas armas de tiros
tecnológicos e tals. Com nomes-trocadilhos tipo ‘Cow-Lorado Kid’ e ‘Buffalo
Bull’ e aventuras do tipo clássico, manter a lei e a justiça contra o crime, o
desenho teve duas temporadas, que viriam a ser reprisadas em menos de 10 anos
após seu cancelamento, afora outras mídias.
Tartarugas
Ninja Mutantes Adolescentes
Serviram de inspiração para Ryan Brown – que trabalhou na HQ
– criar os já citados Cow-Boys. Numa noite de bebedeira, Kevin Eastman e Peter
Laird conceberam conceitos de coisas que eles gostavam nos quadrinhos e,
inspirados no Demolidor e Novos Mutantes (futura X-Force, equipe caçula dos
X-Men), criaram a história de que (subliminarmente) o material radiativo que
afetou Matt Murdock, escorreu pelo ralo e atingiu também quatro filhoes de
tartaruga e um rato. O resto é história, né? Acho que só faltou serem de outro
planeta pra completar os clichês escalafobéticos de todo nerd. Rá! (que Michael
Bay não me ouça pra não ter idéias absurdas). Em mais de 30 anos as Tartarugas
são um sucesso, já tiveram várias versões e até uma quinta tartaruga fêmea com
seios no casco – da época que trombaram com os Power Rangers, mas tudo isso por
causa da animação (e game) dos anos de 1980.
Dinosaucers
Esse aqui sim, foi com esse que começou minha pessoal
dinomania. Caras, eu adorava esse desenho, os Dinosaucers se transformando em
suas formas primitivas, os Tyranos transformando os outros em fóssil... Eu tive
um boneco do Bronto Thunder e adorava... na verdade foi esse desenho que me fez
amar – até hoje – Jurassik Park (e também me decepcionar com o fato de que não
existiu realmente um dinossauro chamado brontossauro, mas Apatossauro). Mas
enfim, a história é tipo Transformers, mas com dinossauros. Vieram do planeta
Reptilon e estão lutando entre si aqui, o clássico maniqueísmo ‘bem X mal’. Mas
são dinossauros com naves que remetem a suas próprias aparências (como tudo nos
anos de 1980) e eu achava maior diversão ficar aprendendo qual dinossaucer era
tal dinossauro pelos nomes e aparências.
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