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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Mercúrio: Das HQs para o cinema


Caras, fazia tempo que eu não escrevia sobre quadrinhos apenas por diversão. Lá vai. Ou melhor, lá se vão... anos... Já se vão muitos anos desde que eu era um aficcionado por quadrinhos, mas muita coisa eu ainda tenho e releio com frequência. Mas uma coisa que dá muita graça em ter esse lado nerd ainda vigorando aqui em algum lugar é quando a gente pode realizar essa fantasia de super poderes em boas representações cinematográficas. E... caras, muita coisa boa aparece hoje em dia, mas o Mercúrio (Quicksilver) de X-Men: Dias de um futuro esquecido foi uma grata surpresa.





Digo surpresa porque sempre gostei do personagem (acompanhei muito a fase em que ele fazia parte do reformulado X-Factor, uma equipe mutante a serviço do governo em nome da lei e aquele blá, blá, blá). Nessa época, ele já era um respeitado mutante do bem e com uma filha pra criar, um pouco distante do espertalhão filho do Magneto em busca de aprovação do papai. Mas não vou falar muito do personagem, e sim de sua encarnação no cinema.



Antes, temos que falar de sua outra encarnação, a do estúdio Marvel (de Os Vingadores-A era de Ultron). Se por um lado o Mercúrio da Fox é um mutante adolescente setentista, o da Marvel é um humano alterado por testes genéticos que visa se vingar, a princípio, de Tony Stark por ser dono do complexo empresarial que forneceu as armas que seu país foi bombardeado (tendo perdido seus pais), ou seja, Pietro e Wanda não são filhos de Magneto no universo de Os Vingadores, são irmãos rebeldes. E o modo como Pietro (que além de não ter relação com Magneto, também não é chamado de Mercúrio/Quicksilver) termina o filme, podemos imaginar que ou ele volta naquelas desculpas de que velocistas se curam super rápido - o que eu duvido e já digo porque - ou eles já tinham mesmo a intenção de usar apenas a (futura) Feiticeira Escarlate (que no filme parecia mais uma encarnação de Jean Grey por seus poderes resumidamente telecinéticos/telepáticos.

Voltando ao Mercúrio da Fox, este, com uma personalidade diferenciada de sua versão original, lembrando muito o entediado afobado prepotente adolescente do tosco desenho X-Men:Evolution. Ali estão plantadas sementes para ele se desenvolver mais no próximo filme da franquia, pois ele menciona, na cena do elevador no resgate de Magneto, que achou curioso o poder do mestre do magnetismo, pois sua mãe já esteve com um cara que fazia isso também (detalhe para a olhadinha do tipo "ei, será que não foi você que saiu com minha mãe?").



E explico para os não nerds: Magneto, após escapar dos horrores do holocausto, iniciou uma vida família com esposa e filha. Num dado momento, essa filha se via num incêndio e por um motivo que não lembro, uns jagunços impediam o pai de salvá-la. Ao perder sua filha, os poderes de Magnus se manifestaram pela primeira vez e ele dizimou uns capangas assustando sua mulher, que fugiu. Anos e anos mais tarde, apareceram os irmãos Pietro e Wanda Maximoff, revelados em seguida como os gêmeos que a mulher de Magneto já carregava sem mesmo saber, quando fugiu do seu 'estranho' marido. O resto é história.

Enfim, além de gostar muito de personagens velocistas, depois do Flash (Wally West) e do Kid Flash (Bart Allen), Mercúrio sempre me agradou enquanto personagem, sobretudo na relação com o pai e os companheiros mutantes. E, no cinema, o personagem recebeu a reprodução que merecia na sua cena principal, quando evita que Xavier, Magneto e Wolverine - além dele mesmo - sejam baleados por seguranças da Casa Branca. A cena é um primor. Quando tudo começa a ficar em câmera lenta, você já sabe que lá vem super velocidade. É quando Peter (e não Pietro como o original, mas muitas vezes referido assim nas HQs - como Piotr/Peter Colossus) põe seus fones de ouvidos e seus óculos pra agir. Assista à cena e ao making of logo abaixo.

Cena:


Making of:


Só um adendo: Também achei estranho que a música no radinho do garoto esteja em tempo normal ao passo que o mundo praticamente para diante de suas habilidades com velocidade, mas é uma fantasia que eu compro, embarquei porque o resto todo é do jeito que eu queria sempre ter visto um velocista agira e não só bullet times e câmeras aceleradas.

No mais, prefiro vê-los como versões diferentes, como temos o universo 616 e o Ultimate (de onde saiu muito dos Vingadores, sobretudo o Nick Fury de Samuel Jackson e essa estética mais "realista" e menos coloridona).


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